É incrível o tipo de papo que rola em uma mesa de bar!
No boteco, com uma cervejinha
gelada na mão o riso corre solto, a timidez dá uma trégua e até mesmo aquela
pessoa supostamente culta e intelectualizada, fala inúmeras bobagens e conta
piadas sem sentido.
Noite dessas fui ao boteco com
dois amigos, um homem e uma mulher. Eu, que não podia beber por conta de uma
dor terrível no estômago, fui só para acompanhá-los. Quanto a eles, já saíram
de casa meio “altos” e lá no boteco apenas complementaram sua “subida
astronômica”, se é que vocês me entendem... ;)
Fato é que o papo que rolava lá
no boteco era dos mais esquisitos... Reflexões existenciais recheadas de frases
de efeito, revoltas incontidas com relação ao comportamento alheio, fofocas mal
disfarçadas e alfinetadas a pessoas nas mesas vizinhas.
E isso sem contar os bêbados
chatos que faziam fiasco, cantavam, dançavam e choravam suas mágoas. E eu, sem
ter bebido uma cervejinha sequer, fiquei refletindo sobre a mudança de
comportamento que se opera em uma mesa de bar e rindo das situações inusitadas.
Parece que, a despeito da bebida, as pessoas esquecem seus receios, seus tabus,
expõem seus anseios...se libertam! Todos são amigos, compartilham cigarros, copos,
conversas, confissões.
Às vezes me parece que acabamos
conhecendo mais uma pessoa em algumas horinhas de conversa “descontraída” no
boteco da esquina do que em longas preleções individuais...
Déia escreve aos domingos e gostou da ideia de ir a um boteco e não
colocar sequer uma gotinha de álcool na boca, pois assim pôde observar com
maior clareza os diversos comportamentos humanos...
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