Nos últimos dias eu me peguei repetindo uma certa frase para várias pessoas: “Eu adoro ler, sempre fui incentivada desde pequena e amo a sensação de liberdade que a leitura proporciona! Leio até dicionário (adoro), mas não consigo ler livro de auto-ajuda...”.
A minha intenção aqui não é polemizar ou escrachar esta categoria de livros que teve uma ascensão de popularidade tão vertiginosa nos últimos tempos. Quem sabe alguém me mostra o que os meus olhos não vêem?
Sabe do que eu não gosto? Da receita de bolo que estes livros trazem, resumindo a vida a uma viagem com o mesmo destino para cada viajante e com um roteiro único que resolve todos os problemas. Parece-me que funciona assim: quero ser rica, quero ser feliz, quero ser o centro das atenções, quero crescer profissionalmente... e, definido o desejo (destino da viagem), basta ler o livro adequado (roteiro da viagem) que o sucesso está garantido (chegar ao destino sem contra-tempos).
Eu não concordo com esta visão. Não se pode aplicar uma mesma regra, uma fórmula mágica a todos os seres humanos para que alcancem um objetivo porque as pessoas são completamente diferentes física, moral, psicológica e intelectualmente (graças a Deus e a genética!). Cada um tem sua percepção de mundo e sua escala de valores, o que faz a receita de bolo ser furada; cada um deveria encontrar a receita que mais lhe atrai e convém...
Para mim, o que provocou o “boom” desta categoria de livros foi um aumento significativo no número de crianças grandes, ou adultos imaturos, como preferirem. E, olhando por este prisma, ler estes livros é bastante aceitável. Se não existe maturidade e bagagem para lidar com a vida adulta, se o sentimento de completa desorientação tomou conta da pessoa, procurar um roteiro ou receita para tatear o desconhecido talvez seja uma solução.
Agora, sinceramente: viver é como sair na chuva, quem sai vai se molhar e sabe disso. Viver é curtir todas as situações, encarar os problemas, aproveitar os momentos felizes e arcar com as conseqüências de cada passo. Quem quer viver de verdade tem que estar preparado para o imprevisível e aprender a decidir, no momento que convier, qual é a prioridade (ser rica, ser feliz, ser o centro das atenções ou crescer profissionalmente). E isto, não há livro que ensine! Só a vida mesmo!
Bem, minha mãe diz que não gosto de livros de auto-ajuda pelo tom imperativo que eles nos impingem e eu não aceito muito bem receber ordens rs. Talvez seja verdade, mas sobre isso eu falo outro dia!
Até a próxima!
Paula adora conversar e ouvir conselhos, mas na hora “h” decide seu caminho sozinha. Sabe que pode pagar um alto preço por ser assim, mas definitivamente está disposta a pagar! Escreve aqui toda quarta-feira.
A minha intenção aqui não é polemizar ou escrachar esta categoria de livros que teve uma ascensão de popularidade tão vertiginosa nos últimos tempos. Quem sabe alguém me mostra o que os meus olhos não vêem?
Sabe do que eu não gosto? Da receita de bolo que estes livros trazem, resumindo a vida a uma viagem com o mesmo destino para cada viajante e com um roteiro único que resolve todos os problemas. Parece-me que funciona assim: quero ser rica, quero ser feliz, quero ser o centro das atenções, quero crescer profissionalmente... e, definido o desejo (destino da viagem), basta ler o livro adequado (roteiro da viagem) que o sucesso está garantido (chegar ao destino sem contra-tempos).
Eu não concordo com esta visão. Não se pode aplicar uma mesma regra, uma fórmula mágica a todos os seres humanos para que alcancem um objetivo porque as pessoas são completamente diferentes física, moral, psicológica e intelectualmente (graças a Deus e a genética!). Cada um tem sua percepção de mundo e sua escala de valores, o que faz a receita de bolo ser furada; cada um deveria encontrar a receita que mais lhe atrai e convém...
Para mim, o que provocou o “boom” desta categoria de livros foi um aumento significativo no número de crianças grandes, ou adultos imaturos, como preferirem. E, olhando por este prisma, ler estes livros é bastante aceitável. Se não existe maturidade e bagagem para lidar com a vida adulta, se o sentimento de completa desorientação tomou conta da pessoa, procurar um roteiro ou receita para tatear o desconhecido talvez seja uma solução.
Agora, sinceramente: viver é como sair na chuva, quem sai vai se molhar e sabe disso. Viver é curtir todas as situações, encarar os problemas, aproveitar os momentos felizes e arcar com as conseqüências de cada passo. Quem quer viver de verdade tem que estar preparado para o imprevisível e aprender a decidir, no momento que convier, qual é a prioridade (ser rica, ser feliz, ser o centro das atenções ou crescer profissionalmente). E isto, não há livro que ensine! Só a vida mesmo!
Bem, minha mãe diz que não gosto de livros de auto-ajuda pelo tom imperativo que eles nos impingem e eu não aceito muito bem receber ordens rs. Talvez seja verdade, mas sobre isso eu falo outro dia!
Até a próxima!
Paula adora conversar e ouvir conselhos, mas na hora “h” decide seu caminho sozinha. Sabe que pode pagar um alto preço por ser assim, mas definitivamente está disposta a pagar! Escreve aqui toda quarta-feira.
6 comentários:
Concordo Paula! Esses livros apontam um porto seguro, que muitos procuram, mas não acredito que exista. E mesmo se existisse, não acho que estamos nessa vida pra "aportar" e sim pra viajar e velejar, de preferência ao sabor de nossos próprios ventos!
bj
Paula, talvez esses livros sirvam, para algumas pessoas, como uma forma de fazê-las valorizar o que elas próprias tem de bom.
Claro, não é garantia de vida feliz, sucesso e tudo mais. Também não acredito nisso. É como se fosse um manual pra viver (aperte o botão tal, depois ande dez passos para a esquerda...). Loucura, loucura, loucura...
Beijos!
Oi Paula,
Eu também não sou fã de auto ajuda não, mesmo porque "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é", de forma que não tem como uma pessoa falar pra outra o que a vai fazer feliz, né?
Bjs
Pois é. Talvez eu devesse ser outra coisa...
Quando eu tinha meus 14 ou 15 anos li um auto-ajuda e achei lindo, aquelas frases prontas me garantindo sucesso e felicidade, se eu as seguisse. De repente, vi que quase todos do gênero tratavam a vida como previsível e dominável...no entanto, mesmo fazendo as listinhas de desejos que eles indicam, sempre dava algo errado no final! Acho que faltavam alguns capítulos nesses livros, como: "e quando não dá certo?", "lidando com a imprevisibilidade da vida".
As vezes a gente segue a receita e o bolo fica péssimo. Depois vc percebe que nem era bolo que vc queria...
Bjo!
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