John Pizzarelli nasceu em Nova Jersey, Estados Unidos, em 1960. Filho da lenda da guitarra Bucky Pizzarelli e descendente de italianos, John não negou o sague de origem latina. Atualmente é um dos maiores jazzistas do mundo, sempre acompanhado por uma simplesmente fenomenal banda, da qual faz parte seu irmão Martin Pizzarelli, empunhando o magistral contra baixo. O piano de Larry Goldings não deixa por menos. O som puro e limpo, por vezes lento, outras, acelerado, afaga a alma. E a percussão, delicadamente tocada por Tony Tedesco, é suave e completa o harmonioso quarteto.
Há três anos atrás, quando foi anunciada sua passagem pelo Brasil e, incrivelmente, por Belo Horizonte, quase não acreditei e corri para o site do Palário das Artes. A alegria deu lugar à decepção: a apresentação, única em terras mineiras, seria para poucos. Meus bolsos não comportavam um par de ingressos. Praguejei contra este governo miserento que acusa o povo brasileiro de não valorizar programas culturais sem promover um programa decente de incentivo à cultura e jurei pra mim mesma que não perderia a próxima turnê de John Pizzarelli Quartet Band no Brasil. Comprei um DVD e fui pra casa me consolar.
Semana passada tive notícia de que seriam comemorados os vinte anos de uma tradicional construtora de Minas Gerais e que John Pizzarelli fora contratado para se apresentar na festa. Quase enlouqueci. Nunca fui de cavar convite em festa, acho besteira, as pessoas que querem a minha companhia me convidam, oras! Mas pra esta me deu vontade, viu? Ensaiei umas mil vezes pedir pra pessoa que me contou da festa tentar conseguir dois convites pra mim, mas não tive coragem. O máximo que consegui fazer foi contar minha história e dizer que gostaria muito mesmo de ter a oportunidade de assistir, ao vivo, a uma apresentação da banda.
Para minha agradável surpresa, minha contida manifestação rendeu, não dois convites para a tal festa, mas sim para a apresentação que haveria no dia seguinte, esta, aberta ao público. Por curiosidade (ok, eu concordo, bem mórbida minha curiosidade), entrei no site para ver os preços. Até que não estavam tão salgados - ou fui eu quem melhorou um pouquinho mesmo - mas ainda assim, neste momento, não sei se deveria me dar a este luxo. Fiquei feliz de ter ganhado os ingressos.
Ontem foi o grande dia. Trabalhei o dia todo, voltei pra casa correndo e encontrei meu marido praticamente pronto (mais uma agradável surpresa hehe). Foi a conta de descobrir onde seria a apresentação, escolher uma bela roupitcha e ir pra apresentação, toda empolgada! Achei estranho a apresentação não ser no Palácio das Artes, mas sim numa casa de shows, mas naquele momento nada disto era relevante. Pelo menos não até estacionar o carro.
Ao chegar na casa de shows, havia uma fila até pequena na portaria, mas que não andava de jeito nenhum. O site informava que a casa estaria aberta às 21:00h e que o show seria iniciado às 22:00h. Eram 21:00h e a portaria não abria. Sem stress, afinal, era a apresentação de John Pizzarelli. Mais de meia hora depois, entramos e começaram as surpresas desagradáveis. Primeiro que nossos ingressos não eram na mesma mesa e não havíamos nos atentado pra isso. Quando chegamos na mesa, quase caí pra trás! Mal cabíamos nós dois na mesa, quiçá quatro pessoas! Estava muito apertado e desconfortável. Mesas e cadeiras de metal, um horror. Mas pelo menos a vista era privilegiada. Estávamos no gargarejo. Rapidamente a casa foi enchendo, as mesas ficando apertadas, a pobre coitada da garçonete não conseguia transitar e quando, finalmente, conseguiu chegar à nossa mesa, nos informou que seria preciso adquirir cartelinhas de produtos para fazer pedidos. Que lástima... por mais que a menina fosse educada e se esforçasse por nos atender bem, isto não dependia dela. O lugar estava terrível. As mesas haviam sido muito mal distribuídas. Tivemos sorte dos companheiros de mesa terem desistido de ir à apresentação e de todas as pessoas que estavam na mesma situação que nós serem civilizadas. Conseguimos, com a supressão de duas mesas, algumas cadeiras e a comunhão das mesas restantes, acomodar todo mundo. Mas o stress era quase palpável. Quando eu já estava prestes a entregar os pontos e ir embora – já eram mais de 23:00h e nada de a apresentação começar – apagaram as luzes e a banda entrou. Stress? Stress? Alguém aí falou em stress?
Que espetáculo, meu Deus!!! Violão de oito cordas: lindo!! Piano de cauda: maravilhoso!! Contra-baixo: indecente!! Percussão: impressionante!! John Pizzarelli: sem comentários!!! A apresentação foi muito, muito bacana. Dei graças a Deus por não ter apelado e ido embora. Teríamos perdido um show muito legal. A bossa nova, ansiosamente esperada, era óbvia demais. Pizzarelli nos surpreendeu tocando uma música de Toninho Horta. Fiquei orgulhosa de ser brasileira, de ser mineira, quando ouvi um intérprete e uma banda daquele nível entoando Toninho Horta, João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes num repertório que também incluía os Beatles!
Fomos embora felizes da vida, sonhando em poder ir ao Jazz Festival que certamente acontecerá quando Nova Orleans tiver se recuperado totalmente do Katrina.
Há três anos atrás, quando foi anunciada sua passagem pelo Brasil e, incrivelmente, por Belo Horizonte, quase não acreditei e corri para o site do Palário das Artes. A alegria deu lugar à decepção: a apresentação, única em terras mineiras, seria para poucos. Meus bolsos não comportavam um par de ingressos. Praguejei contra este governo miserento que acusa o povo brasileiro de não valorizar programas culturais sem promover um programa decente de incentivo à cultura e jurei pra mim mesma que não perderia a próxima turnê de John Pizzarelli Quartet Band no Brasil. Comprei um DVD e fui pra casa me consolar.
Semana passada tive notícia de que seriam comemorados os vinte anos de uma tradicional construtora de Minas Gerais e que John Pizzarelli fora contratado para se apresentar na festa. Quase enlouqueci. Nunca fui de cavar convite em festa, acho besteira, as pessoas que querem a minha companhia me convidam, oras! Mas pra esta me deu vontade, viu? Ensaiei umas mil vezes pedir pra pessoa que me contou da festa tentar conseguir dois convites pra mim, mas não tive coragem. O máximo que consegui fazer foi contar minha história e dizer que gostaria muito mesmo de ter a oportunidade de assistir, ao vivo, a uma apresentação da banda.
Para minha agradável surpresa, minha contida manifestação rendeu, não dois convites para a tal festa, mas sim para a apresentação que haveria no dia seguinte, esta, aberta ao público. Por curiosidade (ok, eu concordo, bem mórbida minha curiosidade), entrei no site para ver os preços. Até que não estavam tão salgados - ou fui eu quem melhorou um pouquinho mesmo - mas ainda assim, neste momento, não sei se deveria me dar a este luxo. Fiquei feliz de ter ganhado os ingressos.
Ontem foi o grande dia. Trabalhei o dia todo, voltei pra casa correndo e encontrei meu marido praticamente pronto (mais uma agradável surpresa hehe). Foi a conta de descobrir onde seria a apresentação, escolher uma bela roupitcha e ir pra apresentação, toda empolgada! Achei estranho a apresentação não ser no Palácio das Artes, mas sim numa casa de shows, mas naquele momento nada disto era relevante. Pelo menos não até estacionar o carro.
Ao chegar na casa de shows, havia uma fila até pequena na portaria, mas que não andava de jeito nenhum. O site informava que a casa estaria aberta às 21:00h e que o show seria iniciado às 22:00h. Eram 21:00h e a portaria não abria. Sem stress, afinal, era a apresentação de John Pizzarelli. Mais de meia hora depois, entramos e começaram as surpresas desagradáveis. Primeiro que nossos ingressos não eram na mesma mesa e não havíamos nos atentado pra isso. Quando chegamos na mesa, quase caí pra trás! Mal cabíamos nós dois na mesa, quiçá quatro pessoas! Estava muito apertado e desconfortável. Mesas e cadeiras de metal, um horror. Mas pelo menos a vista era privilegiada. Estávamos no gargarejo. Rapidamente a casa foi enchendo, as mesas ficando apertadas, a pobre coitada da garçonete não conseguia transitar e quando, finalmente, conseguiu chegar à nossa mesa, nos informou que seria preciso adquirir cartelinhas de produtos para fazer pedidos. Que lástima... por mais que a menina fosse educada e se esforçasse por nos atender bem, isto não dependia dela. O lugar estava terrível. As mesas haviam sido muito mal distribuídas. Tivemos sorte dos companheiros de mesa terem desistido de ir à apresentação e de todas as pessoas que estavam na mesma situação que nós serem civilizadas. Conseguimos, com a supressão de duas mesas, algumas cadeiras e a comunhão das mesas restantes, acomodar todo mundo. Mas o stress era quase palpável. Quando eu já estava prestes a entregar os pontos e ir embora – já eram mais de 23:00h e nada de a apresentação começar – apagaram as luzes e a banda entrou. Stress? Stress? Alguém aí falou em stress?
Que espetáculo, meu Deus!!! Violão de oito cordas: lindo!! Piano de cauda: maravilhoso!! Contra-baixo: indecente!! Percussão: impressionante!! John Pizzarelli: sem comentários!!! A apresentação foi muito, muito bacana. Dei graças a Deus por não ter apelado e ido embora. Teríamos perdido um show muito legal. A bossa nova, ansiosamente esperada, era óbvia demais. Pizzarelli nos surpreendeu tocando uma música de Toninho Horta. Fiquei orgulhosa de ser brasileira, de ser mineira, quando ouvi um intérprete e uma banda daquele nível entoando Toninho Horta, João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes num repertório que também incluía os Beatles!
Fomos embora felizes da vida, sonhando em poder ir ao Jazz Festival que certamente acontecerá quando Nova Orleans tiver se recuperado totalmente do Katrina.
Laeticia amou o show de John Pizzarelli Quartet Band mas achou um crime ele não ter se realizado no Palácio das Artes. Obrigada, Helena!!
3 comentários:
Por acaso essa casa de shows é o Freegels? Porque lá eu sei que é mal-ajambrado assim...
Bjos!
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