Festival Internacional de Folclore acontecendo
aqui na minha cidade, Nova Petrópolis. Oportunidade única para conhecer outras
culturas, gente diferente e ao mesmo tempo essencialmente igual a nós. Estava
há pouco sentadinha ao sol do começo da tarde, curtindo o horário de folga e assistindo
algumas apresentações. Todas lindas e contagiantes, mas eis que surge no palco
o Grupo Compagnie de Danse Pom’kanel de
Martinique. Martinica é uma ilha que fica na América Central e foi
colonizada pelos franceses. Isso foi o que aprendi sobre este lugar. Mas
existem aquelas informações que os livros didáticos não trazem e que somente
nossos olhos são capazes de nos mostrar com perfeição.
Quando eles sobem no palco, a
energia se espalha em poucos segundos. Você tem vontade de dançar junto, é
impossível ficar parado. Suas roupas coloridas, suas peles negras, são um
espetáculo à parte. Dançam o tempo todo sorrindo, transmitem nos olhos o que
sentem e o que sentem é inexplicável através de palavras. Desejo que como eu,
as pessoas que moram ou estão de passagem por nossa cidade tenham se permitido
o prazer de deleitar seus olhos por meia hora que seja, com tamanho espetáculo.
A apresentação por si só, já
teria me bastado para muitas horas de alegria ao relembrá-la. Mas como sou
daquelas pessoas que gosta de tirar sempre uma lição de tudo o que acontece, cá
estou eu, refletindo para saber o que, além do prazer gratuito que a arte
proporciona, esta apresentação de dança pode me ensinar.
Aprendi com este povo tão
simpático que levar a vida sorrindo realmente é o melhor remédio. Que devemos
nos permitir conhecer nosso corpo e usufruir dele da melhor forma, pois é um
instrumento de comunicação, ele realmente fala, mesmo quando nos mantemos
calados. Aprendi que ser cordial é uma virtude. Que as cores transmitem energia.
E, principalmente, aprendi que não importa se falamos o mesmo idioma, a
linguagem da música e do sorriso é universal.
Eu, que andava tendo uns dias
meio down, estou decidida a sair na
rua e puxar papo com um estranho, quem sabe a pessoa maravilhosa que posso
acabar conhecendo? Esqueçam vocês também aquele papo de mãe “não vá falar com
estranhos”, e falem. Falem com todos que cruzarem seus caminhos, permitam-se! A
felicidade não vem para quem fica em casa se lamentando. Ela está na rua, nos
lugares e situações mais inesperadas.
Andri escreve às sextas-feiras,
vai ali bater um papo cabeça com o primeiro estranho que aparecer e já volta
Créditos da Imagem: Mauro Stoffel
Um comentário:
Conheci pessoas maravilhosas em fila de banco!
:-)
Fiquei com vontade de ir á Martinica!
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