Eu sei, eu
sei...esse tema pode gerar uma série em sim, mas hoje eu quero falar sobre um
requisito burrocrático básico para muitas transações: comprovante de endereço.
Eu
sinceramente não consigo entender que p%$#@ passa na cabeça do cidadão que
decidiu que comprovantes de endereço aceitáveis vêm da companhia de energia
elétrica, saneamento, telefone ou cartão de crédito (entre outros, creio eu).
Pedaços de papel muitas vezes com endereço errado, nome errado, emprestados por
outra pessoa...sem valor algum. Eles valem MUITO mais que minha palavra e
assinatura dizendo onde eu moro e posso ser procurada. Qualquer cidadão
consegue em pouco tempo reunir comprovantes de endereço aceitáveis (moro com
minha irmã; coloquei meu nome na conta de luz da minha avó) com endereços que
não são seus endereços residenciais. Mas mesmo assim, esses papeis são aceitos.
E apenas eles.
Certa vez
precisei de uma certidão negativa da justiça para tomar posse em um concurso
público. Lá constavam todos os meus dados pessoais eu, ingênua, pensei: que
papel no mundo pode ser melhor do que esse como comprovante de endereço? Foi
assinado por um juiz, no fórum! Tsc, tsc....recebi um: “não, moça, apenas conta
de água e luz”. Claro.
Isso é
menos que uma gota d’água no oceano de burrocracia, no qual as cosias estão tão
gravadas na pedra que ninguém sabe mais quem gravou, o porquê gravou; apenas
seguimos o mesmo caminho tortuoso trilhado por alguém.
Aqui
caberia até uma teoria da conspiração: talvez há muitos anos pessoas venham
complicando a rede burrocrática para levar ao apocalipse. Ou, ao menos, se
divertir com a burrice alheia, que repete procedimentos ineficazes sem fazer
nenhuma sinapse para refletir sobre ele.
Renata tinha
dado um tempo nessa série, mas às vezes é simplesmente impossível! ela espera que até a próxima terça-feira seu lado Poliana tenha se fortalecido.
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