segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ausências

Sentimos falta de quem já foi,
De quem ficou pra trás em algum lugar do passado,
De quem mudou de vida, de país, de destino,
Falta de quem te quer bem,
Às vezes de quem te quer mal,
Às vezes falta de quem está logo ali, bem ao seu lado,
E o pior, falta de quem você não tem previsão de ver de novo,
Se é que vai ver, se for pra ser.
Falta que dói e culmina num grande espaço vazio dentro de si,
Às vezes tão grande que parece maior do que você mesma,
Tão vazio que te ocupa por inteira e faz parecer que está-se a viver num mar,
Um mar de ausência.


Hoje estou assim, mais pra lá do que pra cá, mas sei que vai passar, pelo menos assim espero. Sim, espero, pois o tempo é meu grande aliado, pois ele sim passa, mesmo quando você não quer e, principalmente, quando você quer; e junto com ele tudo se modifica, tudo se transforma, tudo se renova.

2 comentários:

Anônimo disse...

Conheci este blog através da Sisa...Este post...Parece que o escreveu pra mim tb...O coração e cabeça estão longe...O mar está me engolindo... :(

Renata disse...

Silvia, mesmo no meio do oceano, há alguns ancoradouros onde descansar e se fortalecer. E algumas correntes são fortes e até assustadoras, mas podem te levar para lugares diferentes, aos quais você pode vir a chamar de lar.
Espero que haja mais presenças que ausências do seu coração!
Abraços!

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