...
O silêncio da cama.
O silêncio da alma.
O silêncio dos corpos.
O silêncio sem calma.
O vazio do peito.
O vazio da noite.
O vazio da chama.
O silêncio vazio.
O silêncio do dia.
O silêncio no drama.
O silêncio sem chama.
O silêncio do verso.
O silêncio. O silêncio.
Maria, onde estão tuas forças?
Maria, afasta de ti tua forca.
Mas Maria, quem ria?
Maria, não chores.
Não dissabore.
Que a vida tem sabor, meu amor.
Que a vida quer teu calor, Maria!
Agora não rias.
Apenas venha, que eu te pego a mão.
Quem me dera estampar o riso.
Quem me dera decolar a chama.
Quem me dera esquentar a cama.
Quem me dera degolar a lama.
Quem me dera dar nada mais do que apenas sou.
Quem me dera ser você e eu, juntos, num verso em prosa.
Sem cálice. Sem freio. Só meios.
Sem devaneios certeiros.
Sem ego, sem cheio.
Sem queira ou não queira.
Sem aperto de mão.
Só olhar no olhar.
Só querer sem saber.
Sem crer para entender
Sem olhar para crer.
Sem inferno, sem erro.
Só pecado no meio.
Só pecado com cheiro.
Com sabor, só amor
Todo amor que guardei pra você.
Sem começo, sem fim.
De dia na cama eu fico pensando
se você...
se você...
Eu fico pensando.
Escrevo
escrevo
escrevo
escrevo...
Escrevo pra mim.
Escrevo pra você.
Mas escrevo 'sozin'.
Gabriela continua sem saber escrever verso, poema ou poesia. Mas arrisca uns devaneios, sobretudo no fim do mês.
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