Todos nós estamos reaprendendo a Língua Portuguesa após a Reforma Ortográfica. E, o que antes parecia muito difícil, agora parece ainda mais!
Entretanto, há pessoas que insistem em não aprender o próprio idioma. E, se isso não bastasse, há pessoas que desaprendem, e ainda ensinam errado. Exemplo disso é o linguajar de operador de telemarketing (me desculpem os profissionais do ramo), sofrível, que abusa de erros de concordância, além de tentarem vender produtos, e de não resolverem problemas, quando necessitamos de auxílio. Esse típico linguajar tomou as ruas, e hoje muita gente o usa, como se fosse correto.
Foi criado, assim, um novo tempo verbal: o Futuro do Impossível. Esse tempo verbal, que não existe, assim como as ações conjugadas nele, consegue a façanha de utilizar três verbos, em tempos verbais diferentes, para não dizer coisa nenhuma! Observe, pois você já se deparou com ele: “vamos estar solicitando”, “vou estar providenciando”. E isso existe?! Não! Foi diretamente traduzido de manuais de instrução de aparelhos, em Inglês, e não houve preocupação em se adequar à estrutura gramatical da Língua Portuguesa. Começou assim, e foi se disseminando entre as pessoas.
Agora, pense bem, pois, se você “vai estar fazendo” alguma coisa, em que tempo essa ação ocorre? Quando ela vai se encerrar? Se utilizamos, ao mesmo tempo, um verbo no futuro do presente, um verbo no infinitivo, e um verbo no gerúndio, é óbvio que essa ação é mais do que o que se poderia traduzir como presente contínuo, isso é o Futuro do Impossível! A ação nunca será concluída! E ainda está errado!
Parece linguajar de malandro, que sabe que não fazer o que lhe foi pedido, e joga com as palavras, dizendo exatamente que vai fazer, mas não tem data para isso. Assim, se eu não quero, ou não posso fazer alguma tarefa que me foi dada, mas não desejo me indispor com a pessoa que a ordenou, posso simplesmente utilizar o novo tempo verbal Futuro do Impossível, e dizer que “vou estar providenciando”. Automaticamente, a pessoa que escuta entende que a tarefa será feita, e eu disse, na verdade, que não vou concluí-la.
Ironias à parte, é uma forma de falar e de escrever equivocada, que não deve ser usada, pois nossa língua é maravilhosa, difícil, sim, mas deve ser respeitada.
Mini-resumo: Tania tem dificuldades com a Língua Portuguesa, como quase todas as pessoas, mas acredita que é preciso mais cuidado ao escrever, e mais consideração com nosso idioma!
2 comentários:
Tania, concordo muito com você! Quanto loucura vemos e ouvimos por aí? O desrespeito e descuido começam muito cedo, já na escola. É por isso que, sempre que tenho oportunidade, eu "aconselho" ao quem quer que seja: Leia, incansavelmente. Só há benefícios. bjo!
Acabei de recebeer um e-mnail do banco. Com esse tempo verbal.
E não me dei conta dessa enrolação ! kkk
Adorei seu post
Debby :)
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