Como boa taurina que sou, odeio mudança. Odeio. Nada me desconcerta mais do que mudar. Não interessa se a mudança é pra melhor ou pra pior, desafiadora ou não. Odeio mudança. Até encaro quando é necessário ou quando meu bom senso diz que vale a pena. Mas gostar eu não gosto. Qualquer tipo de mudança me tira do prumo.
Estou me aproximando de uma grande mudança esses dias. Fazer minhas malas e voltar pra casa. Eu gosto de Portugal, mas aqui não é, decididamente, meu habitat natural. Sinto falta do Brasil, da minha família, da minha vida anterior. Mas a perspectiva de mudar está me deixando em frangalhos. Fazer as malas, decidir o que vale a pena levar ou ficar, despedir das pessoas, encerrar uma etapa. Estou completamente apavorada e perdida. Me pego chorando de aflição só de pensar em começar a organizar tudo para a volta. Me pego chorando mais ainda quando penso nas despedidas que vêm pela frente.
Tento pensar nas pessoas que amo e que vou rever, tento pensar que o trabalho está bem adiantado, de forma que vou poder pensar em defender a tese em tempo relativamente curto, tento pensar que estou voltando pros meus e pra minha terra. Nada disso afasta o pavor que tem tomado conta de mim. Pavor, ansiedade, aflição. Acabei com minhas unhas. Estou descontando tudo na comida e nos chocolates. Estou gorda como uma porca, e devorando qualquer comida que me surja à frente como se não visse comida há pelo menos duas ou três encarnações. Meus pés já têm bolhas (alguém lembra do texto da Mariana? Convivo com a disidrose faz tempo, é só me desequilibrar emocionalmente e as bolhas aparecem). Odeio a mudança na minha vida e odeio as recentes mudanças no meu corpo (eu vinha conseguindo com razoável sucesso manter o formato de gente até algumas semanas atrás).
Pior que mudar nessas circunstâncias é só mudar para retomar a vida de um ponto diferente do ponto que ela foi deixada. Procurar outro lugar pra morar, conviver com outras pessoas, mudar a rotina toda. Estou angustiada, aflita, apavorada, perdida, tonta no meio do furacão que vai me levando enquanto eu mal vejo os dias passarem. A parte boa é que, por pior que eu esteja me sentindo, não vai ser a primeira mudança que eu encaro, e nem de longe a mais radical. Eu sei que depois isso passa, eu me readapto e tudo fica bem. Mas eu odeio mudança e todos os sentimentos que uma mudança desperta em mim.
Estou me aproximando de uma grande mudança esses dias. Fazer minhas malas e voltar pra casa. Eu gosto de Portugal, mas aqui não é, decididamente, meu habitat natural. Sinto falta do Brasil, da minha família, da minha vida anterior. Mas a perspectiva de mudar está me deixando em frangalhos. Fazer as malas, decidir o que vale a pena levar ou ficar, despedir das pessoas, encerrar uma etapa. Estou completamente apavorada e perdida. Me pego chorando de aflição só de pensar em começar a organizar tudo para a volta. Me pego chorando mais ainda quando penso nas despedidas que vêm pela frente.
Tento pensar nas pessoas que amo e que vou rever, tento pensar que o trabalho está bem adiantado, de forma que vou poder pensar em defender a tese em tempo relativamente curto, tento pensar que estou voltando pros meus e pra minha terra. Nada disso afasta o pavor que tem tomado conta de mim. Pavor, ansiedade, aflição. Acabei com minhas unhas. Estou descontando tudo na comida e nos chocolates. Estou gorda como uma porca, e devorando qualquer comida que me surja à frente como se não visse comida há pelo menos duas ou três encarnações. Meus pés já têm bolhas (alguém lembra do texto da Mariana? Convivo com a disidrose faz tempo, é só me desequilibrar emocionalmente e as bolhas aparecem). Odeio a mudança na minha vida e odeio as recentes mudanças no meu corpo (eu vinha conseguindo com razoável sucesso manter o formato de gente até algumas semanas atrás).
Pior que mudar nessas circunstâncias é só mudar para retomar a vida de um ponto diferente do ponto que ela foi deixada. Procurar outro lugar pra morar, conviver com outras pessoas, mudar a rotina toda. Estou angustiada, aflita, apavorada, perdida, tonta no meio do furacão que vai me levando enquanto eu mal vejo os dias passarem. A parte boa é que, por pior que eu esteja me sentindo, não vai ser a primeira mudança que eu encaro, e nem de longe a mais radical. Eu sei que depois isso passa, eu me readapto e tudo fica bem. Mas eu odeio mudança e todos os sentimentos que uma mudança desperta em mim.
Sisa está apavorada com a mudança que se aproxima cada dia mais rapidamente. Tudo que ela quer é um colo pra deitar e esquecer do furacão que está passando dentro dela.
5 comentários:
Oi Sisa...
Eu não sou taurina, mas também abomino mudanças. Sinto exatamente as mesmas coisas que você, a menos das bolhas que, no meu caso, são substituídas por drásticas quedas de cabelo.
Não sei se te conforta, mas vindo para cá, saiba que meu colo, minha atenção e minha casa estão esperando por você, minha amiga, sempre!!!
Beijos.
Cecília,
Eu amo mudanças e mesmo assim elas me geram inseguranças e também me acabo na comida!! Mas tente sempre só ver o lado bom, são muitas as coisas e conhecimentos acumulados para a vida em cada mudança que fazemos em nossas vidas, isto ninguém pode tirar da gente!
E é como vc falou, tudo sempre dá certo!
bjs
Oi Cecilia,
Eu sei exatamente o que vc está passando. Eu tb passei por um furacao interior na minha volta da Polonia. Depois de tanto tempo fora, fica um misto de sentimentos nesses dias que antecedem a volta: ansiedade, medo de voltar e nao cntinuar de onde parou, desejo de nao voltar, ao mesmo tempo um desejo grande de voltar, entre tantos outros sentimentos. Realmente é um turbilhao. Mas vc está certa, tudo passa e se assenta rapidamente na volta. A despedida é dura, deixar pessoas pra trás sem saber se vamos um dia reve-las é triste, mas tb tem muitas partes boas na volta. E com certeza, nessa parte boa, tem a gente, suas amigas que estao morrendo de saudades de vc e de braços abertos esperando a sua volta. :D:D.
Beijos
Vivian
Sisa, ao contrário de você eu adoro mudanças e sempre que a vida anda meio parada eu invento alguma. Mas concordo com você que a parte de deixar coisas, e principalmente pessoas que passamos a gostar é muito, muito difícil mesmo!
Força aí, garota, estamos aqui te esperando para fazer o super encontro das balzacas!
Um beijão!
Colo tem aqui de sobra, apesar de eu também estar procurando um...
Acalme-se, o nosso erro frente às mudanças é querer vivê-las antes do tempo. Espere o dia certo pra sofrer. É isso que me digo sempre que entro em surto, como o seu.
Te esperamos com ansiedade!
Bjos!
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