segunda-feira, 6 de maio de 2019

Amanhã é dia seis, são cinco dias para o fim...

Amanhã é dia seis, são cinco dias para o fim...do ciclo. Na verdade, hoje é dia seis, mas é uma questão de rima. Na segunda parte não consegui uma rima boa, de qualquer forma. Então hoje são cinco dia para o meu aniversário. De quarenta anos. E o que que muda? 

Não muda o fato de as pessoas não entenderem eu ter decidido não ter filhos; 

Não muda o fato da minha família continuar me achando uma criança tola; 

Não muda o fato de eu ter graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado, uma carreira longa e diversificada e multidisciplinar e eu seguir me achando uma farsa, o que é um mal feminino; 

Não muda o fato de não terem inventado a fórmula perfeita para um relacionamento harmonioso, embora eu viva um. 

Não muda o fato de eu não ter condições de cuidar de mais nenhum bichinho, mas volta e meia brota um filhote no meu jardim; 

Não muda o fato de eu sempre achar que posso ser uma pessoa e uma amiga melhor, e sentir que ainda falho em diversos momentos; 

Não muda o fato de eu trabalhar para me desconstruir, e ainda me pegar julgando as escolhas alheias, e sentir muita vergonha por isso;

Não muda o fato de que a desconstrução é uma trabalho para a vida toda e que a empatia é exercício diário;

Não muda o fato de que ainda vou tomar decisões das quais vou me arrepender; 

Não muda o fato de seguir sem conseguir escrever nesse blog, devido a conjuntura horrorosa que estamos vivendo; 

Não muda o fato de eu não conseguir fazer minhas plantas viverem; 

Não muda o fato de eu sentir dor todos os dias, devido a fibromialgia; 

Não muda o fato de eu querer ser melhor ambientalmente, e ver cada avanço como uma conquista; 

Não muda o fato de eu não entender quem ainda usa copo plástico e não leva sacola retornável para o supermercado; 

Não muda o fato de que o que estamos vivendo parece mais uma distopia; 

Não muda o fato de que a minha memória é tão ruim, que tenho que ter sempre alguém me lembrando do que eu deveria me lembrar sozinha; 

Não muda o fato de eu não conseguir educar um cão que está no topo do ranking de inteligência; 

Não muda o fato de eu não conseguir parar de tomar café, mesmo que isso não permita que uma gastrite se cure, e ainda faça mal para a fibromialgia, e eu considere isso um fracasso. 

Não muda o fato de que tem dias que eu não consigo produzir e nem fazer tarefas mínimas, devido a fadiga crônica; 

Não muda o fato de eu ter enxergado apenas avanços mínimos nos direitos das mulheres nesses anos; 

Não muda o fato de que eu sonhar em voltar à docência de alguma forma, mas que com a desconstrução da educação no país, parece um sonho cada vez mais impossível; 

Não muda o fato de eu mesmo trabalhando para as indústrias farmacêuticas, e dependendo delas, enxergar que tem algo muito errado em relação ao uso de medicamentos no país; 

Não muda o fato de que, por mais que me esforce, não conseguirei ler todos os livros e assistir todos os filmes que gostaria em uma única vida; 

Não muda o fato de que o mundo está aquecendo cada vez mais, e muito pouco pode ser feito em relação a isso; 

Não muda o fato de que há uma onda mundial de colocarem malucos no poder; 

Não muda o fato de que um quindim e um café são capazes de melhorar um dia ruim; 

Não muda o fato de eu ter amizades de muitos anos e outras nem tantos, que fazem com que eu nunca sinta solidão mesmo longe de todos;

Não muda o fato de o mundo não estar nem parecido com o que eu achei que seria quando eu chegasse aqui;

Não muda o fato de eu esquecer do aniversário de todo mundo, e ficar feliz da vida quando alguém lembra do meu. 




Achávamos que não conseguíamos escrever no blog por causa do nome que não se enquadrava mais com a maioria das escritoras que já beiravam os quarenta. Alteramos o nome e nada mudou. Deve ser a conjuntura mesmo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

UM “ÓTIMO VOCÊ” PARA 2019!

Começamos mais um ciclo. Mais um capítulo dessa jornada incrível chamada VIDA.

E quer saber quem é o autor dessa história, aquele que vai escrever cada linha, cada página? Aquele que pode ser, ora o “mocinho”, ora o “vilão”, brincando com essa polaridade que nos é comum (mas que vez ou outra costumo contestar). Aquele que pode ser, ora protagonista, ora coadjuvante (sair de cena também faz parte do processo). Sabe né, quem pode ser tudo isso? VOCÊ.

Ninguém, além de VOCÊ,  pode escrever (e fazer) a SUA própria história. Cada um de nós, que está nessa busca de ser feliz, que caminha no sentido da luz (com a importância de acolher também nossas sombras, auto-aceitação é essencial), somos os responsáveis pelos passos dados. Em cada ação, sentimos de volta a reação. Essa matemática (ou seria física?! Rsrs) é incontestável.

Então, meus leitores (parêntese aqui para dizer como é bom escrever isso! Rsrs... uma das metas de 2019 é me assumir mais escritora!)... não é o ano que deve ser diferente. É VOCÊ... sou EU. Sabe?

Um amigo enviou um texto incrível nesses dias de celebração, que tem tudo a ver com a mensagem que quero deixar nesse dia 01:

“E se, em vez de você esperar por 2019, 2019 esperasse por você?

Em vez de: "2019 vai ser melhor", que tal usar: “Eu serei melhor em 2019".

Em vez de: "Que 2019 seja um ano excelente", que tal usar: "Eu serei uma pessoa excelente em 2019”.

Em vez de: "O que 2019 me reserva?", que tal: "O que eu reservo para 2019?"

E se em vez de: "tomara que 2019 me traga...", o que é que você pretende levar, entregar, oferecer à 2019?

Então, um “ótimo Você” para 2019!

Tudo começa por nós mesmos, não adianta ficar esperando os outros.” 

Diante de tudo, eu encerro (por hoje), perguntando: quem  pretende ser  em 2019? O que está disposto a viver nesses novos 365 dias que vêm pela frente? Uma coisa eu posso dizer: “feliz” está no topo da minha lista. E na sua?


Gabriela deseja um ótimo você, pra você e pra ela. Hoje, esse ano e sempre.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O que 2018 me ensinou?

2018 me ensinou que sonho existe para ser realizado. Me ensinou a andar firme, e que mesmo que encontrasse pedras e obstáculos pelo caminho, valeria a pena seguir meu coração.

Me ensinou que sou mais forte do que imagino. Me ensinou também que está tudo bem não ser forte toda hora. Que é normal sentir medo, que é normal não ser perfeita, que não vou agradar NUNCA todo mundo. Me ensinou a seguir mais leve, mais autêntica, menos preocupada com o julgamento, mais “tô nem aí”. Me ensinou a ser feliz como eu sou.

Me ensinou que para um sonho se realizar, eu preciso ter um bom plano, me planejar, focar. Que é lindo e muito mais fácil quando eu peço e busco ajuda (quantas pessoas incríveis e mentores FODA eu tive esse ano!). E que para ajudar outras pessoas, eu preciso sim, ter ajuda. .

Me ensinou a valorizar mais os momentos, a reconhecer grandes amigos, e que boas amizades independem do tempo de existência. Me ensinou a aprender e compartilhar com cada uma delas.

Me ensinou que é comum se perder quando se busca um novo recomeço. Que eu não preciso saber tudo, basta saber quem sabe o que! Kkkkk.... 😉

Me ensinou que o mundo é bem maior que meu quintal, e que, em contrapartida, é gostoso quando se está em casa, não existe lugar melhor.

Me ensinou que milagres acontecem, que existem pessoas boas, que o mundo tem solução. Que sozinha é mais difícil, e que junto é mais gostoso. Mas me ensinou também que estar sozinha vez ou outra também pode ser muito bom. .

E talvez o mais lindo: me ensinou a amar e ME amar mais. 💜


Gabriela segue aprendendo, desaprendendo, reaprendendo... Às vezes pela dor, às vezes pelo amor, mas segue o plano firme na missão de eterna aprendiz.

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