Ontem passeando pela rua com meu marido, demos de cara com uma conhecida. Ela estava meio de longe, então meu marido só apontou e falou: olha só quem está ali. Eu que não reconheci a criatura instantaneamente, fiquei viajando. Quem? Quando? Por quê? Aí ele me disse era a menina ‘que tem capoeira no sangue’. Aaaaaaaaaaaah tá certo, agora sei quem é!
Foi depois desse episódio que fiquei pensando como que um momento infeliz pode marcar a gente pra sempre. Por exemplo, no caso dessa menina. Aqui na cidade tem um grupo de capoeira, e um amigo meu fazia parte. A maioria do pessoal é norueguês. Então um dia essa menina soltou a seguinte frase na roda: ’Eu tenho mais facilidade porque tenho capoeira no sangue!’. Vamos explicar o pensamento da criatura: ela é metade norueguesa e metade portuguesa. Foi nascida e criada aqui (na Noruega). Mas pelo fato de Portugal ter colonizado o Brasil ela acha que tem sangue baiano nas veias. Bom, se ela tivesse só entre os noruegueses talvez esse detalhe tivesse passado despercebido. O problema é que meu amigo estava lá, e numa altura dessa do campeonato já estava ‘se estrebuchando todinho’, já viu né? O rapaz era brasileiro legítimo, baiano de Salvador e capoeirista de muito tempo. Na verdade ele acabou engolindo o riso e deixou pra lá. Mas chegou lá em casa contando a história. Pra quê? Até hoje não sei o nome da menina, e olha que isso aconteceu há sete anos atrás. Mas não tem jeito, a gente sempre se refere a ela como ‘a portuguesa que tem capoeira no sangue’ ou somente a menina ‘que tem capoeira no sangue’.
Liz odeia rotular as pessoas, por esse motivo ela fica torcendo para que ‘ a menina que tem capoeira no sangue’ não leia esse texto.
Foi depois desse episódio que fiquei pensando como que um momento infeliz pode marcar a gente pra sempre. Por exemplo, no caso dessa menina. Aqui na cidade tem um grupo de capoeira, e um amigo meu fazia parte. A maioria do pessoal é norueguês. Então um dia essa menina soltou a seguinte frase na roda: ’Eu tenho mais facilidade porque tenho capoeira no sangue!’. Vamos explicar o pensamento da criatura: ela é metade norueguesa e metade portuguesa. Foi nascida e criada aqui (na Noruega). Mas pelo fato de Portugal ter colonizado o Brasil ela acha que tem sangue baiano nas veias. Bom, se ela tivesse só entre os noruegueses talvez esse detalhe tivesse passado despercebido. O problema é que meu amigo estava lá, e numa altura dessa do campeonato já estava ‘se estrebuchando todinho’, já viu né? O rapaz era brasileiro legítimo, baiano de Salvador e capoeirista de muito tempo. Na verdade ele acabou engolindo o riso e deixou pra lá. Mas chegou lá em casa contando a história. Pra quê? Até hoje não sei o nome da menina, e olha que isso aconteceu há sete anos atrás. Mas não tem jeito, a gente sempre se refere a ela como ‘a portuguesa que tem capoeira no sangue’ ou somente a menina ‘que tem capoeira no sangue’.
Liz odeia rotular as pessoas, por esse motivo ela fica torcendo para que ‘ a menina que tem capoeira no sangue’ não leia esse texto.
2 comentários:
haha..coitada dela..
muito bom seu texto!
se ela ler esse texto heim? vixii!!
abraço Júlia
Infelismente os rótulos nos ajudam muito, tipo quando vc só suobe quem era a menina pelo rótulo rsrsr... ajudam um bocado...
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