Essa palavra inglesa, sem tradução específica para o português, diz respeito a um problema que acontece em sala de aula e que certamente todo mundo, um dia, vivenciou, direta ou indiretamente. (Mesmo nós, mulheres de 30!!!).
Trata-se daquela brincadeira boba, daquele deboche, daquela zombaria, muito comuns no período escolar. Por exemplo, se você usava óculos, dá-lhe QUATRO OLHOS; se era gordinha, BALEIA; se era aplicada, estudiosa, toma CDF... e tantos outros apelidinhos e gracinhas que poderiam ser citados aqui.
Mas como doía... e como dói, porque crianças e adolescentes continuam sendo vítimas do bullying, principalmente aquelas mais retraídas, que possuem alguma dificuldade de relacionamento ou um problema físico aparente. (Mães, fiquemos de olhos bem apertos!)
A vítima, acuada, não pode sequer contar em casa, quanto mais na escola, para alguma autoridade. Caso seja um garoto, pior ainda, MARIQUINHA, CHORÃO, BAMBI...
Além da vítima, é claro, podemos identificar outros papéis. Temos o agressor, geralmente algum colega da sala que exerce relativa liderança sobre os demais e que possui, digamos assim, a coragem para fazer a brincadeira, ou iniciá-la. Os demais colegas são cúmplices, mas não deixam de ser também agressores, pois contribuem com risinhos e comentários não menos maldosos.
Uma característica importante para se identificar o Bullying é o caráter repetitivo do fato. É algo intermitente, dia após dia, muitas vezes de maneira velada. Vale também lembrar que pode ser considerado bullying apelidos, deboches, atirar objetos na vítima ou jogar objetos na vítima, que tem medo de contar e muitas vezes finge aceitar a brincadeira, mas certamente sofre, perde o entusiasmo, tem vontade de faltar às aulas.
Às vezes pensamos que isso ocorre somente entre os alunos, mas pode acontecer de alunos para com os professores e vice-versa também. Eu já fui vítima de bullying, apesar de não saber que era esse o nome que tinha. Fui vítima enquanto professora, em início de carreira, anos atrás.
Uma turma de 5ª série, onde os alunos tinham a minha idade ou eram mais velhos do que eu, passaram a ter muita resistência comigo, batiam de frente e se comunicavam como se eu não estivesse ali, levavam correntes, batiam com o lápis na carteira enquanto eu falava, entravam e saíam da sala e se perguntavam: “Você vai assistir a aula dessa mulher?” Entre outras coisas, eu sinceramente não entendia o que tinha acontecido, até que uma pessoa da sala me contou que uma professora teria dito que eu falei mal deles na sala dos professore e que, ao contrário do que eles imaginavam, eu não gostava tanto deles assim.
Até que tudo se esclarecesse, sofri muito, tive depressão e uma vontade louca de largar trabalho, faculdade, tudo que tivesse relação com a área de educação e ensino, que eu tanto amo. Foi difícil contornar, mas dei a volta por cima. A respeito do que aconteceu, até depoimento eu já dei em um colóquio sobre o tema. Hoje, nada disso me passa despercebido em sala de aula, mas ainda temo pelas coisas que são ditas e que acontecem durante recreio e intervalos. Já foram tantos casos... mas o que eu posso fazer para defender “minhas coisinhas pequenas” , eu faço! (As grandes também!!!).
Um grande abraço!
Vanessa adora escrever no blog, pois é um espaço para o crescimento de quem lê, de quem escreve. Uma pena pessoas fazerem uso de orkut e blog para praticarem o cyberbullying. Deixa aqui o seu protesto, e um aviso: É CRIME.
Trata-se daquela brincadeira boba, daquele deboche, daquela zombaria, muito comuns no período escolar. Por exemplo, se você usava óculos, dá-lhe QUATRO OLHOS; se era gordinha, BALEIA; se era aplicada, estudiosa, toma CDF... e tantos outros apelidinhos e gracinhas que poderiam ser citados aqui.
Mas como doía... e como dói, porque crianças e adolescentes continuam sendo vítimas do bullying, principalmente aquelas mais retraídas, que possuem alguma dificuldade de relacionamento ou um problema físico aparente. (Mães, fiquemos de olhos bem apertos!)
A vítima, acuada, não pode sequer contar em casa, quanto mais na escola, para alguma autoridade. Caso seja um garoto, pior ainda, MARIQUINHA, CHORÃO, BAMBI...
Além da vítima, é claro, podemos identificar outros papéis. Temos o agressor, geralmente algum colega da sala que exerce relativa liderança sobre os demais e que possui, digamos assim, a coragem para fazer a brincadeira, ou iniciá-la. Os demais colegas são cúmplices, mas não deixam de ser também agressores, pois contribuem com risinhos e comentários não menos maldosos.
Uma característica importante para se identificar o Bullying é o caráter repetitivo do fato. É algo intermitente, dia após dia, muitas vezes de maneira velada. Vale também lembrar que pode ser considerado bullying apelidos, deboches, atirar objetos na vítima ou jogar objetos na vítima, que tem medo de contar e muitas vezes finge aceitar a brincadeira, mas certamente sofre, perde o entusiasmo, tem vontade de faltar às aulas.
Às vezes pensamos que isso ocorre somente entre os alunos, mas pode acontecer de alunos para com os professores e vice-versa também. Eu já fui vítima de bullying, apesar de não saber que era esse o nome que tinha. Fui vítima enquanto professora, em início de carreira, anos atrás.
Uma turma de 5ª série, onde os alunos tinham a minha idade ou eram mais velhos do que eu, passaram a ter muita resistência comigo, batiam de frente e se comunicavam como se eu não estivesse ali, levavam correntes, batiam com o lápis na carteira enquanto eu falava, entravam e saíam da sala e se perguntavam: “Você vai assistir a aula dessa mulher?” Entre outras coisas, eu sinceramente não entendia o que tinha acontecido, até que uma pessoa da sala me contou que uma professora teria dito que eu falei mal deles na sala dos professore e que, ao contrário do que eles imaginavam, eu não gostava tanto deles assim.
Até que tudo se esclarecesse, sofri muito, tive depressão e uma vontade louca de largar trabalho, faculdade, tudo que tivesse relação com a área de educação e ensino, que eu tanto amo. Foi difícil contornar, mas dei a volta por cima. A respeito do que aconteceu, até depoimento eu já dei em um colóquio sobre o tema. Hoje, nada disso me passa despercebido em sala de aula, mas ainda temo pelas coisas que são ditas e que acontecem durante recreio e intervalos. Já foram tantos casos... mas o que eu posso fazer para defender “minhas coisinhas pequenas” , eu faço! (As grandes também!!!).
Um grande abraço!
Vanessa adora escrever no blog, pois é um espaço para o crescimento de quem lê, de quem escreve. Uma pena pessoas fazerem uso de orkut e blog para praticarem o cyberbullying. Deixa aqui o seu protesto, e um aviso: É CRIME.
2 comentários:
Esclarecimento muito importante Vanessa! Devemos ficar de olho nas manifestações preconceituosas. Já fui vítima disso também quando tinha uns 12/13 anos. Não é nada confortável! Adorei o texto!
Bjo!
Vanessa, adorei o texto! Pena que li depois do trabalho que você pediu , porque eu poderia acabar melhorando... acho que na escola ocorre mais cyberbullying do que o bullying mesmo. Creio que seja porque assim podem praticar o bullying sem ser identificados (o uso de orkuts "fakes", que você como professora de inglês já liga "o nome a pessoa", e até mesmo no msn existe como praticar sem ser identificado, com um programa que faz com que você fale como se fosse outra pessoa. Por exemplo, se eu estiver conversando com Bruna, posso falar uma coisa que vai aparecer como se ela tivesse falado. Já fizeram até um "bullying por telefone" para amigos meus, ligavam para eles , xingavam, e depois ligavam e desligavam na cara, e o que me espantou foi que foram meninas e mais novas. No Paraná, o bullying era pior, por chegarem a agressões fisícas.Um aluno ficou estério por uma brincadeira dessas, o chamado "chazão", quando se puxa a cueca da pessoa.Penduraram o coitado numa árvore. Enfim, isso ainda vai demorar muito para acabar, mas, se cada um fizer sua parte, vai diminuir. Ótimo texto Vanessa!
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