Na última terça-feira (06/11) um fato chocante aconteceu envolvendo um aluno da Faculdade onde estudo. Um rapaz de 25 anos, com situação financeira confortável, cursando o 2º curso superior, assassinou a namorada de 22 anos com 13 tiros na residência dela, e suicidou na faculdade, jogando-se do 9º andar.
Naturalmente o fato estarreceu a todos na faculdade, principalmente aqueles que presenciaram o suicídio, que não foram poucos. Eu, felizmente, não presenciei. Porém fui atingida por um sentimento (estranho), uma incapacidade de entender o porquê desse episódio, vários questionamentos me vieram à mente, principalmente “o que teria levado o tal rapaz a agir daquela forma?”.
O que sei é que o referido casal iniciou o namoro há sete anos atrás, parecia ser uma relação muito apaixonada, até que a moça resolveu “pedir um tempo” uma semana antes de sua morte. O rapaz, sabidamente apaixonado, procurou-a, calmo, com o pretexto de conversar. Parece que realmente houve uma conversa, seguida de 13 tiros fatais. O teor da conversa ninguém saberá. Após esse ato lamentável, o rapaz dirigiu-se à faculdade, mais especificamente à Biblioteca e de lá se jogou pela janela.
Após a morte dos dois, alguns fatos complementares surgiram. O rapaz era apaixonado por armas de fogo e, acredito que, as tinha. Digo as porque no dia da tragédia portava duas armas. Uma delas ficou no local onde assassinou a namorada e outra levou consigo para a faculdade.
Curiosamente, descobri, dois dias depois, que eu conhecia a moça assassinada. A conheci criança e é assim que me lembro dela, pois não a via há anos. Ela era neta de uma vizinha, era uma graça de criança, linda...
Fatos como esse levam meus pensamentos diretamente para a educação familiar. Não tenho a intenção de culpar alguém pela tragédia, mas sim questionar a atual juventude de classe média alta. O rapaz que protagonizou tudo isso era, até que me provem o contrário, alguém que não sabia lidar com uma situação de perda, fosse qual fosse. Talvez nunca tenha ouvido um NÃO bem redondo. Talvez nunca tenha enfrentado uma situação de real dificuldade. E ao passar por isso, justamente com alguém a quem tanto amava, surtou. Será? Questiono também essa forma de amar, egoísta, que não admite nada que não seja sua própria vontade. Mas não posso explicar o que, para mim, é inexplicável. Nada justifica essa loucura. Posso apenas divagar sobre possíveis razões.
Sempre acredito que o erro alheio serve de alerta. Espero que muita gente repense suas reações frente a situações que não saem exatamente como o planejado, repense a forma de amar e o amor próprio, apure o respeito ao outro, desenvolva a empatia. Espero também que Deus abençoe e fortifique as duas famílias atingidas por essa tragédia, e que elas se lembrem muito mais do amor do que da dor que uniu esse casal.
Angélica acredita que o Amor limpo, lindo e verdadeiro não é egoísta e não leva alguém ao desespero. E sabe perder porque já perdeu. É assim que se aprende.
Escreve aqui às terças.
Naturalmente o fato estarreceu a todos na faculdade, principalmente aqueles que presenciaram o suicídio, que não foram poucos. Eu, felizmente, não presenciei. Porém fui atingida por um sentimento (estranho), uma incapacidade de entender o porquê desse episódio, vários questionamentos me vieram à mente, principalmente “o que teria levado o tal rapaz a agir daquela forma?”.
O que sei é que o referido casal iniciou o namoro há sete anos atrás, parecia ser uma relação muito apaixonada, até que a moça resolveu “pedir um tempo” uma semana antes de sua morte. O rapaz, sabidamente apaixonado, procurou-a, calmo, com o pretexto de conversar. Parece que realmente houve uma conversa, seguida de 13 tiros fatais. O teor da conversa ninguém saberá. Após esse ato lamentável, o rapaz dirigiu-se à faculdade, mais especificamente à Biblioteca e de lá se jogou pela janela.
Após a morte dos dois, alguns fatos complementares surgiram. O rapaz era apaixonado por armas de fogo e, acredito que, as tinha. Digo as porque no dia da tragédia portava duas armas. Uma delas ficou no local onde assassinou a namorada e outra levou consigo para a faculdade.
Curiosamente, descobri, dois dias depois, que eu conhecia a moça assassinada. A conheci criança e é assim que me lembro dela, pois não a via há anos. Ela era neta de uma vizinha, era uma graça de criança, linda...
Fatos como esse levam meus pensamentos diretamente para a educação familiar. Não tenho a intenção de culpar alguém pela tragédia, mas sim questionar a atual juventude de classe média alta. O rapaz que protagonizou tudo isso era, até que me provem o contrário, alguém que não sabia lidar com uma situação de perda, fosse qual fosse. Talvez nunca tenha ouvido um NÃO bem redondo. Talvez nunca tenha enfrentado uma situação de real dificuldade. E ao passar por isso, justamente com alguém a quem tanto amava, surtou. Será? Questiono também essa forma de amar, egoísta, que não admite nada que não seja sua própria vontade. Mas não posso explicar o que, para mim, é inexplicável. Nada justifica essa loucura. Posso apenas divagar sobre possíveis razões.
Sempre acredito que o erro alheio serve de alerta. Espero que muita gente repense suas reações frente a situações que não saem exatamente como o planejado, repense a forma de amar e o amor próprio, apure o respeito ao outro, desenvolva a empatia. Espero também que Deus abençoe e fortifique as duas famílias atingidas por essa tragédia, e que elas se lembrem muito mais do amor do que da dor que uniu esse casal.
Angélica acredita que o Amor limpo, lindo e verdadeiro não é egoísta e não leva alguém ao desespero. E sabe perder porque já perdeu. É assim que se aprende.
Escreve aqui às terças.
2 comentários:
Angel, seu texto já diz: não se explica o inexplicável. O que aconteceu a estas duas pessoas e que levou uma delas a uma ação tão extremista não há como explicar... Só digo uma coisa: amor, aquele amor que eu entendo como tal, definitivamente não era.
Talvez posse, talvez ciúme, talvez excesso de mimo, talvez imaturidade, talvez não saber perder, talvez não saber o significado de uma vida, talvez a soma disso tudo e de algo mais... Como saber?
Mas homícídios e principalmente suícidios sempre irão me chocar...
Oi Angel,
no dia que eu fiquei sabendo dessa história só tive forças pra comentar com quem me contou: DEUS NOS LIVRE DE AMORES DESTRUTIVOS.
Bjs
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