Anastácia sentada na mesinha do bar com preguiça de pensar, Mary tentando inventar algo pra fazer, Manoel Audaz (o Jipe) esperando, outras pessoas se embebedando e elementos da natureza, a chuva fina de Janeiro.
O ano havia acabado de começar, Anastácia e Mary estavam de férias e literalmente entediadas, ‘Lima Antiga’ em Janeiro e por volta das uma da manhã, definitivamente, não oferece entretenimentos. Após algumas cervejas no único copo sujo da cidade aberto, Mary tem a fatídica idéia – vamos pra ‘Sabarabussu’? – uai, vamos! Pronto, chamaram mais uma amiga, que obviamente aceitou e lá se foram as três no Manoel Audaz, pela estrada de terra, claro, afinal sem poeira não tem diversão. Chegaram a ‘Sabarabussu’ por volta das duas e por incrível que pareça a noite de lá estava mais animada. Encontraram alguns conhecidos e fizeram outros e passaram o resto da madrugada lá. Após fecharem todos os bares e restaurantes, se aboletaram juntamente ao vendedor de cachorro-quente e seu carrinho, que por sinal, também vendia cerveja. Ligaram o som do jipe e esperaram amanhecer, mas não esperavam que a bateria do infeliz do Manoel fosse arriar, arriou. No entanto só Anastácia dirigia, mas ela não sabia fazer o carro pegar no tranco, sobrou pro dono do cachorro-quente, enquanto elas empurravam o Manoel, que até agora não tinha nada de audaz. Pegou! Foram embora. Só não contavam com mais uma idéia de Mary quase chegando em casa – vamos subir o morro da ‘Bela Vista’? – vamos! Tinha chovido, feito lama e, conseqüentemente, grandes lamaçais, na primeira curva Manoel atolou, Mary adorou a diversão, a outra no banco de trás ficou temerosa e Anastácia com preguiça, mas valente, pois sabia que o Manoel Audaz também sairia dessa. Acelerou só um pouquinho, nada, mais um pouquinho, nada, o buraco começou a aumentar e isso não era nada bom – temos que colocar 4x4! – põe aí uai! – alguém tem que sair do carro e mudar a trava na roda, humpf – pisar nessa lama?! Vai chegar até no joelho da gente!!! – tudo bemmmmm eu vou. Lá se foi Anastácia com lama até os joelhos mudar a diaba da tranca. Pronto, entrou no jipe, enlameou tudo, bufou, sentou, pegou o volante firmemente, arrancou, e lá se foram as três felizes da vida, por que lá no fundo amavam a lama, a poeira, as aventuras e o Manoel Audaz que nunca deixou elas na mão.
Dedico este texto às aventuras que passaram, às que virão e, principalmente, a saudade que nunca passará.
3 comentários:
É muito bom ter momentos divertidos e inesquecíveis para sentir saudade.
Anastácia é mesmo uma "peça rara".
Adorei!
Beijos!
Puxa Silvia eu amo Jipes!!! E tua aventura só me fez querer ainda mais ter um.
Se alguém souber de um Jipe a diesel, estado mediano e louco pra ser rosa por favor me aviseeee!!!!
Muito bom!
Um abração!
Ahhh eu até quis estar junto!!! Apesar de odiar lama, rs...
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