Cada pessoa tem qualidades, defeitos e características próprios, que, no conjunto, acabam por defini-la. Alguns se ressaltam mais, outros são guardados para que ninguém veja, outros por sua vez só aparecem para poucas pessoas em ocasiões diferenciadas.
Por muito tempo admirei nos outros uma característica muito rara e que eu achava que tinha: a capacidade de ouvir. Simples assim. Complicado assim.
Todo mundo já deve ter reparado como funciona a dinâmica de uma conversa. Uma pessoa conta para outra sobre como quase bateu o carro no caminho para o trabalho naquele dia, esperando perguntas para poder contar os detalhes, falar que ainda está assustada, xingar o outro motorista, o que seja. Na maioria das vezes recebe de volta uma outra história, mais complicada e horrível ainda, diante da qual já não cabem mais comentários sobre a sua. Isso ocorre comumente, rotineiramente, com histórias sobre acontecimentos diversos, do nascimento de uma criança até sobre tintura de cabelo.
Conheço inúmeras pessoas assim, mas sempre me orgulhei de saber ouvir. De ter a habilidade de lembrar de outra história, mas de me “controlar”, deixar de lado essa história para outra oportunidade, voltar minha atenção para a pessoa e deixa-la falar, incentivando-a. E era real meu interesse. Achava bom fazer esse papel. Acho importante saber ouvir.
Mas ultimamente, quando vejo, já saiu da minha boca a tal da história que vem à cabeça. E depois percebo que não deixei a pessoa falar tudo. Não perguntei pra Frãn: o que tu foi fazer na obra, afinal? Nem pra Cami: como foi o show? Nem pra Annie: quanto tu nadou? Nem pra Annia: como foi o campo? Nem pra Tai: não posso escrever aqui, mas não perguntei. Nem pra Fer: deu pra pescar no fim de semana?...
Esses são poucos exemplos, dos quais me lembro agora, de vezes em que fui péssima ouvinte, quis ser falante sozinha.
Estou exercitando, aos poucos volta a ser boa ouvinte. Por enquanto, o blog tem sido bom professor: leio os textos, lembro das tais histórias, mas volto a focar no texto, comento sobre o que foi escrito, tentando imaginar o que cada mulher de 30 sentia quando escreveu. Um excelente exercício em tempos de informações que chegam aos megas e gigas, e exigem digestão (ou download) em tempo real.
Por muito tempo admirei nos outros uma característica muito rara e que eu achava que tinha: a capacidade de ouvir. Simples assim. Complicado assim.
Todo mundo já deve ter reparado como funciona a dinâmica de uma conversa. Uma pessoa conta para outra sobre como quase bateu o carro no caminho para o trabalho naquele dia, esperando perguntas para poder contar os detalhes, falar que ainda está assustada, xingar o outro motorista, o que seja. Na maioria das vezes recebe de volta uma outra história, mais complicada e horrível ainda, diante da qual já não cabem mais comentários sobre a sua. Isso ocorre comumente, rotineiramente, com histórias sobre acontecimentos diversos, do nascimento de uma criança até sobre tintura de cabelo.
Conheço inúmeras pessoas assim, mas sempre me orgulhei de saber ouvir. De ter a habilidade de lembrar de outra história, mas de me “controlar”, deixar de lado essa história para outra oportunidade, voltar minha atenção para a pessoa e deixa-la falar, incentivando-a. E era real meu interesse. Achava bom fazer esse papel. Acho importante saber ouvir.
Mas ultimamente, quando vejo, já saiu da minha boca a tal da história que vem à cabeça. E depois percebo que não deixei a pessoa falar tudo. Não perguntei pra Frãn: o que tu foi fazer na obra, afinal? Nem pra Cami: como foi o show? Nem pra Annie: quanto tu nadou? Nem pra Annia: como foi o campo? Nem pra Tai: não posso escrever aqui, mas não perguntei. Nem pra Fer: deu pra pescar no fim de semana?...
Esses são poucos exemplos, dos quais me lembro agora, de vezes em que fui péssima ouvinte, quis ser falante sozinha.
Estou exercitando, aos poucos volta a ser boa ouvinte. Por enquanto, o blog tem sido bom professor: leio os textos, lembro das tais histórias, mas volto a focar no texto, comento sobre o que foi escrito, tentando imaginar o que cada mulher de 30 sentia quando escreveu. Um excelente exercício em tempos de informações que chegam aos megas e gigas, e exigem digestão (ou download) em tempo real.
Renata acha que comunicação só pode ser um milagre, já que todos falam e poucos realmente ouvem.
4 comentários:
Oi Rê!
Também me julgo boa ouvinte. Porém... tenho dificuldade com uma pessoa em especial. E é recíproco. A gente se escuta mas não se ouve. E tenho pensado muito nisso. Preciso melhorar também.
bjo!
Um ex-chefe me disse uma vez que temos dois ouvidos e uma boca para ouvir mais e falar menos.
Sou um ótimo ouvinte, no entanto, não falo muito porque ouço demais e não tenho com quem me expressar. Tenho algumas pessoas, mas que não consigo contar tudo
Ouvir é tão bom qto falar... com o tempo a gente vai pegando isso; é gratificante, pq falar, falar livremente é a base pra q as emoções sejam extravasadas, é catártico. Às vezes vc percebe como uma pessoa parece transformada (ou transtornada) após sair de uma conversa... é como o tal do rio; ninguém sai dele o mesmo de qdo entrou.
Bom mesmo comentando atrasada...rs.
Eu sou uma péssima ouvinte, a desculpa q me deram para isso eh q eu tenho déficit de atenção...pq não é somente ouvir q eu sou péssima...tbm nao fico parada...
Mas estou tentando me concentrar nas pessoas pq eh mto chato vc falar e a pessoa ficar "viajando" na historia dela q mais incrivel q a sua...
Nao sei se vc já leu aquele famoooosoo livro "O monge e o Executivo" lá fala disso tbm...mtos conselhos legais...
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