sábado, 28 de setembro de 2013

Sonhava que estava sonhando


Não há como negar, estou numa fase de transição. Pela primeira vez na vida, estou desempregada. Por enquanto isso ainda não me preocupa. Mas ao mesmo tempo, sei que já é bom começar a botar a cachola pra funcionar em busca de uma solução.

Essa noite sonhei que voava (morrendo de medo – igual a Carla) de João Pessoa pra cá num avião poc-poc. No meio do caos aéreo, tive um sonho dentro de um sonho. Nele sonhava que comprei uma máquina de sorvete, um freezer e comecei a viver vendendo sorvete! Mas eram sorvetes criados, experimentações gastronômicas, pouco açúcar, pouca gordura, muito amor – delícia cremosa!

Mas essa transição não é apenas profissional. Tudo muda mesmo pra quem tem mais de trinta!



Mariana escreve esporadicamente e anda pensando se é idiota celebrar dez anos de vida do seu adorável cão e em como ela escreve de maneira desconexa.


sábado, 21 de setembro de 2013

A vida com Música!


Com toda essa especulação do Rock in Rio é quase impossível pra mim não falar de música. Minha vida tem trilha sonora e cada dia me surpreendo mais o quanto ela pode transformar o meu humor.

Isso acontece comigo quase que o tempo todo e posso ouvi-la mesmo que esteja tudo em silêncio.

Ontem a minha música foi: la bela luna. Estava saindo de um congresso e de repente lá estava ela. Linda, enorme, brilhante e bem na minha frente. Impossível pra mim não lembrar dessa música.

Quando eu era criança quase adolescente cresci com meu pai ouvindo Paralamas do Sucesso. Ele gostava tanto que contagiava a todas nós. Quando digo “nós” me refiro a mim e minhas irmãs (uma mais velha e outra mais nova). Minha irmã mais nova é minha irmã só por parte de pai, mas é considerada como a minha irmã mais velha que somos irmãs de mesmo pai e mãe.

Conheci minha irmã mais nova quando eu tinha 15 anos e ela quatro e sempre meu pai se lembrava dela quando ele via a lua. Meu pai dizia: “ como diz Lelê, olha : la bela luna!”. 

Ontem minha música tinha um quê de infância e a voz do meu pai (apesar de ser dos Paralamas)!

Por mais que eu pense
Que eu sinta, que eu fale
Tem sempre alguma coisa por dizer
Por mais que o mundo dê voltas
Em torno do sol, vem a lua me
Enlouquecer
A noite passada
Você veio me ver
A noite passada
Eu sonhei com você
Ó lua de cosmo
No céu estampada
Permita que eu possa adormecer
Quem sabe, de novo nessa madrugada
Ela resolva aparecer
A noite passada
Você veio me ver
A noite passada
Eu sonhei com você



A vida da Samira segue com trilha sonora, e a sua também tem música?



sábado, 7 de setembro de 2013

Necessidades do mundo moderno


Não tenho necessidade de viver do mesmo jeito que todos vivem.

Não tenho necessidade de possuir a televisão mais moderna, o melhor tablet (ainda nem tenho um!), o melhor celular (o meu tem 3 anos, e só agora está começando a dar defeito), o carro mais caro, nem de morar no apartamento mais bem localizado da cidade.

Não preciso ter os móveis mais caros, a melhor decoração do lar, as roupas de grifes mais famosas, os sapatos mais caros. Isso não me interessa. Não me diz nada. 

Mas todos me cobram essas coisas, justamente porque não me enquadro. E o problema é que não tenho necessidade de me enquadrar. Mas que essas cobranças são chatas, ah, isso são!

O estranho é que ninguém me cobra livros para ler. Ninguém me cobra filmes para assistir. Ninguém me cobra passear a pé e ver o pôr-do-sol. Ninguém me cobra músicas para ouvir. Ninguém me cobra o fim de tarde com amigos num bar. Ninguém me cobra os dias em casa, na rede, ou brincando com a cachorra vira-lata, que faz festa quando chego. E é isso que me importa. É isso que me interessa. 

O melhor não é o que eu tenho na vida, mas a vida que eu tenho! E confesso, eu gosto muito disso! Gosto de caminhar todos os dias. Gosto de ir ao cinema. Gosto de ouvir muita música sempre! E cantar, mesmo desafinando...! Gosto de ficar em casa, sim! Parece que a sociedade proibiu, censurou isso. Gosto de deitar na rede e pensar em nada de importante. Gosto de fins de tarde em bares, com amigos, rindo e conversando! Gosto de ser recebida em casa com alegria por um bichinho de estimação, quando chego cansada do trabalho. Gosto de ler livros que me acrescentem alguma coisa. E gosto de revistas em quadrinhos, para me distrair. Gosto de viajar, e adoro voltar para casa! Gosto de namorar, e me divertir com uma boa companhia! 

E tudo isso vale mais do que as necessidades do mundo moderno de possuir itens materiais que se tornaram símbolos da felicidade Mas são só coisas. Não são pessoas, valores, sentimentos. 

Desculpem, mais uma vez, o desabafo. Ando assustada com o comportamento da sociedade em que vivemos. Não consigo compreender essas necessidades, ou carências. 



Mini resumo: Tania tem tentado entender o comportamento das pessoas, mas se assusta com a falta de profundidade do pensamento atual.


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Gente

Gente que olha cardápio de padaria como se fosse manual de instruções de foguete em russo. Gente que responde a tudo com um sorriso. Gente que ama livro infantil.

Gente que pergunta o que quer saber. Gente que não quer nem saber.

Gente que dorme de olho aberto. Gente que ronca quando ri. Gente que ronca quando dorme. Gente com fotofobia. Gente viciada em Sol. 

Gente com pouca memória. Gente com muita memória. Gente que vive do passado. Gente que vive sem futuro. Gente que não se perdoa. 

Gente, gente! Tudo gente! Igual a mim. Igual a ti! Gente com feijão no dente, com pulga atrás da orelha, com a corda no pescoço. Gente que leva tudo a sério. Gente que leva tudo na brincadeira. 

Gente com chulé.

Gente que não consegue erguer uma sobrancelha só.

Gente que usa palavras dos outros para dizer o que sente. Gente que não sente.

Gente que sente demais. 

Gente que cozinha, que divide, que olha no olho. 

Gente que pede e que dá socorro. 

Tudo gente!

Mau motorista. Gente que vai pro Spoleto sem saber o que vai pedir! 

Gente que lê livro de auto-ajuda. Gente que não se ajuda. Gente que se veste diferente. Gente que ri de si mesmo.

Tudo gente!

E por que a gente não lembra disso, que gente é tudo gente, e trata os outros como trataria uma pessoa da família? Ou como gostaria de ser tratado? Não só gentileza gera gentileza, como lembrar que o manobrista, a garçonete, o motorista apressadinho são pessoas! Assim como eu e você.


Renata acha que a gente esquece que os outros são gente como a gente, e que lembrar disso pode deixar a vida bem mais legal!





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