segunda-feira, 24 de março de 2008

Testemunha Ocular

Outro dia te vi passeando em um shopping, mas não mexi com você. Na verdade não sei dizer por que, mas fiquei parada, da mesma maneira em que estava, sentada, apenas olhando. Acredito que na hora em que te vi me lembrei instantaneamente de uma porção de coisas, das aventuras pela rua da Bahia, do Parque das Mangabeiras, do Lapa e, principalmente, do resto da nossa turma. Afinal, a gente tinha um grupo de amigos que eu adorava, mas que agora estão espalhados pelo mundo. Engraçado que ainda me lembro do dia de seu aniversário e do telefone da casa de sua mãe, depois de tanto tempo.... É a cabeça da gente é realmente uma caixinha de surpresas.... Foi bom te ver, mesmo que tenha sido como uma testemunha ocular. Você me pareceu estar feliz, pensei na sua filha que já deve estar com uns seis anos, quanto tempo hein. De qualquer maneira fiquei com cheiro de saudade, gosto de melancolia, vontade de voltar só um pouquinho no tempo, mas como ainda não temos essa fórmula nada me restou além de aqui escrever, quem sabe você um dia vai ler e saber que me lembrei de você, Luiza, minha amiga.



Silvia se lembra constantemente de seus amigos do Soma, alguns ainda tem notícia, moram em outras cidades, outros países e alguns ela vê de passagem assistindo secretamente a rotina de suas vidas.

Um comentário:

Paula disse...

Isso já aconteceu comigo umas duas vezes: vi pessoas que me remeteram a outra época de minha vida e não consegui me aproximar. Preferi saborear o gostinho daquele momento tão distante em que fomos indispensáveis um ao outro.
Adorei seu texto.

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