Enquanto a Lu queria ter superpoderes, e viu que pode fazer coisas incríveis mesmo sem eles, eu queria ter um único superpoder: teletransporte. Ou viajar muito rápido como o Flash, e continuar com o cabelo minimamente arrumado.
Há algum tempo vi uma frase que gostei muito, e uso como foto de capa no meu perfil do Facebook, que diz: estar perto não é físico. Isso porque tenho sentido muitas saudades de pessoas que não estão fisicamente próximas. Estão bem próximas de outras formas, umas graças às maravilhas da tecnologia, que nos permitem ver, ouvir e trocar palavras, outras muito mais pelo pensamento e pela sintonia que transcende tempo e distância.
Troca de palavras, piadas, fotos de caretas e de bebês fofos que crescem rápido demais, do corte novo de cabelo e do por do sol, frases tiradas de livros e que fizeram alguém querido lembrar da gente. Troca de receitas, de dúvidas, de conselhos e de tutoriais. Tudo isso a gente consegue fazer tendo uma conexão, um smartphone e amor.
Mas às vezes não chega. Às vezes o cheiro do bolo, a voz perto do ouvido, o olho no olho, o colo e o cafuné, o abraço apertado que às vezes tira lágrimas sei-lá-porque faz falta. E nessas horas, estar perto é físico. É tocar. É estar perto mesmo sem falar. É rir das piadas internas e das lembranças que ninguém mais compartilha. É brincar sem pressa, sem contar os minutos ou depender de wi-fi.
E nessas horas eu queria muito poder me teletransportar. Dar um abraço apertado, dar e receber colo e passar mais tempo com gente que é tão querida mas que está tão longe. Fisicamente longe.
Renata está perto de tanta gente que está longe, mas às vezes não é suficiente.
2 comentários:
Sempre digo que saudade é bom - faz a gente perceber que nossa vida tem valido a pena! Adorei o texto, Rê! Que a saudade siga te inspirando!
Concordo plenamente quanto à saudade!
Beijão!
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