Estou de mudança. Explico os detalhes em outro post, quando eu mesma entender melhor o que está acontecendo.
Mas nesse processo de mudança, muita bagunça que, espero, levará à uma nova organização. Papéis, roupas, fotos, livros, artigos, badulaques e muitas, muitas lembranças. Surpresa, percebo que não estou nostálgica, embora algumas lágrimas surjam aqui e ali. Mas estou conhecendo a mim mesma, vendo de outra perspectiva.
Estou analisando alguns anos da minha vida em poucos dias. Muita realizações, muito trabalho, muitos fatos inusitados. Muito apego às coisas que não valem mais nada. Essas já estão lotando mais um saco de lixo.
Estou alerta: agendas, recibos e anotações me mostram o quanto trabalhei. Na agenda do ano passado: compromissos de trabalho e consultas médicas. Basicamente isso. Relembrei porque elegi este o ano do trabalho e da saúde, para não deixar um enfraquecer o outro.
As fotos mostram mais momentos de lazer, momentos agradáveis, a maioria deles vividos com pessoas que levarei comigo, no coração. Pessoas que eu quero que continuem fazendo parte da minha vida, onde quer que ela esteja acontecendo. Alguns foram vividos com pessoas que descartei, não que pessoas sejam descartáveis, mas porque para mim não representaram nada duradouro. Associações feitas e logo desfeitas, felizmente.
Roupas e acessórios são um capítulo à parte! Elas trazem pensamentos como: “como eu pude usar isso um dia?! Sair em público dessa forma?!” Mas também remetem a fatos importantes. Não sou extremamente ligada a roupas, mas algumas marcam uma fase, algumas me fazem sentir mais bonita, ou confortável, ou mais confiante.
Livros também marcam fases, inclusive um que eu nunca consegui ler porque me embrulha o estômago. Outros eu já li e reli, e certamente lerei outras vezes. Mas com eles sou egoísta, guardei todos, mas levo apenas alguns.
E assim, tendo surpresas a cada gaveta, em cada caixinha (e são muitas) é que passei os últimos dias, abrindo espaço pras novas coisas que acontecerão e que viverei, mas não deixando o kit básico, que me define, ser esquecido. Um grande exercício de autoconhecimento!
Renata escreve aqui as terças, e em breve escreverá do nordeste. E, enfim, acabarão os textos amaldiçoando o frio!
Um comentário:
Rê, minha querida, fiquei tão feliz por você, embora já esteja sentindo saudades antecipadamente!!!
Bjs!
Déia
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