segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Sinceridade até quando?

Até que ponto as pessoas conseguem lidar com a sinceridade? Sinceridade delas com elas mesmas, com os outros e dos outros? Até onde podemos ir? E se já começamos, por que parar no meio do caminho?

Anastácia teve que ser sincera esses dias, e, por sua vez, esperava que recebesse o mesmo em troca, mas não, nem sempre os outros estão preparados para serem honestos, dizerem o que pensam e ouvir o que os outros pensam. Anastácia não tinha medo de verdades, aliás, sempre preferiu uma verdade dolorosa, a uma ilusão mentirosa; e foi exatamente isso o que aconteceu. Ela se sentiu na obrigação de desfazer uma ilusão que, infelizmente, haviam imaginado em relação a ela, mas suas palavras não foram bem recebidas. Na verdade ela não esperava outra coisa, quem gosta de ser desiludido, quem gosta de ouvir pensamentos, por vezes, indesejáveis? Bom, talvez; ela. Não que Anastácia fosse masoquista, não; mas quando ela fala espera que seja ouvida e compreendida, não necessita de acordos e concordâncias, mas de um ouvido amigo e uma mente que consiga da mesma maneira que ela, se expressar; mas nem sempre é assim.

Por que temos a impressão de que as pessoas têm medo do que os outros pensam? Preferem mentiras à honestidade? Assuntos trágicos a notícias de conquistas felizes? Têm medo de dizer o que pensam? Será que têm medo de ouvir respostas em troca das suas idéias? Qual o problema de ser revidado? Por que pedimos opinião se nem sempre queremos realmente ouvi-la?

Anastácia se fez inúmeras perguntas que não conseguiu responder, mas tinha a certeza de que o que fez tinha que ser feito, não podia mais esperar. Ficou triste por que aguardou uma resposta, ao contrário de tantos, mas não recebeu. Até onde podemos ser sinceros?


Silvia, assim como Anastácia, acredita que sinceridade nunca é de mais, gosta de falar e principalmente de ouvir, só assim conhecemos cristalinamente as pessoas, suas dúvidas, suas reservas e suas formas de raciocinar, só assim temos a liberdade de mudar de opinião, de concordar, de compreender e, invariavelmente, de discordar.

4 comentários:

Mia disse...

Concordo! Com tuuuuudo!

=***

Paula disse...

Concordo plenamente com Anastacia!
Muito melhor sofrer por uma verdade doída, mas verdade, real, aquilo que é palpável e possível ou impossível, que ficar vivendo em um mundo imaginário. Mais cedo ou mais tarde o equilíbrio do universo exige que cada coisa fique no seu devido lugar!

Ótimo!

Sisa disse...

Silvia,
Como falei aí embaixo com a Marilia, a sincronia de vcs foi ótima. Mais impressionante do que quem não fala a verdade é quem não aceite que a gente fale... Esse assunto me pega bastante, viu?
Bj

Angel disse...

Verdade sempre!
Às vezes podemos fazê-la doer menos do que o normal. Com jeitinho... esse é o problema.

Beijos!

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