Será que vou conseguir finalizar esse artigo dentro do prazo?
Será que vou conseguir escrever minha tese?
Será que estou ficando doente?
Será que essa dorzinha constante pode ser grave?
E essa dor de cabeça? Será que pode ser um tumor?
Será que fechei a porta de casa? Ou desliguei o gás?
Será que serei assaltada? Ou, pior ainda, estuprada?
Será que aquela pessoa está me olhando tanto porque há algo de errado comigo?
Será que as consequências de todas as escolhas erradas que cometi na minha vida vão me assombrar eternamente?
Será que esse constante aperto no peito, que não me deixa respirar, vai continuar piorando e me sufocando?
Será que todas as noites vou acordar em pânico e com taquicardia porque sonhei que coisas ruins acontecerão em minha vida?
Será que essa ansiedade constante, esse medo insano de coisas que ainda não aconteceram (e que podem sequer vir a acontecer) pode acabar se tornando incontrolável?
Déia escreve aos domingos e, nos últimos tempos, apesar de racionalmente saber que isso é puramente psicológico, anda às voltas com "crises" de ansiedade cada vez mais frequentes, que andam deixando sequelas, inclusive, no âmbito físico.
Terá sido tão de repente assim? Desaceleramos muito com a proximidade dos 40. Aprendemos a caminhar apreciando o caminho ao invés de correr loucamente para chegar sabe-se lá onde. Descobrimos que todas queremos chegar lá, e que o lá de cada uma é diferente. Aprendemos a olhar de dentro para fora. Muita coisa aconteceu nesta década. Crianças nasceram, animais de estimação se foram, relações se fortaleceram, outras, desvaneceram. Aprendemos muito. Principalmente que dividir só nos faz melhores.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Acabei de achar seu blog numa pesquisa pra achar um blog para mulheres de 30 e eis q de deparo com esse texto. Perfeito. É exatamente isso.
Seja bem vinda Marcela! Sinta-se em casa aqui conosco! :)
Postar um comentário