Sei que às vezes acontece de precisarmos contar, como dizem: uma mentirinha piedosa, para não passarmos por alguma situação que nos seria desagradável, usamos nomes e pessoas com o intuito de sairmos de uma situação delicada e difícil, que, por vezes, se torna mais aceitável quando colocamos um terceiro no meio, que, usualmente, só fica sabendo do ocorrido posteriormente. Acho compreensível o uso destes subterfúgios, no entanto tenho visto cada vez mais pessoas utilizando os outros como desculpas para tudo: não vou ao Pantanal por que ELA não suporta mosquitos; nada melhora neste país por que ELES são corruptos; não saio mais pra passear por que TODO MUNDO só gosta de ficar bebendo; acho um absurdo essas pessoas vivendo nas ruas, mas NINGUÉM faz nada! E por aí lá se vai o muro infindável das lamentações, como se a ausência de sentido da vida fosse culpa dos outros, alguém sempre leva a culpa, mas nunca ninguém ou os reclamões em questão se responsabilizam por nada. Sinceramente estou cansada deste tipo de comportamento, gente que só reclama e não faz nada pra melhorar, que acha que a qualquer momento vai receber uma segunda chance de fazer tudo diferente, só que não percebe que a chance já foi dada há muito tempo, mas continua fazendo os mesmos erros por si próprio e sem a ajuda de ninguém.
É há algum tempo leram um trecho do livro do Abílio Diniz pra mim e nunca me esqueci, aliás, penso muito na idéia. Não me lembro textualmente das palavras, mas enfim, propunha que nós não devemos ser os passageiros de nossas vidas, mas sim o motorista. Achei a imagem perfeita, uma vez que às vezes me pego sendo o passageiro e sempre busco retornar para a direção o mais rápido possível. É isso que sinto quando percebo que algumas pessoas parecem preferir que as outras dirijam suas vidas e as usam como desculpas para suas infelicidades e frustrações; na verdade acho que estas pessoas não estão nem mais no banco do passageiro, mas já foram pro porta-malas.
Silvia está cansada de ouvir as mesmas lamentações, lamentações essas às vezes muito fáceis de serem resolvidas, basta se encarar o problema de frente ao invés de esperar que os outros resolvam por você. Pior ainda, quando se tem tudo na vida e preferem ficar no sofá com cara de mártir; bom só se for mártir da própria vida que escolheu.
Um comentário:
O pior, Sílvia, é que a maioria das pessoas quando responsabiliza os outros realmente não se dá conta de sua própria responsabilidade sobre o que a incomoda. Antes da ação tínhamos que fazer uma campanha pela consciência!
Adorei seu texto!
Um, abraço.
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