De repente você olha pela janela e vê que não é mais inverno, raios de sol brilham lá fora e aquecem a sua alma.
De repente você vê que aquilo que parecia querer te devorar outrora, hoje já não tem mais valor. O monstro que crescera tomando as rédeas de sua vida e provocando tanta dor, calou-se, encolheu-se.
É assim mesmo a dor. Ela desatina, embaraça os pensamentos, faz os nossos dias parecerem intransponíveis, o ar fica escasso, levantar da cama de manhã parece o fardo mais difícil que se pode carregar. Mas quando você vai ver, ela já foi embora e o que sobra é apenas o aprendizado que aquele duro sentimento trouxe consigo.
E viver não é mesmo isso? Esse aprendizado à duras penas? Penso que sim.
É pouco provável que você tenha aprendido a andar de bicicleta sem antes ralar os joelhos ou tenha aprendido como criar um filho sem chorar de desespero no começo. Aprender requer tempo e sabedoria. Sabedoria para aceitar que não controlamos tudo, que não nascemos sabendo. O ser humano é assim mesmo. Quer ter o controle de sua vida o tempo todo, mas a melhor sensação é se deixar levar e ser surpreendido.
Quem sabe ali, em uma dessas esquinas da vida você não topa com uma surpresa que pode trazer um novo colorido aos seus dias?
De repente.. Assim sem querer...
Andri escreve às sextas-feiras e adora os "de repentes" da vida
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