Estava lendo esses dias uns comentários num post do Manual do Cafajeste e uma menina escreveu “eu pergunto: estamos numa sociedade que é feio se apaixonar? Devemos lutar contra coração batendo mais forte por alguém da mesma maneira que se luta contra câncer de mama?”
Nossa, como isso me deu um estalo na hora. Sabe que eu às vezes fico me perguntando coisa parecida? Por quê a pessoa finge que não está interessada/ apaixonada/ gostando da outra? Pra quê fazer tipo? Por quê mostrar sentimentos muitas vezes é visto como fraqueza ou humilhação?
Sei lá, talvez eu não seja a pessoa com mais autoridade pra falar desse assunto, já que minha vida emocional é um desastre (até a experiência que eu achei que não tivesse sido depois pareceu um dos maiores erros da minha vida). Talvez seja justamente por pensar que sentimento é uma coisa que se mostra que muitas vezes eu tenha terminado sozinha. Talvez seja porque eu não vejo sentido em esnobar uma pessoa que me interessa que eu tenha ficado sozinha até hoje.
Se um cara fala comigo que gosta de mim, ou tem interesse, eu nunca vou fazer pouco caso disso. Posso ser clara e dizer que me sinto feliz por despertar interesse, agradecer a atenção e dizer que não correspondo. Posso também resolver ter um click e dar uma chance pra mim (chance pra pessoa é lenda, a gente dá chance é pra gente mesma ser feliz). Mas nunca vou achar que aquela pessoa é menos, simplesmente por ter tido coragem de dizer o que sente. Vamos combinar que precisa coragem de falar isso, sabendo que corre o risco de levar um toco.
Sentir não é feio. Expressar não é feio. Claro que não estou falando daquela pessoa grudenta que persegue a outra até se tornar inconveniente. Estou falando que, por exemplo, quando uma vez assumi meu interesse por uma pessoa, e quando ele pisou na bola e quis conversar eu fui me encontrar com ele, ouvi amigas (que tenho certeza que querem meu bem) dizendo que eu não deveria me humilhar. Não achei humilhação, achei que meu coração merecia ouvir daquela pessoa o que ele tinha pra dizer, fosse pra entender/ desculpar e continuar tentando viver aquela história legal ou pra ver que não valia o esforço e partir pra outra. E eu vivi a história legal, porque ele também não teve medo de dizer o que ia no coração dele naquele momento (e nem estamos falando de amor, a gente não se conhecia o suficiente pra isso).
Eu sou totalmente a favor de bons sentimentos. Adoro a sensação de estar apaixonada. Odeio a sensação de pisar em ovos o tempo todo, como se relacionamentos fossem disputas, “quem fica por cima?”... Quando eu sinto uma coisa boa, não quero guardar pra mim. Talvez o que tenha me feito me apaixonar pela última pessoa que cruzou meu caminho tenha sido justamente isso. Eu sempre falei com todas as letras o quanto gostava/ gosto dele. E ele, ao invés de dar as costas e sair correndo, sempre olhou nos meus olhos e disse para desfrutar do tempo que a gente estava junto. Pra mim isso tem sido um grande diferencial nas pessoas: as que aproveitam os sentimentos bons, ao invés de se livrar deles como quem se livra de um câncer.
Nossa, como isso me deu um estalo na hora. Sabe que eu às vezes fico me perguntando coisa parecida? Por quê a pessoa finge que não está interessada/ apaixonada/ gostando da outra? Pra quê fazer tipo? Por quê mostrar sentimentos muitas vezes é visto como fraqueza ou humilhação?
Sei lá, talvez eu não seja a pessoa com mais autoridade pra falar desse assunto, já que minha vida emocional é um desastre (até a experiência que eu achei que não tivesse sido depois pareceu um dos maiores erros da minha vida). Talvez seja justamente por pensar que sentimento é uma coisa que se mostra que muitas vezes eu tenha terminado sozinha. Talvez seja porque eu não vejo sentido em esnobar uma pessoa que me interessa que eu tenha ficado sozinha até hoje.
Se um cara fala comigo que gosta de mim, ou tem interesse, eu nunca vou fazer pouco caso disso. Posso ser clara e dizer que me sinto feliz por despertar interesse, agradecer a atenção e dizer que não correspondo. Posso também resolver ter um click e dar uma chance pra mim (chance pra pessoa é lenda, a gente dá chance é pra gente mesma ser feliz). Mas nunca vou achar que aquela pessoa é menos, simplesmente por ter tido coragem de dizer o que sente. Vamos combinar que precisa coragem de falar isso, sabendo que corre o risco de levar um toco.
Sentir não é feio. Expressar não é feio. Claro que não estou falando daquela pessoa grudenta que persegue a outra até se tornar inconveniente. Estou falando que, por exemplo, quando uma vez assumi meu interesse por uma pessoa, e quando ele pisou na bola e quis conversar eu fui me encontrar com ele, ouvi amigas (que tenho certeza que querem meu bem) dizendo que eu não deveria me humilhar. Não achei humilhação, achei que meu coração merecia ouvir daquela pessoa o que ele tinha pra dizer, fosse pra entender/ desculpar e continuar tentando viver aquela história legal ou pra ver que não valia o esforço e partir pra outra. E eu vivi a história legal, porque ele também não teve medo de dizer o que ia no coração dele naquele momento (e nem estamos falando de amor, a gente não se conhecia o suficiente pra isso).
Eu sou totalmente a favor de bons sentimentos. Adoro a sensação de estar apaixonada. Odeio a sensação de pisar em ovos o tempo todo, como se relacionamentos fossem disputas, “quem fica por cima?”... Quando eu sinto uma coisa boa, não quero guardar pra mim. Talvez o que tenha me feito me apaixonar pela última pessoa que cruzou meu caminho tenha sido justamente isso. Eu sempre falei com todas as letras o quanto gostava/ gosto dele. E ele, ao invés de dar as costas e sair correndo, sempre olhou nos meus olhos e disse para desfrutar do tempo que a gente estava junto. Pra mim isso tem sido um grande diferencial nas pessoas: as que aproveitam os sentimentos bons, ao invés de se livrar deles como quem se livra de um câncer.
Sisa acha bobagem combater o que vai no coração. Amar é ser mais viva.
6 comentários:
De fato, não é vergonha nenhuma se apaixonar. E muito menos demonstrar. As pessoas ficam fazendo esse joguinho de esconde-esconde como se o amor fosse um mero jogo. O amor é uma "Arte", e que não carece de artifícios, mas sim de transparência e verdade.
Que bom que você pensa assim, que bom que as mulheres do "De repente 30", são explícitas e me parecem, muito sinceras em seus posts. Tô adorando ler esses posts e ver um grupo tão legal e diverso de mulheres escrevendo sobre as coisas da vida.
Parabéns, Sisa.
Apaixonar nao é feio, pelo contrario, é tao bunito!!(linddooo)
Abrços!!!
Lembra do texto da Martha
Medeiros... Precisa de muita coragem pra assumir o que se sente...então as pessoas usam máscaras e roupas pra disfarçar...falam coisas arrogantes e brincam com sentimentos, os seus e os dos outros.
Que bom que vc não é assim! :)
Bjs!
O amor, a paixão tem de ser explícito, se não não vale!
Custo a me apaixonar, mas quando isso acontece não preciso me dar ao trabalho de esconder, fica evidente. Nos olhos.
Beijos!
Tô contigo e não abro! Estar apaixonada é essencial (mesmo que seja de novo e de novo pela mesma pessoa) e comunicar o fato ao mundo também. Se tomar um toco, tomou. Muitos outros poderão não vir. Adorei o texto, Sisa e viva a sinceridade! Beijocas!
Era tudo o que eu precisava ler, Sisa. Mais uma vez você botou o dedinho na minha ferida com aquela classe que só uma mulher de 30 poderia ter.
Beijão!
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