E então você chegou. Em uma
despretensiosa manhã de segunda-feira. Era fevereiro, as “pessoas comuns”
viviam a expectativa do carnaval que se aproximava, mas nesse momento eu não me
encaixava no conceito de “pessoa comum”. Eu estava me tornando uma pessoa
especial. Eu estava, definitivamente, me tornando mãe.
Em poucos minutos os nove meses
que esperei para conhecer o seu rosto passaram como um filme na minha cabeça. Lembrei-me
do dia da descoberta de que estava grávida. Era junho. O Brasil jogava pela
copa do mundo, mas nada mais me importava. O mundo continuava girando, mas o
meu mundo de repente parou. O sonho viraria realidade. “Vou ser mãe” era a
mensagem que meu cérebro repetia sem parar.
Daquele 17 de junho até o dia 9
de fevereiro muita coisa aconteceu. Muita coisa mudou. E você cresceu dentro de
mim. Fez minha barriga ficar imensa, presságio do que aconteceria com o meu
coração depois de sua chegada.
Não sei dizer se passou rápido
demais ou demorou uma eternidade para o dia do seu nascimento chegar. Fato é
que ele chegou e agora eu estava deitada naquela maca te esperando. Ouvi seu
choro. Olhei nos seus olhos. Minha esperança na vida renasceu. Passei a achar
tudo lindo. Nenhum esforço é grande demais. Nenhuma distância é longa demais. Por
você, TUDO. Se eu pudesse voltar mil vezes a esse mundo, te escolheria em todas
elas para ser minha, embora eu saiba que foi você quem me escolheu para ser sua
mãe e agradeço todos os dias por isso.
Andri escreve às sextas-feiras e
andou ausente todo esse tempo porque estava ocupada demais babando sua filha, a
Teodora, hoje com 2 meses e 22 dias.
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