quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O que vai e o que fica.


O que devemos fazer com algo que se quebra? Jogamos no lixo ou colamos os pedaços? Sinceramente, não tenho exatamente uma certeza do que devemos fazer quando isso acontece.

Ultimamente tenho decido juntar os pedaços e colá-los novamente, porque as coisas que andam se quebrando são valiosas de mais para mim para eu abrir mão delas.

Por menores que pareçam, elas tem lembranças e histórias, que me veem a memória só de olhar para elas. 

Às vezes acho que algumas coisas estão tão quebradas que não merecem consertos. Nesses casos devemos jogá-las fora, sem apego material ou emocional, para permitirmos que novas experiências preencham esse espaço, que estará vazio.

Difícil é decidir o que vai e o que fica. 

Acho que o imã de geladeira que quebrou ontem, eu vou jogá-lo fora hoje. 



Samira segue sem saber o que fazer com muitas de suas coisas, quebradas ou não, mas segue pensando nelas uma de cada vez...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Corrente do Bem

Corrente do Bem é o título de um filme muito bom (sério, super recomendo!) do ano de 2000. Sem spoilers, um menino lança a ideia de se fazer uma corrente do bem, como uma tarefa de casa, para a qual ele deveria pensar em uma forma de melhorar a sociedade.
Mas para ele não é só uma tarefa hipotética e ele passa a fazer o bem a pessoas e pedir que elas "passem adiante", num efeito pirâmide.


Lembrei do filme esses dias quando assisti no Fantástico uma reportagem com uma moça chamada Renata Quintella, qeu começou uma jornada também com a intenção de fazer o bem. Basicamente, ela sai à rua e pergunta a desconhecidos: "O que posso fazer por você?"
A reação das pessoas é muito emocionante! A gente vive sempre num ritmo doido, cada vez mais solitário, às vezes invisível. E alguém chega do além e te pergunta do que é que tu precisas! Muito massa!
Me emocionei com a reportagem, quis saber mais e fui buscar no Facebook a página dela. 
Me assustei com duas coisas:
1 - tinha criado uma página FALSA, logo que saiu a reportagem! Gentem, pra quê?!
2 - quando cheguei na página verdadeira, fui lendo e a pergunta que mais apareceu foi: Olhem, eu quero muito ajudar! Como eu faço?

Pasmei! Como assim, quer ajudar e não sabe como?!

Não precisa ajudar quem está em outra cidade, outro país ou outro continente! Eu duvido que perto de cada um de nós não existam várias pessoas que precisam de ajuda. Ou de uma gentileza. Ou do nosso tempo para ouvir, andar junto, dar uma força.
Se tu nunca viste uma pessoa que possa receber tua ajuda, olha pro lado com mais atenção. Se quer mesmo ajudar, as oportunidades estão surgindo o tempo todo! Não precisa ser nada grande, nem chamativo, nem sacrificante! Pode ser secar a pia do banheiro para a próxima pessoa usar o ambiente de forma melhor. Pode ser um elogio (sincero, óbvio!). Pode ser deixar uma flora na mesa da colega de trabalho. Pode ser escutar alguém desabafar. Pode ser ajudar a carregar as sacolas do mercado, o bebê, o cachorro. Pode ser ensinar alguma coisa. Dar uma carona. Dar um abraço. Prestar atenção na pessoa. 

E para isso a gente não precisa de uma rede organizada no Facebook, nem precisa orientação. Só precisa querer. E isso também gera uma corrente. Uma corrente de bem, de energia boa, de sensibilidade, carinho e solidariedade.


Renata recomenda muito esse filme, recomenda que vejam mais sobre a iniciativa da sua xará, mas pede que todos tentem se doar um pouco, fazendo uma corrente de bem! (Experimenta e conta pra nós!)








terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Resoluções de Ano Novo e o dedão

Todo ano é aquela coisa: a gente faz um balanço do que fez e não fez durante o ano, pesa o que foi bom, levanta o que pode ser aprendido com os erros. E faz uma lista de proposições para o próximo ano.
Atire a primeira calcinha amarela quem nunca fez uma lista de proposições para o ano novo! E digo mais, aposto que a maioria das listas contém pelos menos umas dessas promessas:
- emagrecer
- se exercitar
- guardar dinheiro
- viajar
- aprender uma língua estrangeira
Acertei? Não vou julgar ninguém, a minha tem essas coisas também. Mas além dessas, eu tenho pensado há um tempo em uma forma de melhorar o foco, aliviar a ansiedade, dormir melhor (vou fazer um post sobre isso). E comecei a ler e a tentar aprender mais sobre isso: conversei com pessoas que sacam muito sobre o assunto, conversei com pessoas que sofrem das mesmas coisas e tomam remédio, li blogs, textos e livros sobre o assunto. 

Na viagem de volta para casa, encarei um busão por 7 horas me sentindo super tranquila, um espírito evoluído: quando estiver comendo, coma. Quando estiver bebendo, beba. Quando estiver viajando num ônibus lotado num dia tri quente, viaje num ônibus lotado num dia tri quente.
Eu eu o Universo somos um só; todas as pessoas são um só. Compaixão. Empatia. Sorriso leve no rosto. Eu estava pronta. A viagem ia ser um sucesso! A vida ia ser um sucesso!
Até que a mulher sentada atrás de mim colocou o PÉ em cima do apoio de braço da MINHA poltrona! 
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! 
Como assim?!
E daí eu vi o ridículo, e a falta de profundidade do que eu sentia... uma coisa simples como um pé! Um pé de uma pessoa! Que nem me incomodava, nem me encostava! Nada! Só isso, um dedão perto de mim já me tirou do falso nirvana. Fiquei até envergonhada. Fiz as pazes com o dedão, e com as pessoas conversando no ônibus. Com o calor, com as horas de viagem, com o cheiro de salgadinho. - Quando estiver viajando, viaje. -  Li bastante, cochilei, olhei a paisagem da qual eu já estava saudosa. E sigo alerta, uma coisa por vez. Um dedão por vez.


Renata é viciada em listas, então nem é necessário comentar que há muitas outras promessas na lista. E você? Tem alguma?

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Leitura para reflexão: “Arroz de Palma”

Neste fim de ano de festas natalinas, quando muitas famílias se encontram, amigos realizam suas confraternizações, etc., vale a dica de um bom livro: “Arroz de Palma”, de Francisco Azevedo.

A leitura é fácil, e extremamente agradável! Nem parece tratar de um tema tão complexo, tão difícil, que é justamente a família. O narrador-personagem conta a história de sua família, desde a vinda de seus pais, de Portugal, para o Brasil, até sua vida, de seus irmãos, de seus filhos e netos. E o impressionante é como nos vemos na sua narrativa, como reconhecemos nossas próprias famílias, com suas coisas boas e ruins, com suas qualidades e defeitos, com suas semelhanças e diferenças. E, no decorrer da leitura, percebemos o quanto cada característica, de cada membro da família, é importante, e faz parte de nós. Percebemos que, mesmo quando estamos com raiva de um ente da família, quando nos desentendemos, ainda assim somos família, e essa convivência forma nossa personalidade.

Sem entrar em detalhes sobre a trama do livro, que surpreende ao longo da leitura, e não propriamente fornecendo uma simples sinopse, basta a informação que o autor faz analogia da família com a alimentação. Uma de suas frases mais interesses é “família é prato difícil de preparar”. E todos sabem que é verdade. Assim, o autor mostra que é preciso carinho, atenção, amor, disciplina, respeito, amizade, tudo aos poucos, sem exagerar, nem colocar a menos, para temperar a família. 

Enfim, um prato cheio para o momento de reflexão do Natal! Vale a pena se deliciar com essa leitura!



Mini-resumo: Tania adorou este livro, exatamente porque é simples, direto, e não se pretende ser um best-seller! Ele tem um conteúdo profundo, mas com uma escrita acessível a todos.




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