Venho por meio deste,
propor que sejamos felizes. De que modo?
Sendo claros, sendo
diretos, sendo honestos. Principalmente conosco.
Não gosta de algo?
Não coma, não ouça, não beba, não leia, não assista este algo. Diga que não
gosta. Seja gentil, mas deixe claro que não gosta.
Está a fim?
Demonstre. Fale. Escandalize. É cansativo para as pessoas tentarem ler sinais o
tempo todo. Dizer é tão fácil, é tão óbvio. Me pergunto o que foi que se perdeu
ao longo dos tempos para as pessoas terem se fechado de tal forma em suas
redomas. E sei a resposta.
Temos medo de tudo.
Medo da rejeição, medo do ridículo, da não aceitação. Então por que não temos
medo de sermos infelizes? O resultado provável de viver se escondendo de si
mesmo é a infelicidade.
Não precisamos e não
devemos passar por cima de ninguém para lutar por nossos sonhos. Não é essa a
ideia. Não é felicidade própria a qualquer custo. Mas a felicidade contagia.
Quando eu estou feliz, quando eu estou leve, contagio pessoas ao meu redor. É
aquela velha história do grãozinho de areia no deserto que esquenta o grãozinho
ao seu redor, que esquenta o próximo e por aí vai. Parece que no mundo de hoje
as pessoas perderam a capacidade de ser simples, de pensar poeticamente. É tudo
tão corrompido, é todo mundo tão corrompível. Mas e daí? Vou me trancar em casa
e não falar com mais ninguém por medo de que sejam falsos comigo?
Aaaaah vida! Eu quero
você. Quero você em dia de sol, porque aqueles raios no meu rosto são um
momento de felicidade. Quero você em dia de chuva, pra ver o milagre da terra
ressuscitando. Quero vento batendo no rosto, fazendo aquele barulhinho gostoso
que parece assobio de moleque. Quero conversar com a pessoa que puxa papo
comigo na fila do banco, sem medo. Que mal as pessoas podem nos fazer? O que de
tão irreparável pode nos acontecer?
Irreparável talvez seja
daqui a 40 anos, olhar para trás e lamentar as oportunidades perdidas. Lamentar
e não poder voltar no tempo. Lamentar e sofrer o lado feio da melancolia. O de
não ter feito. Sentir saudade de algo que foi bom, embora possa doer, é bonito.
É lembrança grudada no pensamento. É lembrança que tem cheiro, que tem gosto,
que tem cor. Mas lembrar da chance perdida é lembrança que dói. E só. E doer
por doer é vazio.
Hoje acordei decidida
a ser ridiculamente feliz. E pagar o preço dessa escolha.
Andri escreve às
sextas-feiras e agradece pelos chutes que a vida lhe dá. Cada vez que se
levanta, lembra que viver é lindo e que dias ruins existem para que possamos
reconhecer quando nos depararmos com um dia maravilhoso
2 comentários:
Ótimo post, bastante otimista! Gostei!
Bj e fk c Deus.
Nana
procurandoamigosvirtuais.blogspot.com
Obrigada queridaaa!!! Um abração :)Andri
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