Temporárias e permanentes
Súbitas e paliativas.
Lidar com a perda não é uma habilidade nata, é algo que nos é empurrado goela abaixo e vida afora. Sem escolha, senão enfrentá-la.
Na minha vida, chegou quando eu beirava os 30. Por certo modo me sentia aliviada por não ter lidado com ela mais cedo. Acho mesmo que não teria raça pra levantar (sou do tipo bem frágil – apesar das aparências). Chegou em um momento em que eu supostamente estaria mais forte para lidar com ela, mas nunca estaria de fato preparada.
Súbitas e paliativas.
Lidar com a perda não é uma habilidade nata, é algo que nos é empurrado goela abaixo e vida afora. Sem escolha, senão enfrentá-la.
Na minha vida, chegou quando eu beirava os 30. Por certo modo me sentia aliviada por não ter lidado com ela mais cedo. Acho mesmo que não teria raça pra levantar (sou do tipo bem frágil – apesar das aparências). Chegou em um momento em que eu supostamente estaria mais forte para lidar com ela, mas nunca estaria de fato preparada.
A perda definitiva.
A perda definitiva de alguém que amamos. De acordo com Elisabeth Klüber-Ross, quando sofremos uma perda catastrófica, passamos por cinco fases diferentes de dor. Começamos pela negação. A perda é tão impensável, que achamos que não pode ser verdade. Depois dela vem a raiva, botamos a culpa em todos, até mesmo em quem atendeu o telefonema recebendo a informação: “por que tu atendeu ao telefone????!!!!!”. Seguindo-se, chega a negociação, negociamos o que sentimos, dá até sentimento de culpa, medo de esquecer quem se foi. Na depressão oferecemos a nossa alma em troca de apenas mais um dia. Até a aceitação... quando aceitamos que fizemos tudo o que podíamos. E deixamos ir.
Não dá pra ler o parágrafo anterior e achar que tudo passa rapidinho. O tempo se arrasta. O ar nos falta, dá raiva de ver alguém sorrindo – parecendo que o outro não tem direito de ser feliz perante tanta dor. Questionamos até se existe vida depois da perda. É uma dor egoísta, só nossa. Por saber a falta que o ser amado fará na nossa vida. Da sua ausência nos jantares de família, nos aniversários dos nossos filhos, nas bodas dos nossos pais, nas férias na praia, no aconselhamento profissional e até do ciúme que ele tinha – que eu dava risadas e me sentia silenciosamente amada.
Mais de 5 anos se passaram. Algumas perdas recentes de outras pessoas me fizeram relembrar a maior perda da minha vida. Eu queria poder dizer a eles que passa. Como comumente se diz: com o tempo passa. Poder dizer pra eles que o tempo cura. O tempo não cura. A saudade é perene. O tempo só faz com a saudade se torne mais colorida e menos dolorida.
A saudade que causa dor hoje é a saudade que amanhã te fará sorrir.
A perda definitiva de alguém que amamos. De acordo com Elisabeth Klüber-Ross, quando sofremos uma perda catastrófica, passamos por cinco fases diferentes de dor. Começamos pela negação. A perda é tão impensável, que achamos que não pode ser verdade. Depois dela vem a raiva, botamos a culpa em todos, até mesmo em quem atendeu o telefonema recebendo a informação: “por que tu atendeu ao telefone????!!!!!”. Seguindo-se, chega a negociação, negociamos o que sentimos, dá até sentimento de culpa, medo de esquecer quem se foi. Na depressão oferecemos a nossa alma em troca de apenas mais um dia. Até a aceitação... quando aceitamos que fizemos tudo o que podíamos. E deixamos ir.
Não dá pra ler o parágrafo anterior e achar que tudo passa rapidinho. O tempo se arrasta. O ar nos falta, dá raiva de ver alguém sorrindo – parecendo que o outro não tem direito de ser feliz perante tanta dor. Questionamos até se existe vida depois da perda. É uma dor egoísta, só nossa. Por saber a falta que o ser amado fará na nossa vida. Da sua ausência nos jantares de família, nos aniversários dos nossos filhos, nas bodas dos nossos pais, nas férias na praia, no aconselhamento profissional e até do ciúme que ele tinha – que eu dava risadas e me sentia silenciosamente amada.
Mais de 5 anos se passaram. Algumas perdas recentes de outras pessoas me fizeram relembrar a maior perda da minha vida. Eu queria poder dizer a eles que passa. Como comumente se diz: com o tempo passa. Poder dizer pra eles que o tempo cura. O tempo não cura. A saudade é perene. O tempo só faz com a saudade se torne mais colorida e menos dolorida.
A saudade que causa dor hoje é a saudade que amanhã te fará sorrir.
Lil escreve aqui esporadicamente..
8 comentários:
Amei o texto Lilian...
bjs
Obrigado pela visita querida, volte sempre :-) beijos!
Lindo o texto! E é verdade. O tempo torna mais leve o peso que a dor da perda causa.
Beijos,
Selma
Amiga, lindo texto: cheio de afetividade, verdadeiro e leve! Exatamente como tu és :)
Fico feliz em saber que a saudade já está mais colorida!!
Saudades tuas!
Te amo!
Bjocas
Fabí
Obrigado Selma. Perdas são difíceis de lidar e e um processo semi-solitário. As pessoas que nos cercam vivem um ouço disso conosco.
Querida amiga Fabi. Tão bom ter o teu abraço, apoio e amizade sempre! Mto obrigado amiga! Te amo... Bjs, Lila
Sinta-se abraçada, amiga! Lindo texto!
Rê
Obrigado Re! Beijos p vc querida!
Obrigado Re! Beijos p vc querida!
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