Olá, eu sou a Cláudia Estrelinha e sou uma moça que a Sisa conheceu aqui em Portugal através do Rui, o moço que ela chama de “escudeiro” de Portugal. Rsrsrsrs… o gajo fixe!
De um pedido da Sisa para fazer um texto para o “De repente 30…” eu aceitei a ideia de muito bom grado e fiquei muito contente com o pedido dela.
E aqui estou eu a escrever, com muito orgulho, para o vosso blog.
Mas antes de mais quero-vos felicitar pelo blog que têm, pois acho-o muito interessante e por vezes revejo-me em muitos dos textos que vocês escrevem.
O meu texto é sobre “A minha experiência em lidar com um grupo de quase 30 mulheres”, pois lembrei-me que visto que estou a escrever num blog de experiências e vivencias de mulheres durante suas vidas.
Eu pertenço a um grupo tradicional universitário, ao qual chamamos Tuna.
Uma Tuna tem por finalidade mostrar um pouco de toda a música tradicional que existe no nosso país, mostrar através da música a vida académica que se vive em cada universidade à qual pertence.
A minha Tuna chama-se Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade da Beira Interior – As Moçoilas e somos entre 22 a 30 raparigas que fazemos parte deste grupo (http://www.tfaaubimocoilas.blogspot.com).
Bom, eu toco acordeão na tuna e sou Magister (chefe) do grupo.
Quando me nomearam para ser líder do grupo fiquei assustadíssima, pois achava que não tinha qualquer jeito para lidar um grupo e também devido à antiguidade deste quando fui para Magister, a responsabilidade era um pouco grande (neste momento faz 19 anos de existência). Lá aceitei a ideia, porque não sou muito de não aceitar desafios e fiquei como chefe assumindo e dando a cara pelo grupo, mas com muito orgulho pelo facto de gostar muito da tuna e adorar tocar acordeão.
No inicio confesso que tive algumas dificuldades. Mas aos poucos e poucos lá fui conseguindo superar este desafio.
Com este cargo aprendi imensas coisas, mudei um pouco de mim. Enfim, tornei-me ao mesmo tempo “mãe” de algumas delas, visto ser mais velha que algumas meninas que fazem parte do grupo. Sim, algumas chamam-me mesmo mãe! (aceito isso muito carinhosamente)
Quase sempre respondo: “Chamas-me mãe, mas não me peças dinheiro!” rsrsrsrs…
Aprendi a lidar com muitos feitios, culturas diferentes, a ser paciente, ouvir cada uma delas individualmente, não acreditar à primeira em tudo o que me dizem e ser mais coerente em determinadas situações, moderar os meus nervos, aprendi técnicas de ensino de música, ser decidida… Foi para mim uma experiência que acho que nem no Mundo de trabalho isto se aprende, pois tudo o que se vive em grupos deste tipo é tudo muito mais sentido tendo em conta que a maior parte das raparigas não é da Covilhã e como é da nossa natureza temos saudades da família, dos amigos de infância e como tal, por vezes, temos de recorrer àqueles que estão mais perto de nós, que vivem connosco e partilham as nossas dificuldades enquanto estudantes. São esses amigos (as) que ficam, na maior parte das vezes, para toda a nossa vida.
Da experiência em lidar com um grupo de quase 30 mulheres retiro a ideia de que da nossa própria natureza somos mais sensíveis em algumas coisas e reagimos de forma muito diferente aos rapazes em algumas situações. E então, há que ter paciência e tentar resolver ou ajudar se necessário para resolver tudo com a maior coerência possível.
Outra das dificuldades que nós, grupo feminino, por vezes sofremos pelo facto de que no nosso país ainda existe algum machismo. Para lidar com isso ou com outros problemas a resolver, e como porta-voz do grupo, tantas vezes que faço na minha cabeça discursos para falar com quem nos agride de modo “suave” sem agredir da mesma forma como nos agridem e convincentemente de que as coisas não são assim como pensam. E assim aprendi muitas vezes a pensar duas vezes antes de falar.
O facto de termos actividades extra-curriculares é uma boa opção, pois aprendemos lá fora aquilo que não aprendemos nos livros, com os nossos professores nas escolas. Não só com a nossa família, mas também com os nossos amigos aprendemos a ser grandes homens e mulheres para a vida inteira.
É uma experiência a não esquecer para toda a minha vida… Que deixa muitas saudades e boas recordações…
Dedico este texto a todas a mulheres que com mais ou menos dificuldades levam a vida para a frente sem qualquer medo, com toda a força de vontade de vencer e serem grandes mulheres.
Beijinhos e fiquem bem.
De um pedido da Sisa para fazer um texto para o “De repente 30…” eu aceitei a ideia de muito bom grado e fiquei muito contente com o pedido dela.
E aqui estou eu a escrever, com muito orgulho, para o vosso blog.
Mas antes de mais quero-vos felicitar pelo blog que têm, pois acho-o muito interessante e por vezes revejo-me em muitos dos textos que vocês escrevem.
O meu texto é sobre “A minha experiência em lidar com um grupo de quase 30 mulheres”, pois lembrei-me que visto que estou a escrever num blog de experiências e vivencias de mulheres durante suas vidas.
Eu pertenço a um grupo tradicional universitário, ao qual chamamos Tuna.
Uma Tuna tem por finalidade mostrar um pouco de toda a música tradicional que existe no nosso país, mostrar através da música a vida académica que se vive em cada universidade à qual pertence.
A minha Tuna chama-se Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade da Beira Interior – As Moçoilas e somos entre 22 a 30 raparigas que fazemos parte deste grupo (http://www.tfaaubimocoilas.blogspot.com).
Bom, eu toco acordeão na tuna e sou Magister (chefe) do grupo.
Quando me nomearam para ser líder do grupo fiquei assustadíssima, pois achava que não tinha qualquer jeito para lidar um grupo e também devido à antiguidade deste quando fui para Magister, a responsabilidade era um pouco grande (neste momento faz 19 anos de existência). Lá aceitei a ideia, porque não sou muito de não aceitar desafios e fiquei como chefe assumindo e dando a cara pelo grupo, mas com muito orgulho pelo facto de gostar muito da tuna e adorar tocar acordeão.
No inicio confesso que tive algumas dificuldades. Mas aos poucos e poucos lá fui conseguindo superar este desafio.
Com este cargo aprendi imensas coisas, mudei um pouco de mim. Enfim, tornei-me ao mesmo tempo “mãe” de algumas delas, visto ser mais velha que algumas meninas que fazem parte do grupo. Sim, algumas chamam-me mesmo mãe! (aceito isso muito carinhosamente)
Quase sempre respondo: “Chamas-me mãe, mas não me peças dinheiro!” rsrsrsrs…
Aprendi a lidar com muitos feitios, culturas diferentes, a ser paciente, ouvir cada uma delas individualmente, não acreditar à primeira em tudo o que me dizem e ser mais coerente em determinadas situações, moderar os meus nervos, aprendi técnicas de ensino de música, ser decidida… Foi para mim uma experiência que acho que nem no Mundo de trabalho isto se aprende, pois tudo o que se vive em grupos deste tipo é tudo muito mais sentido tendo em conta que a maior parte das raparigas não é da Covilhã e como é da nossa natureza temos saudades da família, dos amigos de infância e como tal, por vezes, temos de recorrer àqueles que estão mais perto de nós, que vivem connosco e partilham as nossas dificuldades enquanto estudantes. São esses amigos (as) que ficam, na maior parte das vezes, para toda a nossa vida.
Da experiência em lidar com um grupo de quase 30 mulheres retiro a ideia de que da nossa própria natureza somos mais sensíveis em algumas coisas e reagimos de forma muito diferente aos rapazes em algumas situações. E então, há que ter paciência e tentar resolver ou ajudar se necessário para resolver tudo com a maior coerência possível.
Outra das dificuldades que nós, grupo feminino, por vezes sofremos pelo facto de que no nosso país ainda existe algum machismo. Para lidar com isso ou com outros problemas a resolver, e como porta-voz do grupo, tantas vezes que faço na minha cabeça discursos para falar com quem nos agride de modo “suave” sem agredir da mesma forma como nos agridem e convincentemente de que as coisas não são assim como pensam. E assim aprendi muitas vezes a pensar duas vezes antes de falar.
O facto de termos actividades extra-curriculares é uma boa opção, pois aprendemos lá fora aquilo que não aprendemos nos livros, com os nossos professores nas escolas. Não só com a nossa família, mas também com os nossos amigos aprendemos a ser grandes homens e mulheres para a vida inteira.
É uma experiência a não esquecer para toda a minha vida… Que deixa muitas saudades e boas recordações…
Dedico este texto a todas a mulheres que com mais ou menos dificuldades levam a vida para a frente sem qualquer medo, com toda a força de vontade de vencer e serem grandes mulheres.
Beijinhos e fiquem bem.
4 comentários:
Cláudia,
Obrigada por sua contribuição!
Imagino que grande experiência é lidar com tantas mulheres e ter que gerenciá-las. Parabéns!
Bjos!
Bom texto e bela experiência.
"As equipes são espelhos de seus líderes."
Oi, Cláudia!
Que belo texto o seu! Deve ser mesmo bastante difícil coordenar um grupo de mulheres de 30 "Ao Vivo" (se as mulheres de 30 daqui às vezes já se descabelam com nossa relação virtual, imagina só ao vivo...)
Um beijão para você e obrigada pela sua participação!
Gi
Oi Cláudia!
Acho que, em uma posição de completa exposição, como a de liderar um grupo, é que nos pomos realmente à prova!!! Ainda mais uma grupo feminino, cheio de emoções e intensidade rsrs.
Certamente esta experiência a fará crescer e ser uma pessoa melhor melhor.
Muito bom texto e continue conosco! A internet tem sua vantagens!
Paula.
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