Há dias em que a rapidez com que o tempo passa fica tão real para mim, que eu me pergunto: o que eu estava fazendo quando o tempo passou por mim? Onde eu estava?
Essa “viagem” não acontece somente porque eu acabei de completar 34 anos. Isso é pouco para me espantar. Acontece porque eu não percebi que meu vizinho, que vi nascer, já tem barba no rosto, é um homem educado, alto e gatinho, claro. Gatinho, claro... só isso já demonstra o quanto o tempo passou. Já consigo vê-lo como um homem bonito, obviamente longe da minha faixa etária, mas um homem... e como isso me espanta!
Essa “piração” dá-se também porque meu primo, que, igualmente, vi nascer, está namorando. Pasmem!!! Namorando e é de verdade. Fiquei tão assustada que paguei o mico de perguntar se era de verdade. E é. Nesse caso tenho de vê-lo como homem, capaz de se apaixonar, de conquistar alguém, de viver um romance.
Daqui a pouco serão as minhas crianças (meu sobrinhos) que já não caberão no meu colo, e saberão da vida tanto ou mais que eu. Será que eles, nessa hora, não precisarão mais de mim, ou dos pais?
Talvez eu esteja em um baita surto dos 30, ou num surto de enxergar os 16, 17 anos dos outros, dos quais eu me lembro bem, só não achei que fossem tantos anos...
Conto isso aqui procurando um auxílio para adequar-me ao quadro daqueles que podem contar a vida de outras pessoas desde o começo. E se tiver de contar, prefiro fazer isso em um livro, quem sabe...
Essa “viagem” não acontece somente porque eu acabei de completar 34 anos. Isso é pouco para me espantar. Acontece porque eu não percebi que meu vizinho, que vi nascer, já tem barba no rosto, é um homem educado, alto e gatinho, claro. Gatinho, claro... só isso já demonstra o quanto o tempo passou. Já consigo vê-lo como um homem bonito, obviamente longe da minha faixa etária, mas um homem... e como isso me espanta!
Essa “piração” dá-se também porque meu primo, que, igualmente, vi nascer, está namorando. Pasmem!!! Namorando e é de verdade. Fiquei tão assustada que paguei o mico de perguntar se era de verdade. E é. Nesse caso tenho de vê-lo como homem, capaz de se apaixonar, de conquistar alguém, de viver um romance.
Daqui a pouco serão as minhas crianças (meu sobrinhos) que já não caberão no meu colo, e saberão da vida tanto ou mais que eu. Será que eles, nessa hora, não precisarão mais de mim, ou dos pais?
Talvez eu esteja em um baita surto dos 30, ou num surto de enxergar os 16, 17 anos dos outros, dos quais eu me lembro bem, só não achei que fossem tantos anos...
Conto isso aqui procurando um auxílio para adequar-me ao quadro daqueles que podem contar a vida de outras pessoas desde o começo. E se tiver de contar, prefiro fazer isso em um livro, quem sabe...
Angélica se deu conta, através do desabrochar alheio, que já viu muitas andorinhas e verões passarem, mais do que seus dedos podem contar. Orgulha-se de poder participar de vidas desde o seu início e quer continuar essa participação enquanto andorinhas e verões passarem...
3 comentários:
Que lindo texto Angélica!
Eu tenho pensado nisso quando, ao conversar com alguma amiga querida e surge o assunto, nós pensamos "fazem XX anos que a gente se conhece". Ainda ontem estes anos cabiam nos dedos das mãeos, agora já começam a ser contados em décadas!!!
Viva as andorinhas e os verões!
Um abraço para você
Nossa..perfeito.a sensaçao que eu tenho eh que cada ano que passa parece mais curto, eh como se o dia nao tive exatas 24h, mas talvez 23h45...nao sei como desacelerar o tempo, só que tb já passei dos 30 e algo que parecia ter sido ontem, na verdade ja foi a mais de uma decada. Bjs
É engraçado como esta noção de tempo muda à medida que acumulamos décadas, não?
Também me assusto com a adolescência alheia, com os novos atletas ou super astros com menos de 20 anos. Principalmente porque cada vez mais me distancio disso...
Angel, nem quero ver meu sobrinho namorar daqui a alguns anos. Ainda não estou preparada hahahahahaha.
Ótimo texto!
Beijos.
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