Eu escrevi um tempo atrás aqui no blog sobre uma pessoa que eu podia ter amado, e disse que eventualmente falaria de outras. Aqui estou eu falando de uma outra, embora os motivos pra não ter amado esta sejam diferentes do outro caso. Quem leu o post (aqui) viu que teve um rapaz que me enfeitiçou logo no primeiro dia de aula na Universidade.
Bom, como escrevi lá, poucos dias depois de conhecer o rapaz já tive oportunidade de trocar meia dúzia de beijos com ele. Estávamos numa festa de freezer aberto, eu tinha bebido horrores. Quando fui despedir, ele perguntou “Mas já vai? Eu nem beijei sua boca ainda!” e eu, no auge da minha presença de espírito, que felizmente não tinha sido muito afetada pelo álcool, disse “Mas você ainda tem tempo!”. Os beijos que foram trocados não devem ter sido mais de meia dúzia, porque eu tinha hora pra voltar pra casa (eu tinha 17 aninhos) e já estava meio atrasada.
Depois desse episódio, às vezes eu tinha impressão que ele estava interessado, mas mesmo reparando em mim, passando festas conversando e etc, ele não chegava nunca. Aí eu fui pra Letônia e tinha notícias dele através de amigas. Quando voltei um ano depois, fui a uma festa (3 dias de festa) antes das aulas recomeçarem, e no último dia coloquei na cabeça que iria investir nele novamente. Mas eu tinha dois problemas, um era que novamente estava completamente embriagada. E o outro era que eu tinha passado os dois dias anteriores desfilando de mãozinha dada com um desses casinhos sem futuro que todo mundo tem. Pois quando tive oportunidade de conversar com ele, soltei que tinha sentido saudades dele na Letônia. A resposta veio dura: “Ontem não parecia, já que você estava muito bem com outro cara.” Felizmente de novo minha presença de espírito não me abandonou e a resposta foi “Ontem é passado!” Foi a segunda vez que fiquei com ele.
Voltando às aulas, decidi que ia perseguir o coitado. No dia que acordei disposta a escrever na lista de chamada uma indireta, ele não foi à aula. E nem no seguinte. Tinha tido problemas de saúde e trancado a matrícula. Quando voltou um semestre depois, corria de mim igual o capeta corre da cruz. Depois de um tempo eu desencanei, e assim se passaram alguns anos, quando ele às vezes me cumprimentava, eventualmente abria a boca para cumprimentar e não dizia nada, e outros comportamentos estranhos.
Depois de uns anos estávamos numa festa da comissão de formatura, eu novamente tinha exagerado na dose, quando vejo este rapaz andando na minha direção, me pegando pelo braço e dizendo “Vem cá que a gente precisa conversar”. Lembro que cada vez que abria a boca para protestar, ele enfiava água e bala lá dentro para eu melhorar logo, porque de acordo com ele, eu precisava ouvir tudo sóbria. Quando eu já estava boa, ele disse que achava muito feio a gente não ser amigo, afinal a gente tinha vivido uma historinha, ainda que curta, e que ele estava indo embora depois de formar levando muito poucas coisas boas de lá, e que queria que eu fosse uma delas. Ficamos até de manhã conversando, resolvemos ser amigos e a partir daí ele me cumprimentava todos os dias, mandava mail e era super agradável.
Quase um ano depois, a gente estava na cervejada de formandos, uma semana antes da minha ida para São José dos Campos para começar o mestrado. Andava rolando um clima novamente nas últimas festas, mas nunca dava nada. Na cervejada eu estava disposta a ficar com ele, nem que fosse à força, e quando estava quase conseguindo meu intento, senti alguém me puxar e me lascar um beijo. Era um erro com quem eu tinha tido um casinho antes das férias. Quando consegui me soltar, o rapaz tinha sumido no mapa. Acabei ficando com o erro, revoltada por ter perdido a que podia ser minha última chance. Até que o erro simplesmente me deu o perdido, piorando ainda mais meu humor.
Na hora de ir embora, eu novamente bêbada (credo, falando assim parecia que eu era um pudim de cachaça, mas era coincidência), vejo o rapaz voltando também, igualmente tonto. Comecei a xingar e disse que por culpa dele eu tinha passado a festa sozinha. Ele disse que não tinha culpa se eu tinha beijado outro, eu disse que tinha, porque se tivesse me beijado antes, o outro não teria tido chance (bêbado é fogo). E com isso eu me perdi das minhas amigas, e ficamos horas esperando por elas enquanto uma discussão feroz acontecia. Essa discussão só acabou quando ele finalmente me beijou e falou que fazia 6 anos que esperava por aquilo, e que me amava desde que me conheceu. Mas como nunca tinha sentido aquilo, fugia de mim por medo. Namorou outras tentando me esquecer, mas sempre me procurava nelas. E que agora já estava cansado de fugir, de forma que se eu falasse que queria alguma coisa com ele, que ele ia atrás de mim, arrumava emprego onde eu fosse. Tomei um susto enorme, acabei ficando com ele, que à medida que melhorava da bebedeira repetia tudo. No dia seguinte apareceu na minha casa para me levar pra comer uma pizza e repetiu tudo. Primos dele que eu conhecia confirmaram a história. Passamos juntos a semana anterior à minha viagem, eu fui embora e pronto.
Ao contrário do outro caso, este rapaz eu não amei não foi porque não deu o clique. Foi porque ele não permitiu. Quando eu quis fazer parte da vida dele, ele me expulsou. E quando quis voltar atrás, para mim já não fazia sentido mais. A semana que passei com ele foi muito divertida, leve, mas nada além disso. Ele não cabia mais na minha vida. Sinto ainda um carinho bem grande por ele, mas deixo para ele o peso da culpa por a gente não ter vivido uma história. Eu fiz o que estava ao meu alcance. Perdemos contato faz anos, mas tive notícias de que está casado, e espero que feliz. Ele merece.
Sisa podia ter amado muita gente, e espera amar de verdade alguém que mereça e queira fazer parte da vida dela. Mas esses dias ela nem ta encanada com o amor da vida, porque ta rolando o encontro das Mulheres de 30 e ela só quer saber de divertir.
Bom, como escrevi lá, poucos dias depois de conhecer o rapaz já tive oportunidade de trocar meia dúzia de beijos com ele. Estávamos numa festa de freezer aberto, eu tinha bebido horrores. Quando fui despedir, ele perguntou “Mas já vai? Eu nem beijei sua boca ainda!” e eu, no auge da minha presença de espírito, que felizmente não tinha sido muito afetada pelo álcool, disse “Mas você ainda tem tempo!”. Os beijos que foram trocados não devem ter sido mais de meia dúzia, porque eu tinha hora pra voltar pra casa (eu tinha 17 aninhos) e já estava meio atrasada.
Depois desse episódio, às vezes eu tinha impressão que ele estava interessado, mas mesmo reparando em mim, passando festas conversando e etc, ele não chegava nunca. Aí eu fui pra Letônia e tinha notícias dele através de amigas. Quando voltei um ano depois, fui a uma festa (3 dias de festa) antes das aulas recomeçarem, e no último dia coloquei na cabeça que iria investir nele novamente. Mas eu tinha dois problemas, um era que novamente estava completamente embriagada. E o outro era que eu tinha passado os dois dias anteriores desfilando de mãozinha dada com um desses casinhos sem futuro que todo mundo tem. Pois quando tive oportunidade de conversar com ele, soltei que tinha sentido saudades dele na Letônia. A resposta veio dura: “Ontem não parecia, já que você estava muito bem com outro cara.” Felizmente de novo minha presença de espírito não me abandonou e a resposta foi “Ontem é passado!” Foi a segunda vez que fiquei com ele.
Voltando às aulas, decidi que ia perseguir o coitado. No dia que acordei disposta a escrever na lista de chamada uma indireta, ele não foi à aula. E nem no seguinte. Tinha tido problemas de saúde e trancado a matrícula. Quando voltou um semestre depois, corria de mim igual o capeta corre da cruz. Depois de um tempo eu desencanei, e assim se passaram alguns anos, quando ele às vezes me cumprimentava, eventualmente abria a boca para cumprimentar e não dizia nada, e outros comportamentos estranhos.
Depois de uns anos estávamos numa festa da comissão de formatura, eu novamente tinha exagerado na dose, quando vejo este rapaz andando na minha direção, me pegando pelo braço e dizendo “Vem cá que a gente precisa conversar”. Lembro que cada vez que abria a boca para protestar, ele enfiava água e bala lá dentro para eu melhorar logo, porque de acordo com ele, eu precisava ouvir tudo sóbria. Quando eu já estava boa, ele disse que achava muito feio a gente não ser amigo, afinal a gente tinha vivido uma historinha, ainda que curta, e que ele estava indo embora depois de formar levando muito poucas coisas boas de lá, e que queria que eu fosse uma delas. Ficamos até de manhã conversando, resolvemos ser amigos e a partir daí ele me cumprimentava todos os dias, mandava mail e era super agradável.
Quase um ano depois, a gente estava na cervejada de formandos, uma semana antes da minha ida para São José dos Campos para começar o mestrado. Andava rolando um clima novamente nas últimas festas, mas nunca dava nada. Na cervejada eu estava disposta a ficar com ele, nem que fosse à força, e quando estava quase conseguindo meu intento, senti alguém me puxar e me lascar um beijo. Era um erro com quem eu tinha tido um casinho antes das férias. Quando consegui me soltar, o rapaz tinha sumido no mapa. Acabei ficando com o erro, revoltada por ter perdido a que podia ser minha última chance. Até que o erro simplesmente me deu o perdido, piorando ainda mais meu humor.
Na hora de ir embora, eu novamente bêbada (credo, falando assim parecia que eu era um pudim de cachaça, mas era coincidência), vejo o rapaz voltando também, igualmente tonto. Comecei a xingar e disse que por culpa dele eu tinha passado a festa sozinha. Ele disse que não tinha culpa se eu tinha beijado outro, eu disse que tinha, porque se tivesse me beijado antes, o outro não teria tido chance (bêbado é fogo). E com isso eu me perdi das minhas amigas, e ficamos horas esperando por elas enquanto uma discussão feroz acontecia. Essa discussão só acabou quando ele finalmente me beijou e falou que fazia 6 anos que esperava por aquilo, e que me amava desde que me conheceu. Mas como nunca tinha sentido aquilo, fugia de mim por medo. Namorou outras tentando me esquecer, mas sempre me procurava nelas. E que agora já estava cansado de fugir, de forma que se eu falasse que queria alguma coisa com ele, que ele ia atrás de mim, arrumava emprego onde eu fosse. Tomei um susto enorme, acabei ficando com ele, que à medida que melhorava da bebedeira repetia tudo. No dia seguinte apareceu na minha casa para me levar pra comer uma pizza e repetiu tudo. Primos dele que eu conhecia confirmaram a história. Passamos juntos a semana anterior à minha viagem, eu fui embora e pronto.
Ao contrário do outro caso, este rapaz eu não amei não foi porque não deu o clique. Foi porque ele não permitiu. Quando eu quis fazer parte da vida dele, ele me expulsou. E quando quis voltar atrás, para mim já não fazia sentido mais. A semana que passei com ele foi muito divertida, leve, mas nada além disso. Ele não cabia mais na minha vida. Sinto ainda um carinho bem grande por ele, mas deixo para ele o peso da culpa por a gente não ter vivido uma história. Eu fiz o que estava ao meu alcance. Perdemos contato faz anos, mas tive notícias de que está casado, e espero que feliz. Ele merece.
Sisa podia ter amado muita gente, e espera amar de verdade alguém que mereça e queira fazer parte da vida dela. Mas esses dias ela nem ta encanada com o amor da vida, porque ta rolando o encontro das Mulheres de 30 e ela só quer saber de divertir.
5 comentários:
Engracado as vezes tenho uma sensacao parecida, me pergunto se eu nao afugento as pessoas, se dou medo, e estranho quando vc sente que o interesse e reciproco mas parece que a pessoa corre de vc por medo, tenho sentido isso e sinceramnente me sinto completamente perdida, nunca sei exatamente o que fazer, mas com certeza nao vou me modificar so pra facilitar as coisas. Usualmente, faco como vc, tento ate onde da, se nao rolar nada, bola pra frente ne! Mas com certeza e uma pena quando lembramos do que poderiamos ter vivido e deixamos de viver por sentimentos menores como o medo. Beijos e, novamente, desculpe a falta de acentos. Silvia
Acontece... tinha muita gente que eu poderia ter amado e em cujas situações aconteceu quase a mesma coisa (tirando o álcool), tipo, amando e não sendo amada de volta e vice-versa, até o tempo em que eu amei, senti-me correspondida e resolvemos que não poderíamos nos separa rum do outro na vida... a gente mora longe, mas não parece muito =)
Todo mundo encontra o amor certo. Encontra, sim!
=*
Tb passei por situacoes parecidas. Incrivel como a historia da vida da gente podia ser escrita de uma maneira tao diferente se nao fosse os pequenos detalhes que a tornam tao diferente.
Ele casou foi? Não tava sabendo :)
Hummm acho q deu pra entender meu ponto né? hehehe escrevi um diferente-diferente que ficou esquisito.
A verdade é q a vida parece seguir as vezes alheia a nossa vontade. Amamos e somos amados, e nem sempre por quem queremos desejamos, e sem reciproca.
Mas acredito q uma hora tudo da certo.
Mesmo q em alguns dias isso pareça impossivel.
Depois venha contar do encontro!
Beijos e uma otima semana!
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