Apesar da idéia de que devemos dizer mais sim, devemos estar abertas a novos contatos, oportunidades e vivências, é importante (e difícil) (e gostoso) dizer NÃO.
Não precisa ser gritado. Pode ser apenas um balançar com a cabeça.
Pode ter várias versões e níveis de negativa, desde o “não, nem pensar!” até o ameno “vamos ver”. Pode ser dito para os outros e para nós mesmas. Existe uma série de nãos que nós, mulheres multivariadas, em torno da terceira década de vida, deveríamos dar:
- não sou perfeita
- não entendi e nem quero
- não estou nem aí
- não vou ter remorso
- não vou ficar de boca fechada
- não vou fazer hora-extra
- não vou ter vergonha
- não vou perder a academia
- não vou perder o horário no médico por causa do trabalho
- não vou lavar o cabelo hoje
- não pode ser uma bala de troco
- não sei o que vou ser quando crescer e não me preocupo, tenho tempo de descobrir
- não aceito injustiça
- não vou votar na corrupção novamente
- não vou comer fritura
- não sei
- não gosto
- não sou a mulher maravilha
- não agirei contra meus princípios só porque esperam isto de mim
- não concordo
Esta lista é ínfima, mas muito libertadora. Sinta-se à vontade para complementar.
Só para praticar, Renata não escreveu uma pequena autobiografia que normalmente estaria aqui. Talvez no próximo texto ela resolva dizer sim, para variar um pouquinho.
4 comentários:
Coincidentemente, ouço agora uma canção de Adriana Calcanhoto que diz:
Não ligo pra conchavos;
não gosto de maus tratos;
não condeno mentiras;
não condeno vaidades.
E eu:
não gosto de funk;
não uso maquiagem;
não atraso;
não gosto do roxo;
não fico sem doce.
E adorei o texto.
Beijos!
Adorei, vi vários nãos que devia ter dito um dia e acabei dizendo sim e me arrependendo depois, e, claro, começei a pensar em outros que não tenho nenhuma vergonha de afirmar... beijos, Silvia.
Renata...
Sua lista de "nãos" realmente é uma lista padrão. A vários destes eu disse "sim" e não fui feliz, agora é consertar.
Mesmo assim continua sendo difícil para mim dizer "não", você nem imagina quanto! Vai entender...
Oi Renata!
Sabe que eu tenho até uma certa facilidade com alguns nãos? Mas às vezes acho que ninguém mesmo fala não. Mas neste caso eu não fico tentando engolir não, largo pra lá e pronto...
Postar um comentário