quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Reflexões para o ano novo


O ano de Lil foi intenso, e não poderia ter sido diferente. A tentativa de mudança geográfica causou um reencontro interno que se consolidou. Descobriu que pode ser feliz em condições adversas e continentes distintos, porque sabe do que gosta, se assume em sua perfeita imperfeição e se respeita assim. Redescobriu que pode amar ainda mais o próximo porque ama a si mesma. Jargões a parte, na maturidade balzaquiana, 2014 trouxe realização interna e expressão desta em conquistas profissionais. Agora aceita sua outra cidadania de braços abertos, enfim.

Espera de 2015 mais romance pois agora se vê pronta pra isso. Que a saúde e a paz prossigam por aqui. Vem com tudo 2015, eu te quero!

O ano de Loris foi ano de mãe. Ano de ajeitar a vida. Mudar de cidade, adotar um gatinho (felino mesmo viu?), dedicar ao trabalho, cuidar da saúde (que deu um sustinho agora no fim do ano) e de sua filha de 3 aninhos que cresce e lhe dá rasteiras estratégicas no quesito: "me educa direito, mãe!"... Romances ainda em suspenso. Três anos sem romance é muito tempo, convenhamos...então, dá-lhe terapia! Retomando o trato da cabecinha para conseguir abrir o coração pra quem virá. E virá. Porque sozinho a gente não vive. Esperando que esse 2015 venha manso, cheio de amor, paz e saúde para viver o que tem de melhor nessa vida!

Déia teve um ano cheio de mudanças: deixou para trás tudo o que tanto amava e se aventurou, sozinha, em outra Estado para cursar seu doutorado. Teve que reaprender a viver em comunidade (pois mora em uma casa com mais 9 pessoas!), a lidar com a solidão, com as frustrações e a ter paciência com as manias alheias. Ela também chorou de saudade, ficou doente diversas vezes, sentiu muito medo e, mesmo assim, seguiu em frente. Déia encerra 2014 com a sensação de dever cumprido e com muito orgulho de si mesma e espera que em 2015 ela continue tendo coragem para seguir em frente de peito aberto e com um sorriso no rosto, apesar de quaisquer dificuldades que possa vir a ter.

Samira teve um ano cheio de trabalhos e movimentos em busca de um futuro melhor. Fez planos, desfez uns, concluiu outros, tirou férias, se aborreceu com o trabalho, com o namorado, ingressou num curso on line de inglês para acabar com seu preconceito, voltou a comer chocolate após um ano inteiro de renúncias e TPMs infernais, viajou, voltou, viajou de novo, conheceu 4 países diferentes, apresentou 4 trabalhos em congresso internacional, palestrou, fez as pazes, velejou, enjoou de Sampa, recebeu a família e muitos amigos em casa, visitou outros, sentiu falta da babilônia, fez 3 anos de namoro e que venham mais e mais, entrou na academia e agora trabalha no seu primeiro artigo científico e vem pra 2015 cheia de planos e com um frio na barriga para concluir o mestrado e fechar mais uma etapa de trabalho. E pra vida pessoal que venha o que for melhor.

Renata foi outra balzaca que teve um ano muito intenso: amou e se amou ainda mais, viajou, voltou à escola e fez um curso de um mês no exterior quando conheceu pessoas e lugares incríveis. Desapegou de muitas coisas, no rumo lento e constante ao minimalismo. Se decepcionou não com a Copa do Mundo, mas com a atitude das pessoas na Copa e nas eleições... Para 2015 deseja muita luz, muita sabedoria e muita força para todos, temos muito trabalho pela frente!

Andreia nem sentiu 2014 passar (e nem parou muito para pensar sobre...). Este ano foi de muito trabalho e de crescimento, sobretudo pessoal. Andreia é mais ela mesma, mais independente, mais feliz. Fez algumas escolhas e algumas renúncias (o que não é fácil).  Espera, assim,  ter encontrado um bom caminho para tornar seus sonhos realidade (em 2015, de preferência). Sorte e sucesso a todos, é isso o que esta balzaca deseja.

Mariana teve um ano mucho-loko, de luta, coragem e altas aventuras! O maior sentimento no momento de gratidão - apesar das tempestades, o saldo é positivo!
Para o ano que vem chegando ela pretende retomar os estudos (mesmo que de forma autônoma) e ouvir cada vez mais a própria natureza!

Gabriela encerra esse ciclo de 2014 com um sentimento profundo de gratidão. Foi um ano suado e a sensação é de ciclo encerrado, trabalho cumprido. Muitas oportunidades, novos aprendizados, maravilhosos amigos conquistados e amizades preciosas preservadas (até uma das balzacas daqui ela conseguiu encontrar!). Também consegue agradecer àquelas necessárias pedras no caminho, q mesmo que pesadas, foram essenciais para subir um degrau. Agradece a vida por provar, vez em sempre, que a gente não tem o controle de tudo, que nossa caminhada pode mudar de rumo repentinamente, mas que OK, tendo fé, se anda e se chega a lugares deliciosamente improváveis e inesperados. Está feliz por ser o que é, por estar onde está e exercitar o desafio de viver no aqui e no agora, aproveitando o presente que é se viver no momento presente. E diretamente de Cuzco, Peru, deseja que venha 2015 com cheiro de livro novo, um livro em branco prontinho para ser escrito, com cada vez mais sabedoria, por cada um de nós! Atravessemos!!!!

O ano de Gisele foi... bem, ela mesma conta como foi: Este não foi o ano em que, finalmente, senti que estou pronta, que “cheguei lá” profissionalmente. Não consegui trabalhar na empresa dos meus sonhos, nem me tornar a empresária dos meus sonhos. Não terminei minha pós, nem escrevi o livro que está prontinho, na minha cabeça. Este não foi o ano em que fiz grandes viagens, conheci lugares inesquecíveis ou fiz muitos novos amigos. Não perdi aqueles quilos odiosos, não voltei para a academia, não li os livros que me aguardaram, com cheirinho de novos, na prateleira. Este não foi o ano em que fui a shows, ou fiz grandes projetos de costura, ou fiz os armários da cozinha. As camisas e os saltos ficaram no armário, a maquiagem, abandonada, e os cabelos, quase sempre presos em um rabicó. Este ano não namorei muito, não fui ver todos os filmes que quis, nem fiquei à toa com meu bem o tanto quanto gostaria. Este, porém, foi o ano em que nasceu minha filha e, com muito menos, me tornei muito mais... Mais mulher, mais esposa, mais amiga, mais preocupada com outra pessoa, mais alegre, mais risonha, mais tranquila, mais maravilhada com a vida, mais amor, mais em paz. 2014 foi o ano em que me tornei mãe, em que me multipliquei. Este foi o ano que me fez novamente feliz. Gisele Lins, mãe da Olivia, deseja um 2015 cheio se simplicidades e felicidades para todos.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Sempre em frente, apesar de.


2014 foi, para mim, um ano de grandes decisões, de desacomodação, de enfrentamento dos medos, de superação de desafios, de realização de um grande sonho, de conquista de novas amizades. Mas também foi um ano de afastamento, de solidão e de saudade intensa.

Iniciei o ano me mudando para outra cidade, em outro Estado, para cursar meu doutorado. Isso foi, para mim, uma conquista imensa, pois há anos sonhava estar aqui nesta universidade onde agora estou, sendo orientada por esse meu atual orientador.

Essa mudança implicou ter que abrir mão do convívio cotidiano com meu esposo (convívio, esse, maravilhoso), do convívio com meu pai e meu irmão, do convívio com meus amigos queridos e, é claro, do convívio com os alunos que tanto amo.

Aluguei um quarto e fui morar em uma casa com quatro pessoas desconhecidas, com hábitos completamente distintos dos meus e com suas manias próprias. Não tive uma boa adaptação nesta casa e somente após quatro meses encontrei outro lugar para morar. E mesmo já tendo passado há tempos da fase da adolescência, fui morar em uma República Estudantil (quase toda de pós graduação)! Se chama República Cassino. Somos em 10 pessoas na casa. Eu e mais nove homens! Sim, eu sei que pode parecer loucura, mas foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Encontrei, finalmente, um lar e uma família. Esses meninos são como se fossem meus irmãos e eu os amo muito. E esse novo convívio ajudou um pouco com a solidão (que era muito grande) mas, com certeza, não abrandou a imensa saudade que me acompanhou ao longo de todo ano.

Apesar de ter aberto mão de todas essas coisas e de ter sentido muita saudade, foi um ano maravilhoso. Aprendi muitas coisas novas, conheci pessoas especiais, viajei muito, fiz novos amigos, recomecei a praticar esportes, convivi com novas culturas, e, de bônus, ainda passei o ano todo recebendo, vez ou outra, mensagens carinhosas de ex-alunos, dizendo o quanto fui importante e o quanto sentem saudade. Foi um ano de muito estudo e de muitas leituras, mas também de gostosas risadas, de bons filmes e, é claro, de algumas bebedeiras.

Se eu me arrependo de, em 2014, ter deixado tudo para trás para seguir meu sonho? Nem um pouquinho! Faria tudo outra vez! E mais outra! E outra ainda, se fosse necessário!

Tudo na vida passa tão depressa! Não quero, jamais, permitir que meus medos, dúvidas e inseguranças me paralisem.  É claro que eles sempre estarão presentes, mas acredito que eu posso sempre seguir em frente, ainda que apavorada! E foi isso que fiz em 2014. Segui em frente, apostando naquilo em que acreditava, apesar de todos as dificuldades.


Déia escreve aos domingos e espera, em 2015, seguir sempre em frente, superando todas as dificuldades e vivenciando ardentemente tudo o que a vida lhe oferecer de bom.

Escadaria da Faculdade de Educação da Unicamp. Vocês conseguem imaginar, meninas, o prazer que dá subir  uma escadaria dessas??? :)

Alguns membros da minha família aqui de Campinas. Uma pena que não estão todos presentes.

Alguns amigos maravilhosos que fiz por aqui e que levarei para a vida toda.
Mais amigos queridos que conquistei e que me acompanharam em uma excelente viagem.

Mas como a gente sempre volta para quem ama, essa foto é um lembrete da presença sempre constante do meu esposo em minha vida e da alegria de compartilhar com ele os bons momentos. Como esse, em que visitávamos nossa afilhada Gigi, nosso presente, nossa "Princesa de Fogo".

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Ano novo

Fim de ano é aquela época em que a gente sabe que nada realmente acaba e começa, é simplesmente uma troca simbólica de calendário, porque nossa cultura estabelece que seja assim.
Mas, na prática, é aquela época em que a gente se comporta como se fosse o fim do mundo, em que sentimos o peso de tudo o que queríamos ter feito até o dia 31/12, não fizemos (e, sejamos francos, não faremos) e agimos como se não fosse possível mais colocar tudo em dia.
Aí a ficha vai caindo, vamos adiando algumas metas de um ano para outro, finalizamos alguns projetos e entramos no ano novo cheio de esperanças. Eu pessoalmente uso esse recesso de fim de ano para começar a agenda nova, caderno novo, balanço do ano anterior e organizo novos planos. Mas confesso a vocês que isso está mais relacionado ao meu chamado “inferno astral” já que meu aniversário é em janeiro. 
Tirar um tempo para colocar suas coisas em ordem é bem legal, mas não precisa ser uma vez ao ano, não precisa ser no fim do ano calendário. Nessa época as pressões são tantas que pode ser que essa análise seja feita apenas por fazer, da mesma forma que a gente come 7 grãos de uva e come lentilha (eca). Esse processo é válido se for interno, se for legítimo, se for seu. Em qualquer época. Como dizia Carlos Drummond de Andrade, ao nos dar uma “Receita de Ano novo”:

Para ganhar um Ano Novo 

que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre.




Renata já deu início à construção do seu Ano Novo. 
E você? Conta pra gente seu ritual de ano novo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A fila

Cenário: fila de lancheria em aeroporto. Persongens: eu, narradora, interpretadora e crítica. Moça 1: a indignada. Moça 2: a desligada. Personagens secundários: mais de 10 pessoas na fila, poucos atendentes na lanchonete.
A história: dias atrás eu estava na fila de uma lancheria num aeroporto. Eu pressuponho que a grande maioria das pessoas que se dispõem a enfrentar uma fila dessas está a: com fome, pois sabe que vai pagar um preço abusivamente mais alto do que o produto vale e b: deve estar com pressa, pois ninguém está lá à toa, mas sim esperando seu voo.
Então, sendo eu uma pessoa nessa dupla situação de fome e pressa, pacientemente esperando na cada vez mais lenta fila, não pude deixar de ouvir a conversa e alto tom que as duas moças travavam logo atrás de mim. A moça indignada com uma companhia aérea que não queria deixá-la embarcar por motivos dos quais não tive conhecimento. A moça b concordando com tudo: que absurdo! Que absurdo! Realmente, que absurdo!
A moça a contou todo seu caso, como botou banca na situação, sendo grosseira e ameaçando os funcionários que, por fim, deixaram-na embarcar. Até aí tudo bem, uma história nada inédita, algum erro de sistema, seiláoque. Mas a moça, não satisfeita em alardear como tinha botado banca, me sai com um: só porque a Dilma ganhou, vai virar tudo putaria.
Peraí. Para tudo. Rebobina a fita que não entendi. Acho que a Matrix deu erro.
Mas, passado o susto, percebi que foi isso mesmo que ela disse. Eu não sou pró-Dilma (nem de perto) mas o que uma coisa tem a ver com a outra, Daphne, minha filha?
A moça a seguiu seu discurso sobre como esse país é uma m$%¨& e continua a piorar. Que tem coisas nesse país que não dá pra aguentar e essa coisa toda. Nessa altura eu já tinha adquirido meus produtos alimentícios a preço de ouro e não via a hora de pegá-los no balcão, me afastar de tanta ignorância e comer rapidinho antes que começasse o embarque.
Vocês já devem ter previsto o fim da história: a moça indignada com a putaria que tá virando “esse país” furou a fila na MINHA FRENTE! Para tudo de novo! Moça, há 5 segundos você estava falando sobre falta de educação, sobre os problemas “desse país”. Na moral, acho que os maiores problemas desse país se dão por esse tipo de atitude.
Vocês estão se perguntando: e aí, Renatinha? O que você fez? Deu um sermão? Mandou um “presta atenção”? Deu puxão de cabelo? Não, gente. Eu ando com tanta preguiça de gente assim, que nem me dei ao trabalho de falar com a moça. Acho que a reação dela ia me decepcionar ainda mais. No fim das contas, a atendente que tava atenta às movimentações da fila me atendeu por primeiro.


Renata escreve às terças e se indigna todos os dias.
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