A vida (felizmente!) é composta de ciclos.
Curiosamente, porém, apesar de sabermos perfeitamente bem disso, estamos sempre tentando (em vão) atingir a suposta permanência.
Desejamos vorazmente que as coisas permaneçam, que os bons momentos permaneçam e - utopia das utopias - que as pessoas permaneçam.
Raras são as pessoas que permanecem.
A maioria segue seu rumo, esbarrando em tantas outras pessoas, desbravando novos caminhos...
O filósofo grego Heráclito, em meados do século V a.C., já dizia que "tudo flui, tudo se transforma continuamente". Não há nada fixo, nada estático. Estamos em constante devir, em constante mutação.
Ora, soltemos, então, as amarras que nos prendem à ilusória sensação de estabilidade e permanência.
Deixemos livres aqueles que, por ventura, tenham cruzado nosso caminho, para que possam partir rumo ao novo, rumo ao desconhecido.
Abracemos, pois, a vida com toda sua inconstância e instabilidade.
Déia escreve aos domingos e, embora às vezes sinta um pouco de medo, sente-se feliz pela impermanência da vida.
2 comentários:
Oi Déia!
Uma ótima reflexão.
Tenho medo desse seguir da vida. Não do caminho, mas do fim( ou não) da caminhada.
Beijos
Selma
Sim Selma, de fato essa impermanência pode ser muito assustadora...
Bjs!
Postar um comentário