E cá estou, nesta tarde de domingo, lembrando das várias conversas
que tenho com meus alunos e refletindo sobre a existência humana.
Somos uns seres esquisitos e incoerentes...
Queremos tanto gostar de alguém e quando gostamos, temos
medo de nos entregar, medo de demonstrar, medo de parecermos frágeis, sensíveis,
ou até mesmo bobos.
Medo de sermos apontados como aqueles que, por serem
intensos demais, “assustam” os parceiros.
Não queremos ser os primeiros a chamar no WhatsApp, ou a dar
um bom dia porque, afinal de contas, se ele/ela quiser, que nos chame!
Não podemos dizer que sentimos saudades, caso contrário
seremos considerados carentes. (Aliás, aparentamos ser uma fortaleza quando, na
verdade, somos frágeis como cristais.).
Que mundo louco é esse onde, para que o outro nos queira, é
preciso fingir que não estamos nem aí?
Que raio de "doença" é essa que faz com que as pessoas
imediatamente percam o interesse caso você seja legal com elas?
Que loucura!
Pode machucar? Óbvio que sim! Mas e daí? Nós sempre aprendemos
(e muito!) com a dor! E crescemos, superamos, amadurecemos. E evoluímos! :)
Sabe, eu morro de medo de chegar ao fim da vida e perceber
que nela eu tive muito mais “E se...?”
do que “Porra! Deu merda!” ou do que “Cara! Acertei o pulo!” ...
Não quero, jamais, contemplar os anos vividos e perceber que
o medo me manteve presa. Deve ser algo desolador!
Eu quero é sorrir, satisfeita e maliciosa, sabendo que,
mesmo que tenha doído, mesmo que tenha sangrado, foi bom pra caralho e valeu
cada momento vivido!
Déia escreve aos
domingos e, percebendo-se mais madura com o passar das dores, hoje sente-se grata
por ter tão poucos “E se...?” em sua
vida até o momento.
Um comentário:
Puxa, eu ficava confuso com esse antagonismo de não demonstrar interesse para que seja interessante.
Cheguei a pensar dessa maneira porque não conseguia engatar um relacionamento.
Em um certo momento, percebi que as pessoas mais se afastavam do que juntavam, então resolvi arriscar.
Quando achei uma pessoa e deixei claro que gostava dela, foi que deu certo.
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