De repente, 30, 40...

Terá sido tão de repente assim? Desaceleramos muito com a proximidade dos 40. Aprendemos a caminhar apreciando o caminho ao invés de correr loucamente para chegar sabe-se lá onde. Descobrimos que todas queremos chegar lá, e que o lá de cada uma é diferente. Aprendemos a olhar de dentro para fora. Muita coisa aconteceu nesta década. Crianças nasceram, animais de estimação se foram, relações se fortaleceram, outras, desvaneceram. Aprendemos muito. Principalmente que dividir só nos faz melhores.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Resoluções de Ano Novo e o dedão

Todo ano é aquela coisa: a gente faz um balanço do que fez e não fez durante o ano, pesa o que foi bom, levanta o que pode ser aprendido com os erros. E faz uma lista de proposições para o próximo ano.

Atire a primeira calcinha amarela quem nunca fez uma lista de proposições para o ano novo! E digo mais, aposto que a maioria das listas contém pelos menos umas dessas promessas:

- emagrecer

- se exercitar

- guardar dinheiro
- viajar
- aprender uma língua estrangeira

Acertei? Não vou julgar ninguém, a minha tem essas coisas também. Mas além dessas, eu tenho pensado há um tempo em uma forma de melhorar o foco, aliviar a ansiedade, dormir melhor (vou fazer um post sobre isso). E comecei a ler e a tentar aprender mais sobre isso: conversei com pessoas que sacam muito sobre o assunto, conversei com pessoas que sofrem das mesmas coisas e tomam remédio, li blogs, textos e livros sobre o assunto.

Na viagem de volta para casa, encarei um busão por 7 horas me sentindo super tranquila, um espírito evoluído: quando estiver comendo, coma. Quando estiver bebendo, beba. Quando estiver viajando num ônibus lotado num dia tri quente, viaje num ônibus lotado num dia tri quente.

Eu eu o Universo somos um só; todas as pessoas são um só. Compaixão. Empatia. Sorriso leve no rosto. Eu estava pronta. A viagem ia ser um sucesso! A vida ia ser um sucesso!

Até que a mulher sentada atrás de mim colocou o PÉ em cima do apoio de braço da MINHA poltrona!
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Como assim?!

E daí eu vi o ridículo, e a falta de profundidade do que eu sentia... uma coisa simples como um pé! Um pé de uma pessoa! Que nem me incomodava, nem me encostava! Nada! Só isso, um dedão perto de mim já me tirou do falso nirvana. Fiquei até envergonhada. Fiz as pazes com o dedão, e com as pessoas conversando no ônibus. Com o calor, com as horas de viagem, com o cheiro de salgadinho. - Quando estiver viajando, viaje. - Li bastante, cochilei, olhei a paisagem da qual eu já estava saudosa. E sigo alerta, uma coisa por vez. Um dedão por vez.

Renata é viciada em listas, então nem é necessário comentar que há muitas outras promessas na lista. E você? Tem alguma?

3 comentários:

Vanessa disse...: Olá.
Eu tenho um sério problema de ansiedade, tive uma crise de pânico há um ano atrás e ainda estou tomando medicamentos para controlá-la. Desde então o meu foco tem sido me controlar. Muitas vezes me vejo em situações como esta que você passou, sei que sou um pouco intolerante, mas, tento me controlar, não é fácil. Porém estou conseguindo e seguindo em frente. Bjoks; 7 de janeiro de 2014 às 19:59
Anônimo disse...: Acho que é bem assim, Vanessa. Um passo por vez, um dedão por vez, sempre. A gente tem que ficar alerta e ir aprendendo!
Boa sorte!; 7 de janeiro de 2014 às 22:40
Mariana Penna disse...: Tenho visto mesmo muita gente que não tem sorte em viagens de ônibus!!

Tenha um lindo 2014!

Um beijo!!; 12 de janeiro de 2014 às 22:13

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Andri

Uma libriana apaixonada, intensa, dramática, que se importa muito com os outros. Ótima ouvinte, amante de um bom papo, adora dividir suas experiências e aprender com as outras pessoas. Está convicta de que todos os dias aprendemos coisas novas, desde que estejamos com o coração aberto e a alma atenta. Acredita na força do amor, no poder de um sorriso, na transformação do ser humano. Naturalmente indignada com a situação que vê ao seu redor, arregaça as mangas e vai à luta! Acredita que apesar do conforto do seu sofá, é do lado de fora do aconchego de casa que vai conseguir mudar alguma coisa e por isso se tornou professora de filosofia e está cada vez mais apaixonada pelo que faz. Escreve porque sente que seu ser transborda e é no papel que consegue extravasar e organizar seus sentimentos. Aos 6 anos de idade declarou: “A vida tem certos rumos que nem o poeta descobre”, frase esta que encontra-se anotada em um velho caderno de receitas de sua mãe. E tem levado a vida deste jeito: tentando compreender a si mesma e aos outros.

Déia

O nome "Andréia", que em grego significa "coragem", é perfeito para me descrever. Eu posso estar morrendo de medo, mas não me falta coragem: geralmente não rejeito um desafio ou uma proposta inusitada. Sou intensa, carinhosa, verdadeira e leal. Quando amo, amo de verdade e intensamente. Tenho muitos amigos, mas são poucos os que, de fato, moram em mim... E para esses, o mundo! Sou gentil sempre, mas não consigo fingir ser simpática (sorrisos forçados deformam o rosto!). Sou teimosa, ansiosa, impaciente e, às vezes, um pouco melancólica. Além disso, sofro de intolerância (principalmente com relação às pessoas que sofrem de incontinência verbal). Aprecio a companhia de quem sabe rir de si mesmo e desprezo aqueles que sempre se acham os "donos da razão". Sou, também, professora de filosofia (amo o que faço!). E tem mais uma coisa: Só faço aquilo que realmente quero fazer. Não tente me obrigar a fazer o que não quero que, certamente, não farei o menor esforço para ser uma companhia agradável. Aprendi com o tempo e a maturidade que a vida sempre cobra seu ônus e, por isso, o bônus tem que valer muito a pena e ser aproveitado até a última gota... (Déia)

Gabriela

Sou tudo que li, vi, ouvi e vivi. Ariana com ascendente em gêmeos, lua em áries e vênus em aquário! Acreana, mas cidadã do mundo. Curiosa e sonhadora. Sofro de otimismo crônico, tenho uma profunda fé no universo. Gosto de gente, da troca, do novo, do desafio. Adoro movimento, mas procuro respeitar os ciclos. Queria conhecer o mundo, sei que não vou ver tudo, mas já decidi que vai ser uma boa parte. Penso que casar e comprar uma bicicleta seja possível. Gosto de cinema (muito), cozinhar ouvindo música em volume máximo (com cerveja, de preferência). Dançar é um exercício de libertação; escrever um aprendizado constante. Amo viajar, adoro dias de sol e também banhos de chuva. Gosto (hoje) de cachorro (muito). Ser mãe é um grande sonho, mas não tenho pressa. Acredito em Deus, em Jesus, em Buda e em outros tantos seres iluminados. Gosto do misticismo e da filosofia de botequim. Na vida de "gente grande", sou fonoaudióloga, coach, funcionária pública e cada vez mais empreendedora. E no fim, continuo aprendendo, sempre.

Laeticia

A chegada dos 40 me bateu sem dó. Não consegui continuar correndo. Nem a cabeça, nem as pernas desejavam. Não consegui fazer as pazes com a balança. Pelo contrário, engordei. Difícil não comer meus sentimentos. Os poucos cabelos brancos transformaram-se em uma mecha generosa bem na frente. Olhei o espelho e vi sulcos no meu rosto, fortes linhas de expressão. Senti que minha vida profissional estava descendo morro abaixo. Minha ginecologista pediu exames para monitorar a chegada do climatério!! Neste dia eu dei um basta na surra que estava levando dos 40. A vida mais uma vez foi generosa comigo, me deu a mão e puxou do chão. Saldo: 41 anos, ativa, gordinha e saudável. Olho no espelho e os cabelos brancos não me assustam, posso colori-los de tantas cores! Percebo que ninguém além de mim mesma jamais viu os sulcos e as fortes linhas de expressão do meu rosto. Puxei minha vida profissional do chão. Eu não nasci para cair; eu nasci para me levantar. Em tempo: meus exames estão ótimos!!

Luciana

Luciana. Mulher. Cientista. Gaúcha meio fajuta. Divide a casa com o marido e vários bichos - os Nobel. Já mudou de emprego e de estado, mais de uma vez, por pura satisfação pessoal. Acredita que pequenas intervenções no meio em que vive e fazer qualquer diferença na vida das pessoas tem poder de mudar ao menos um pedacinho de mundo. Desde 2014 – um ano esquisito – tem aprendido que pessoas podem ser excluídas também do mundo real e que egoísmo pode ser essencial. Pode ser amiga, mãe e um pouco terapeuta. Tem problemas de distração mas fica brava quando não prestam atenção no que ela fala. É muito menos teimosa do que já foi um dia, e exercita a tolerância continuamente. Aprendeu a viver com uma doença crônica, sempre tentando fazer com que esta não a defina, mas teve que diminuir o ritmo da sua existência. Para ela a vida é aprendizado, e como pesquisadora, está sempre disposta a aprender mais e mais.

Renata

Renata: mãe, bióloga, aprendiz de iogue, mulher. Adora aprender, principalmente sobre si mesma e crê que autoconhecimento é um caminho sem volta. Ama cheiros gostosos (chuva, café, comida boa, flores e gente perfumada), música (as de dançar e as de cantar), rir (sozinha e acompanhada, de si mesma também), ouvir mais do que falar, o que lhe rendeu fama (infundada??) de ser uma pessoa muito séria, viajar (mental e fisicamente). Além de tudo isso, ama sua filha, que é seu anjo da guarda.

Samira

Samira é médica veterinária, trabalha com mamíferos marinhos, está estudando para passar na prova de mestrado para contribuir de alguma forma para conservação desses animais. Gosta das coisas simples como: noite de lua cheia, céu estrelado, por do sol e caminhada na praia. Quando se estressa põe o pé na areia da praia e todas as preocupações parecem desaparecer. Adora ler, ver filmes e conversar com as amigas. Fez trinta anos em agosto de 2012 e acredita que se cada um fizer a sua parte, o mundo pode ser um lugar melhor.

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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Resoluções de Ano Novo e o dedão

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