Eu sei que este blog é freqüentado por menores de idade, pessoas de família e tal, mas não resisti, preciso falar do assunto: SEXO. Aliás, vamos largar mão de hipocrisia, né, gente? Ultimamente tem muito menor de idade aí colocando adulto no bolso no que diz respeito a esse assunto, né? Fora que sem isso, não haveriam famílias pra ter pessoas de família. Então acho que tou liberada.
É que esta semana eu li no Manual do Cafajeste (como vocês devem ter percebido, leitura viciante, já que tenho falado bastante dele aqui) uma coisa que me deu um misto de vontade de rir e preocupação. Resumindo: o Cafa (olha a intimidade) contou de um fim de semana, digamos, bastante movimentado na cama dele, e lançou a pergunta pra mulherada responder: E você, precisa de quantas pra se satisfazer?
O mais engraçado é que tem muita menina/ mulher lá que sempre pega o gancho no post do cara pra falar exatamente o que acha que ele quer ouvir, acredito eu que na esperança de virar mais uma das freqüentadoras da cama dele (que, pelos posts, parece inteligente, culto, safo, de bom gosto, e, dizem as que já viram foto dele – gato, mas que é assumidamente cafajeste e mesmo assim a mulherada cai matando).
Então eu li pérolas lá do tipo: “Ah, eu sou bem normal, chego ao orgasmo 10 vezes por noite”, ou “Se o cara não agüentar dar 4, que nem venha cheirar meu cangote”, ou ainda, “Pra mim transa tem que durar pelo menos 2 horas, e depois emendo outra de 3h”, e, a que me impressionou mais, “Eu e meu namorado demos 28 no fim de semana”. Essa é a parte da risada, né? Tá, nem vou entrar no mérito de “cada um é cada um”, mas eu morri de rir porque parecia competição, literalmente “Quem dá mais?”... Eu, particularmente, como disse sabiamente uma menina nos comentários, vivo é no mundo real, não no set de um filme pornô. E sinceramente, eu acho que se alguém gasta tempo contando é porque a cabeça está no ranking, não na cama. E como a mesma menina disse ainda mais sabiamente depois: “Que prazer o quê! O negócio é ficar ardendo!”
Aí vem a parte preocupante. Não é segredo pra ninguém aqui que nós vivemos em uma sociedade que cobra cada dia mais de todos, principalmente de nós, mulheres. A mulher tem que ser bem sucedida, trabalhadora, atualizada, ter um currículo invejável e ainda ter tempo pra aprender mais uma língua. Tem que ser mãe, filha, namorada/ esposa, amorosa, atenciosa e cuidadosa. Tem que manter os assuntos domésticos sob controle. Tem que ser independente, bonita, gostosa, bem cuidada. Cabelo com ponta, unha sem fazer? Jamais! Tem que arrumar um tempinho pra se embelezar nem que seja entre o spinning e a aula de francês. Afinal, depois que estiver linda ainda vai ter que vestir uma lingerie bem sensual pra seduzir o namoradão/ maridão com o striptease que aprendeu no curso (ou na internet, entre um mail de trabalho e outro), sem esquecer, claro, de aplicar todas as técnicas de pompoarismo e experimentar todas as posições do Kama Sutra sem cair na rotina pra não ser a responsável pela falência da relação. Ah, sim, esqueci do detalhe: tem que ter vários orgasmos com isso, afinal, ninguém quer uma “fracassada” na cama, né?
Aí eu pergunto: por quê as pessoas compram essa idéia? E acabam mesmo se cobrando, a ponto de soltarem assim nos comentários de um blog suas intimidades, sejam elas verdade ou não? Fiquei pensando no filme Sex And The City, na cena da Miranda. Pra quem não assistiu ou não lembra, Miranda é uma advogada bem sucedida que rala horrores no trabalho. Acaba casada com um barman e eles têm um filho. Ela muda do seu lindo, mas pequeno, apartamento em Manhattan pra uma casa longe de tudo, inclusive do escritório, mas que tem mais espaço pra família. Vê pouco o marido, já que ele trabalha de noite. Ajuda cuidar da sogra com Alzheimer. Resolve os problemas da casa. Educa o filho com amor e atenção. Acha uns minutinhos pra dar suporte emocional pras amigas. E depois ouve do marido que ele colocou um corno nela, porque ela andava desinteressada por sexo. E depois uma amiga a critica porque ela não está depilada. Estranha é ela que não consegue pensar em depilação e sacanagem, ou o marido, que não vê o duro que a mulher dá e nem tenta ajudar e aliviar um pouco a vida dela, pra ela poder se cuidar um pouco? E que raio de marido é esse que não tem compreensão nenhuma?
Ah, vamos falar sério, ninguém é, e nem deve ser, máquina de fazer sexo e ter orgasmo. Sexo é uma coisa que deve ser feita por prazer, e não obrigação, e na minha modesta opinião, nem é uma coisa que se faça com qualquer um. A vontade e a resposta do corpo dependem de vários fatores, bioquímicos e psicológicos inclusive. Na minha cabeça não faz sentido nenhum comparar com/ganhar de outras pessoas, o que faz sentido é saber se foi bom, se valeu a pena, e principalmente, se não vai ser fonte de arrependimento. Eu, hein? Às vezes eu acho que a esquisita sou eu.
É que esta semana eu li no Manual do Cafajeste (como vocês devem ter percebido, leitura viciante, já que tenho falado bastante dele aqui) uma coisa que me deu um misto de vontade de rir e preocupação. Resumindo: o Cafa (olha a intimidade) contou de um fim de semana, digamos, bastante movimentado na cama dele, e lançou a pergunta pra mulherada responder: E você, precisa de quantas pra se satisfazer?
O mais engraçado é que tem muita menina/ mulher lá que sempre pega o gancho no post do cara pra falar exatamente o que acha que ele quer ouvir, acredito eu que na esperança de virar mais uma das freqüentadoras da cama dele (que, pelos posts, parece inteligente, culto, safo, de bom gosto, e, dizem as que já viram foto dele – gato, mas que é assumidamente cafajeste e mesmo assim a mulherada cai matando).
Então eu li pérolas lá do tipo: “Ah, eu sou bem normal, chego ao orgasmo 10 vezes por noite”, ou “Se o cara não agüentar dar 4, que nem venha cheirar meu cangote”, ou ainda, “Pra mim transa tem que durar pelo menos 2 horas, e depois emendo outra de 3h”, e, a que me impressionou mais, “Eu e meu namorado demos 28 no fim de semana”. Essa é a parte da risada, né? Tá, nem vou entrar no mérito de “cada um é cada um”, mas eu morri de rir porque parecia competição, literalmente “Quem dá mais?”... Eu, particularmente, como disse sabiamente uma menina nos comentários, vivo é no mundo real, não no set de um filme pornô. E sinceramente, eu acho que se alguém gasta tempo contando é porque a cabeça está no ranking, não na cama. E como a mesma menina disse ainda mais sabiamente depois: “Que prazer o quê! O negócio é ficar ardendo!”
Aí vem a parte preocupante. Não é segredo pra ninguém aqui que nós vivemos em uma sociedade que cobra cada dia mais de todos, principalmente de nós, mulheres. A mulher tem que ser bem sucedida, trabalhadora, atualizada, ter um currículo invejável e ainda ter tempo pra aprender mais uma língua. Tem que ser mãe, filha, namorada/ esposa, amorosa, atenciosa e cuidadosa. Tem que manter os assuntos domésticos sob controle. Tem que ser independente, bonita, gostosa, bem cuidada. Cabelo com ponta, unha sem fazer? Jamais! Tem que arrumar um tempinho pra se embelezar nem que seja entre o spinning e a aula de francês. Afinal, depois que estiver linda ainda vai ter que vestir uma lingerie bem sensual pra seduzir o namoradão/ maridão com o striptease que aprendeu no curso (ou na internet, entre um mail de trabalho e outro), sem esquecer, claro, de aplicar todas as técnicas de pompoarismo e experimentar todas as posições do Kama Sutra sem cair na rotina pra não ser a responsável pela falência da relação. Ah, sim, esqueci do detalhe: tem que ter vários orgasmos com isso, afinal, ninguém quer uma “fracassada” na cama, né?
Aí eu pergunto: por quê as pessoas compram essa idéia? E acabam mesmo se cobrando, a ponto de soltarem assim nos comentários de um blog suas intimidades, sejam elas verdade ou não? Fiquei pensando no filme Sex And The City, na cena da Miranda. Pra quem não assistiu ou não lembra, Miranda é uma advogada bem sucedida que rala horrores no trabalho. Acaba casada com um barman e eles têm um filho. Ela muda do seu lindo, mas pequeno, apartamento em Manhattan pra uma casa longe de tudo, inclusive do escritório, mas que tem mais espaço pra família. Vê pouco o marido, já que ele trabalha de noite. Ajuda cuidar da sogra com Alzheimer. Resolve os problemas da casa. Educa o filho com amor e atenção. Acha uns minutinhos pra dar suporte emocional pras amigas. E depois ouve do marido que ele colocou um corno nela, porque ela andava desinteressada por sexo. E depois uma amiga a critica porque ela não está depilada. Estranha é ela que não consegue pensar em depilação e sacanagem, ou o marido, que não vê o duro que a mulher dá e nem tenta ajudar e aliviar um pouco a vida dela, pra ela poder se cuidar um pouco? E que raio de marido é esse que não tem compreensão nenhuma?
Ah, vamos falar sério, ninguém é, e nem deve ser, máquina de fazer sexo e ter orgasmo. Sexo é uma coisa que deve ser feita por prazer, e não obrigação, e na minha modesta opinião, nem é uma coisa que se faça com qualquer um. A vontade e a resposta do corpo dependem de vários fatores, bioquímicos e psicológicos inclusive. Na minha cabeça não faz sentido nenhum comparar com/ganhar de outras pessoas, o que faz sentido é saber se foi bom, se valeu a pena, e principalmente, se não vai ser fonte de arrependimento. Eu, hein? Às vezes eu acho que a esquisita sou eu.
Sisa quer saber duas coisas: 1) a esquisita é ela? 2) e você, precisa de quantas? (risos)
6 comentários:
Oi Sisa! Vim comentar seu post! hahaha
Ainda não vi o filme de Sex and the City...
Mimimi!
Miranda sempre foi meu personagem favorito, ao lado da Samantha. Gostava da Carrie, ria demais com a Charlotte, mas essas duas sempre me atraíram demais. Identifico muito de mim nas duas. E foi bom saber desse detalhe do filme antes de ver, porque já vivi uma situação parecida - um ex reclamando que eu não estava bem depilada, isso era nojento e que desse jeito le iria procurar algo mais "limpo" - e com certeza ficaria passada com a cena. Não, não é ela a esquisita. Ela é a normal, num mundo cheio de exigências e tarefas, e tempo 0 para execução delas. Um mundo onde você precisa ser todas as coisas - e achar tempo pra ser você - integralmente e com perfeição. Um mundo hipócrita... Fiz 2 posts no meu blog falando disso esta semana, creio que o terceiro sai esta tarde! hahaha
O Steve pode adorar a Miranda, mas às vezes ele é um verdadeiro idiota.
Olha, Sisa, precisar é um termo muito forte. Não digo que preciso. Se nós precisássemos de coisas na cama, o melhor seria celebrar um contrato de prestação de serviços com o cara antes de entrar no quarto. Cláusula pétrea: "o contratado deve dar à contratante nada menos que 10 orgasmos múltiplos em X minutos".
Seria no mínimo cômico...
Precisar, eu não preciso. Eu sinto vontades. Eu tenho desejos. Se o parceiro satisfaz os meus desejos e vontades, está perfeito. Se satisfaz de novo, está divino. E de novo... E de novo...
Sisa,
1) Não, você não é esquisita. Você é super normal, como todo mundo é (mesmo que tentem mostrar que não são)
2) Uma bem feita tá de bom tamanho. Não precisa ser várias, basta uma bem feita. Não precisa ser todo santo dia, basta que seja quando as duas partes estão interessadas no assunto.
Esse negócio de transar não sei quantas vezes numa noite, ou com quantas, pra mim não é excesso de hormônios, mas necessidade de auto-afirmação. O que importa é a qualidade da pintura e não a quantidade de tinta que o artista usou. E só existe nêgo cafajeste porque existe um bando de mulher retardada que vai na onda. O homem precisa aprender que não é preciso ter um membro de 25 cm, dar não sei quantas sem tirar, transar não sei quantas vezes por dia. E mulher precisa aprender a exigir do homem mais carinho, mais jeitinho, mais amor no sexo ao invés de fingir que teve orgasmos múltiplos a noite inteira e depois chorar no dia seguinte, insatisfeita e infeliz.
Foi quase um post esse comentário, mas é que eu fico injuriado com tanta babaquice entre homens e mulheres...
Oi Sisa,
Eu achei teu blog nos comentários do "manual do cafajeste". Eu acho que o mundo tá tão cheio de esquisitices que muitas vezes os "normais" é que parecem esquisitos. Concordo plenamente qd vc diz "sexo é uma coisa que deve ser feita por prz e não por obrigação". A competição tá forte lá nos comentários do manual do cafa. E pra quem gosta de se divertir lendo algumas bobagens tbm tá ótimo!
bjs!
Que vergonhaaa..
Seu texto foi ótimo.
prefiro não comentar muito sobre o tema..rsrsr
Bjos ..Júlia
Vc, esquisita? Menos....
O excesso de criatividade é esquisito, isso sim...
Como disse o Marco, pra mim basta uma vez, com carinho, jeitinho, ou seja, bem feita. E pronto. E isso já não é fácil...
Olá, tudo bem?
Vim parar no teu post pelo blog Meio do Mundo, e tudo que tenho a dizer simplesmente endossa o comentário do autor daquele blog: NINJA!!! hahaha :)
Enquanto lia teu texto, só conseguia pensar no quanto me sinto aliviada por ser meio fora do "padrão". Qual é o problema, por exemplo, em deixar a unha sem fazer!? Quem foi o energúmeno que inventou que mulher que não faz a unha é "largada" e "não se cuida"? Ou que a mulher que não quiser a segunda vez é frígida - e, conseqüentemente, corre sério risco de perder o companheiro -?
Eu ia escrever mais coisas mas fiquei com medo de parecer revoltada demais, hehehe.
Um abraço e parabéns pelo blog.
Priscila
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