Escutamos das pessoas que
2016 foi um ano pesado. E como concordo com essa ideia.
2016 foi o ano em que a
música perdeu seu ídolo David Bowie, em que o esporte perdeu o lendário lutador
Muhammad Ali e a nossa queridíssima Chapecoense,
em que terremotos e furacões ceifaram vidas na Itália, no Equador, no Haiti.
Com tristeza vimos notícias de atentados na Costa do Marfim, na Bélgica, no
Paquistão, na Turquia, no Iraque, no Afeganistão.
Derramamos muitas lágrimas
pela Síria, acompanhando nos noticiários o drama de Aleppo.
Em 2016 vimos amigos e conhecidos
perderem o emprego, empresas fecharem suas portas definitivamente por falta de
recursos. Vimos amigos perderem parentes, vimos a nós mesmos perdermos a
esperança (como se fôssemos espectadores de nossa própria vida, olhando-nos de
fora, perplexos).
2016 foi o ano da dor. Da
incredulidade. De descobrir dentro de nós forças que não sabíamos possuir, para
só então, em meio a esse caos, continuar.
Cuba “perdeu” Fidel. Os
Estados Unidos “ganharam” o Trump. Uma questão de ponto de vista? Talvez.
A primeira mulher a ser
eleita presidente do Brasil foi também a segunda pessoa a sofrer um impeachment
neste solo. Por algum tempo pairou no ar
a expectativa de que as coisas iriam ficar bem. Não ficaram. O Brasil “ganhou”
o Temer. O Temer não ganhou o Brasil.
O Rio Grande do Sul
acompanha atônito as manobras de seu governo em uma tentativa de sair da crise.
Nada parece dar certo. Os servidores públicos (me incluo nessa categoria)
tiveram o ano mais complicado dos últimos tempos. Salários parcelados e aquela
novela que todos já conhecem. Os noticiários divulgaram fortemente. De nada
adiantou. Terminamos o ano recebendo uma parcela (a 1º de 12) do nosso 13º
salário.
Mas sabem, andei pensando. O
que nós não podemos é perder a esperança de dias melhores e temos aí uma virada
de ano que irá acontecer. Aquele momento mágico em que a gente olha para o céu
iluminado pelos fogos de artifício e sente dentro de nós que tudo vai ficar
bem. Depositamos todas as nossas fichas no ano que se inicia e não poderia ser
diferente. Precisamos acreditar que dias melhores virão. É o que desejo para
mim, é o que desejo para você. Às 23:59h do dia 31/12/2016 eu olharei para o
alto e direi: “Já vai tarde, 2016. Seja bem-vindo 2017. Por favor, mais do que
não nos decepcionar, nos surpreenda.”
Andri escreve às sextas-feiras e está feliz que 2016 está chegando ao fim. Parece ter durado uma década, ao invés de um ano.
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