Fim de ano
é aquela época em que a gente sabe que nada realmente acaba e começa, é
simplesmente uma troca simbólica de calendário, porque nossa cultura estabelece
que seja assim.
Mas, na
prática, é aquela época em que a gente se comporta como se fosse o fim do
mundo, em que sentimos o peso de tudo o que queríamos ter feito até o dia
31/12, não fizemos (e, sejamos francos, não faremos) e agimos como se não fosse
possível mais colocar tudo em dia.
Aí a ficha
vai caindo, vamos adiando algumas metas de um ano para outro, finalizamos
alguns projetos e entramos no ano novo cheio de esperanças. Eu pessoalmente uso
esse recesso de fim de ano para começar a agenda nova, caderno novo, balanço do
ano anterior e organizo novos planos. Mas confesso a vocês que isso está mais
relacionado ao meu chamado “inferno astral” já que meu aniversário é em
janeiro.
Tirar um tempo para colocar suas coisas em ordem é bem legal, mas não
precisa ser uma vez ao ano, não precisa ser no fim do ano calendário. Nessa época
as pressões são tantas que pode ser que essa análise seja feita apenas por
fazer, da mesma forma que a gente come 7 grãos de uva e come lentilha (eca). Esse processo é válido se for interno, se for legítimo, se for seu. Em qualquer época. Como
dizia Carlos Drummond de Andrade, ao nos dar uma “Receita de Ano novo”:
Para ganhar um Ano Novo
que
mereça este nome,
você,
meu caro, tem de merecê-lo,
tem de
fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas
tente, experimente, consciente.
É
dentro de você que o Ano Novo
cochila
e espera desde
sempre.
Renata já
deu início à construção do seu Ano Novo.
E você? Conta pra gente seu ritual de
ano novo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário