terça-feira, 26 de abril de 2011

O avanço dos malas

Com as facilidades virtuais de comunicação, que provêm novas formas de entrar em contato com as pessoas, mesmo as desconhecidas, surgem também as novas formas de mala.

Mala carente, mala intrometido, mala bonitinho, mala abusado, mala doido mesmo, e por aí vai.

Exemplos não faltam, e acredito que muitas pessoas vão se identificar com qualquer história que eu conte aqui.

Os casos mala na net vão desde os mais simples até os mais elaborados, que podem até causar prejuízos, destruir relacionamentos.

Há o mala clássico, cara de pau mesmo, que faz a gente se perguntar: será que essa cantada já colou?

Causo: vários colegas da pós me adicionaram no MSN, e eu não sabia o nome de todos. Adicionei todo mundo e fui vendo quem era quem. No final, havia um que não consegui identificar pela foto, perfil, nome, nada. Com toda a minha sutileza, que fica ainda mais “refinada” online, pedi:

- Nós nos conhecemos?

A resposta, típica de um mala metido a conquistador, foi:

- Não, mas podemos.

AAAAAAAA! Resposta errada. É óbvio que não podemos! Idiota. Mas com esse mala é fácil de lidar. Um excluir e bloquear resolve.

Tem o mala que se faz de sonso, como aquele marido de uma conhecida, que insiste em puxar papo, mesmo quando suas resposta são sobre a esposa e os filhos. Triste isso, viu?

Há aqueles malas que acham que vão te vencer pela insistência, e no meu caso incluo nesse grupo todos os caras comprometidos que me convidar pra sair. Aviso, publicamente, o que já disse várias vezes individualmente: não saio com homens comprometidos. Conforme-se. Estão sob observação temporária, se continuarem, serão também excluídos.

E por falar em amigo, o que dizer daquele mala que age como se fosse seu melhor amigo desde a pré-escola? Mesmo que tenha lhe conhecido há alguns dias? Nesse aspecto a internet colabora muito com o mala, que comenta suas fotos, posts, twitts e até a frase do MSN. Não façam isso, não é legal.

Tem o mala analfabeto, que insiste em tentar se comunicar virtualmente, escrevendo “incherga”, se você “querer”, “conheçe” e outras pérolas.

Lógico que tem aquele mala mais disfarçado, que se infiltra na sua vida e até convence de que não é mala. Aí quando ele descobre que pra você ele é só um amigo, surta. Esse mala é psicótico, e nem sempre a gente consegue fazer um diagnóstico precoce. Vale a pena ter cuidado.

Para encerrar este post, conto com colaboração externa, e muito apropriada de Gus Bottega: “Livrai-nos do Malaman”.

Renata espera que os malas de sua vida tomem um dose maciça de Semancol.

domingo, 24 de abril de 2011

Dúvidas Pascais

Como hoje é domingo de Páscoa, sei que muitos esperam que o post seja sobre esta data, sobre sua importância, sobre o quanto precisamos refletir e blá, blá, blá...

Pois bem.
Que assim seja.

Porém a reflexão sobre a Páscoa será um pouquinho diferente...

Para isso, tomo emprestadas as palavras do magnífico L.F. Veríssimo.

Vamos lá?


DÚVIDAS PASCAIS

Filho — Papai, o que é Páscoa?

Pai — Ora, Páscoa é… bem… uma festa religiosa.

Filho — Igual o Natal?

Pai — Parecido. Só que no Natal comemora—se o nascimento de Jesus; na Páscoa, se não me engano, comemora—se sua ressurreição.

Filho — Ressurreição?

Pai — É, ressurreição. Marta, vem cá!

Mãe — Sim?

Pai — Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler meu jornal.

Mãe — Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?

Filho — Mais ou menos. Mamãe, Jesus era um coelho?

Mãe — Que é isso filho? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu! Nem parece que esse filho foi batizado! Jorge, esse filho não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele soltar uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!

Filho — Mas Mamãe, o Papai do Céu não é Deus?

Mãe — É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.

Filho — O Espírito Santo também é Deus?

Mãe — É sim.

Filho — E Minas Gerais?

Mãe — Sacrilégio!

Filho — É por isso que a Ilha da Trindade fica perto do Espírito Santo?

Mãe — Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudo certinho!

Filho — Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?

Mãe — Eu sei lá! É uma tradição. É como o Papai Noel, só que em vez de presentes, ele traz ovinhos.

Filho — Coelho bota ovo?

Mãe — Chega! Deixa-me ir fazer o almoço que eu ganho mais!

Filho — Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?

Pai — Era, era melhor, ou então urubu.

Filho — Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, não é? Que dia que ele morreu?

Pai — Isso eu sei: na sexta-feira santa.

Filho — Que dia e que mês?

Pai — Hum… Sabe que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na sexta-feira santa e ressuscitou três dias depois, no sábado de aleluia.

Filho — Um dia depois.

Pai — Não, três dias.

Filho — Então morreu na quarta-feira.

Pai — Não, morreu na sexta-feira santa. Hum… ou terá sido na quarta-feira de cinzas ? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois ! Como? Pergunte à sua professora de catecismo!

Filho — Papai, por que amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?

Pai — É que hoje é sábado de aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.

Filho — O Judas traiu Jesus no sábado?

Pai — Claro que não! Ele morreu na sexta, ora!

Filho — Então por que eles não malham o Judas no dia certo?

Pai — É, boa pergunta. Filho, atende ao telefone pro papai. Se for um tal de Rogério, diga que eu saí.

Filho — Alô, quem fala?

Rogério — Rogério Coelho Pascoal. Seu pai está?

Filho — Não, foi comprar ovo de Páscoa. Ligue mais tarde, tchau.

Filho — Papai, qual era o sobrenome de Jesus?

Pai — Cristo. Jesus Cristo.

Filho — Só?

Pai — Que eu saiba sim, por quê?

Filho — Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?

Pai — Coitada!

Filho — Coitada de quem?

Pai — Da sua professora de catecismo!


(Luís Fernando Veríssimo)


Déia escreve aos domingos e, após ter rolado de rir com o texto, percebeu, chocada, que apesar de pertinentes, as questões levantadas pelo Veríssimo, na maioria das vezes, sequer passam pelas nossas cabeças...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Prazos

Eu queria saber por que é que só funciono com prazos... Quanto mais curto ele for, e quanto mais pressão eu sentir, melhor.

Nessa situação sou a pessoa eficiente e responsável que eu queria ser sem ter que sofrer tanto.

Se a deadline não é assim, tão improrrogável, a coisa muda de figura. Esse post é a prova: em breve estará online com data de terça (adoro!), mas estou escrevendo no sábado posterior, e só porque um temporal fez com os planos de viagem fossem cancelados.

E isso que o blog é importante para mim, não gosto de deixar furos nas terças! Mas como o prazo pode ser um pouquinho esticado, e as meninas perdoam numa boa quando acontece de furar, relaxei.

Mas penso que isso acontece com todo mundo: se não há prazo, cobrança, não se tem o mesmo rendimento. Levanta a mão aí quem declara Imposto de Renda no primeiro dia? Quem estuda só por estudar, e não porque tem prova? Quem tem seus relatórios do trabalho em dia, independente do prazo de entrega? Quem faz regime e malha o ano inteiro, não só na primavera, na famosa operação Bunda-Dura?

Ninguém? Olha, se você fizer alguma dessas coisas, está de parabéns. E saiba que você é minoria.

Acho que deve haver um componente genético que explique a necessidade de deadlines para que as coisas aconteçam.

Renata devaneia sobre os prazos e às vezes esquece que coisas importantíssimas não têm prazos. Pessoas não têm prazos. A não ser que se deixa passar muito tempo, então elas podem “expirar”.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Reencontro

Semana passada, terça-feira

Saindo da escola onde trabalho, no estacionamento, já dentro do carro, vi um jipe, parecido com um que tive, verde claro, capota de lona e alguns adesivos novos. Olhei, suspirei, pensei no tempo em que um carro desses foi o meu primeiro carro. Perguntei pro rapaz que trabalha na escola se sabia de quem era o automóvel - É de um aluno aí. - Hummmm. Tá bom, até amanhã. - Até.

Quinta-feira, da mesma semana

Saindo da escola, na varanda, avisto o jipe de novo, coçei a mão, a cabeça, quando percebo próximo a ele dois homens conversando, um era meu aluno. Passei, me despedi, e não resisti, perguntei - Esse jipe é de algum de vocês? - É sim, é meu. Me responde o moço que não era meu aluno. - Ahhh tive um jipe igual a esse, alguns anos atrás. - Vc é de Nova Lima? - Sou sim. - Vc se chama Silvia? - Chamo sim. - Esse aí é o seu. Olhei a placa, a capota, as rodas, morri, por alguns segundos, fiquei feliz e triste ao mesmo, com uma vontade louca de abraçar o carro, o que seria ridículo se o fizesse. Percebendo minha cara de nem sei, o moço abriu a porta do carro, me conta que tinha todos os documentos, recibos e revisões que eu havia feito, e pra melhorar ou piorar, não sei mesmo dizer, me anuncia que está vendendo o carro. Morri de novo. Que saudade.

Silvia escreve as segundas, esse texto era pra ter saído na quinta passada, dia do reencontro, com data de segunda, rsrs. Mas a cabeça rodava e os dedos travaram, fiquei com medo de chorar. Mas hoje foi.

domingo, 17 de abril de 2011

Brincadeira (?!?)

Na terça-feira dia 12/04/11, aconteceu aqui na minha cidade o seguinte fato:

Uma moça de 23 anos, negra, grávida de 7 meses, operadora de caixa de uma conhecida rede de supermercados aqui da cidade, foi abordada, enquanto trabalhava, pelo fundador da rede, um "digníssimo" senhor de 80 anos, que lhe perguntou:

"– Você sabe a semelhança entre um Fusca quebrado na esquina e uma negra barriguda?"

A moça, de início, não compreendeu a "brincadeira", ao que uma colega prontamente lhe disse:

"– Você não entendeu? Os dois estão esperando um macaco!"

Humilhada, a moça foi chorar no banheiro do supermercado. Sem condições de continuar trabalhando, pediu licença, foi para casa, e, mais tarde, procurou a polícia para formalizar uma denúncia.

Obviamente que tal caso obteve grande repercussão aqui na cidade e, é claro, todo mundo queria dar o seu pitaco a respeito (como, aliás, eu estou fazendo agora...).

Ora, é claro que eu sei que casos como esse ocorrem diariamente em diversos locais e não apenas aqui. Também sei que, infelizmente, nem todos tem a coragem que essa moça teve.

Mas o que me espanta, não é o fato em si (fatos como esse não me espantam apenas, eles, na verdade, me dão asco) e sim os comentários de algumas pessoas acerca do ocorrido.

Muitas pessoas (ainda bem!) reconhecem o absurdo de tal "brincadeira", ainda mais a moça estando grávida e, o que é pior, tal brincadeira ter partido de alguém com uma posição institucional hierarquicamente superior a dela. Outras pessoas, contudo, lançam comentários do tipo:

"- O que essa pobretona quer é dinheiro... Agora vai conseguir uma indenização enorme só por causa de uma brincadeirinha...

- Era só o que faltava... Agora só porque alguém ri de mim eu vou sair por aí aos quatro ventos querendo processar todo mundo?

- Essa aí agora conseguiu tudo o que queria... Deu uma de vítima, de coitadinha, ficou conhecida e, ainda por cima, vai levar uma bolada do cara que só quis fazer uma brincadeira com ela...

- Isso de querer processar o cara dizendo que ele chamou o filho dela de animal é ridículo! Então eu também vou me sentir ofendida toda vez que alguém me chamar de gatinha e vou querer processar... Afinal de contas, estão me comparando a um animal também, que nem no caso dela..."

Não consigo compreender como algumas pessoas possam achar normal alguém fazer esse tipo de brincadeira maldosa e de duplo sentido!

E o pior é que quando alguém, como é o caso dessa moça, decide não se calar diante desse preconceito velado, acaba sofrendo represálias, acaba sendo acusada de ser "um a aproveitadora barata", de "se fazer de vítima", de "querer aparecer" e por aí vai...

Lamentável!

Déia escreve aos domingos e acredita que nunca deixará de se espantar com a estupidez alheia...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Não é fácil ser eu, não, viu?!

O telefone toca. São sete horas da manhã de sexta-feira. Pra grande parte da população seria uma indecência estar dormindo a esta hora, mas pra quem trabalha fim de semana, dormir um pouco a mais na sexta é legítimo. É o meu caso. Quem seria o filho da puta sem educação? Meio dormindo, recuso-me a sair do aconchego da minha cama para atender. Trim trim trim. A faxineira entende que, como estou em casa, eu vou atender o telefone. Ledo engano. E ivo. Trim trim trim. Se fosse minha mãe ou minha irmã, ligariam no meu celular, o qual eu alcanço sem sequer precisar abrir os olhos. Parou de tocar. Um segundo se passou. Trim trim trim. Minha faxineira correu pra atender desta vez. “Ana, se for pra mim, estou dormindo, tomando banho, qualquer coisa!!!” Toc toc “Laeticia, é a fulana, disse que PRECISA falar com você.” Ai, Jesus, cadê meus sais? “Alô? Oi, fulana, tava dormindo sim, mas tudo bem, fala, em quê eu posso te ajudar a esta hora da manhã? A Ana? Qual Ana? Minha faxineira? Sei. Claro, ela tá aqui. Se você pode falar com ela pra ver se ela faz faxina pra você amanhã? Claro. Ana!! É pra você.”

**************************

O telefone toca. Já estou trabalhando. “Ei, Laeticia, tudo bem? Você não vai acreditar... Fulano vai casar dia primeiro de outubro.” “Ah, é? Que bom pra ele, uai!” “Você não entendeu, é dia PRIMEIRO DE OUTUBRO!!” “PUTA QUE PARIU!! No dia do show do Cold Play!! Mas que coisa, hein?” “Kkkkkk Pois é, então que eu vou no show da Shakira, na sexta e volto no sábado do Rio.” “Que merda...” Desligo o telefone meio revoltada, afinal, já tava tudo programado pro Rock in Rio, né? Decido passar um e mail delirante pras amigas só pra abrir meu coraçãozinho: “genteeee, que gente chata que é esta que decide se casar em pleno Rock in Rio? Já enrolou a menina tanto tempo, não podia ter enrolado mais uma semana?” Uma amiga não entendeu que era brincadeira e magoou...

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A noiva vai jogar o bouquet. A irmã do noivo, também casada, me chama pra pegar o bouquet com ela, só de brincadeira. A noiva troca o bouquet de flores por outro, feito de vários bonequinhos de Santo Antônio. Caem DOIS bonequinhos de Santo Antônio no meu decote. Como num filme, abre-se um clarão ao meu redor! Todas as solteiras avançam em minha direção, mais precisamente em direção ao meu decote. Entrei em pânico. Uma maluca pisa na barra do meu vestido lindíssimo, todo de seda e RASGA um pedaço dele. Fui tomada por uma fúria incontrolável!! Peguei os dois bonequinhos de Santo Antônio como um esfomeado que briga por um pedaço de pão!! Dei um pra uma criança que estava perto de mim e levei o outro pra casa, só de raiva. Olhei meu vestido lindo, com a barra rasgada, sangrando, quase chorei. Dá pra consertar. Mas o Santo Antônio é meu!!

Definitivamente, não é fácil ser eu!!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

And... we’re back

Após um curto (ou nem tão curto) período de férias, estou de volta à ativa.
Peço desculpas aos leitores do blog e às meninas que compartilham desse espaço comigo pela minha ausência.

Em minha defesa, eu juro que pretendia postar durante a minha aventura. Mas a coisa foi tão intensa, que até hoje eu olho pra trás e não sei como eu consegui! Afinal de contas, eu construí uma rotina na minha vida da qual eu me orgulho muito, e qualquer coisa que me tire dela me gera uma grande parcela de stress.

Foram 33 dias fora de casa. 5 países. Ainda não fiz a conta de quantas cidades.

Foi cansativo quase na mesma medida de que foi espetacular.

Tem algumas constatações dessa viagem que eu queria dividir com vocês:

1. Eu quero um marido suíço. Sim, eu sei que eles são frios e calculistas, mas não tem problema, eu supero.
2. Existem amizades que duram, e é muito bom rever grandes amigos.
3. É bom estar longe de casa, mas é muito melhor voltar para casa.
4. É muito bom viajar com amigas.
5. Viena é linda, pena que está cheia de austríacos.
6. Paris é linda, pena que está cheia de parisienses.
7. A Sicília é um país dentro da Itália que vale a pena conhecer.
8. Carnaval fora do Brasil pode ser divertido.
9. É possível manter um país inteiro limpo.
10. É bom viajar sozinha. Nos dá tempo para pensar na vida.
11. IL Divo é uma ótima trilha sonora para a Europa (bem como para todos os outros lugares e momentos da vida... rs)
12. A Toscana é supervalorizada. Linda, mas supervalorizada.
13. Minha vida é um eterno clichê.

Milena escreve aqui às quintas, feliz por estar de volta à boa e velha rotina.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A técnica Pomodoro

Gente! Nunca mais vou atrasar textos do blog! Nunca mais vou estudar de menos por distração de mais! Nunca mais vou me embananar e não dar conta do que tenho pra escrever/ler/estudar/fazer por enrolação minha!

Ah, agora começa uma nova fase da minha vida! Não, não vou morrer e nascer de novo. Pelo menos não que eu saiba.

O que houve é que descobri uma técnica MARAVILHOSA! A técnica Pomodoro! Simples assim, rápida, indolor. Eficiente. Um pouco difícil de começar, confesso, mas estou tentando.

Brincadeiras a parte, a tal técnica vem me ajudando, mesmo, a estudar, me concentrar e fazer o tempo render. É bem simples, consiste em 5 passos:

1. determinar a tarefa a ser realizada;

2. programar um timer para 25 minutos;

3. trabalhar até que o timer apite, então fazer um X ou uma marca numa folha de papel;

4. fazer uma pausa curta (3 a 5 minutos);

5. a cada 4 pomodoros fazer uma pausa mais longa (15-30 minutos).

Uma dica é deixar uma folha de papel e caneta para anotar os pensamentos à toa que poderiam distrair você. Quando tiver vontade de parar no meio do Pomodoro, anote o que você iria fazer, e faça depois. Serve também como auto-conhecimento, para ver que a maioria das coisas que o tiram do foco são pura bobagem.

Para quem está se perguntando: por que esse nome, Pomodoro? Explico: essa técnica foi idealizada por Francesco Cirillo, no início da década de 80, que usou um timer com formato de tomate (em italiano = pomodoro).

Eu venho usando meu lindo celular Pinky (sim, eu sou o Cérebro) com a vantagem de não ter que ouvir o tic-tac; mas o artefato em si pode ser escolhido conforme o gosto da pessoa.

Ainda não consegui usar 4 Pomodoros, mas a ansiedade diminui bastante com essa técnica. Os pensamentos aleatórios sabotadores, também. Aliás, eu estou achando ela tão legal, que penso que ela deveria ser vendida em 12 parcelas bem caras, nos canais de TV, com muitos brindes junto, como: timer em forma de tomate, berinjela e laranja (pra não enjoar); almofada para o bumbum e para o cotovelo; suporte para apoiar o queixo; apoio para sustentar o material a ser lido na altura dos olhos; caneca que não derrama quando a gente vira; com canudinho; equipamento para dar choque no caso de o usuário tentar se comunicar via MSN, Skype e afins durante o tempo de dedicação para a tarefa em questão e uns snacks e isotônico para o intervalo curto. Enquanto ninguém pensa nisso, vou usando minha adaptação caseira sem brindes, que vem dando certo.

Renata está quase acabando o intervalo e vai voltar correndo a um novo Pomodoro de estudos!


domingo, 10 de abril de 2011

Definições (?)

Não aceito nada que me defina inequivocamente.
Não tenho um começo, meio e fim.
A linearidade não faz parte de mim.
Não estou pronta, terminada.
Sou aquela que está sempre em construção.
Não aceito roteiros pré-determinados.
Não sou a chegada certa, definida.
Sou aquilo que ainda está por vir.
Sou a viagem, o caminho, com todas as suas surpresas boas e ruins.
Sou um coração intenso e exaltado, que dia e noite palpita violentamente.
Sou um desejo insano pela vida, em toda sua plenitude.
Sou toda exclamações, interrogações e reticências.
Se eu pudesse definir-me por meio de caracteres, seria assim:
!
?
...

Déia escreve aos domingos e será sempre aquilo que quiser, quando, onde e como quiser.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ainda a sina do ônibus

Semana passada esbocei um pequeno manual de etiqueta no ônibus, baseado nas minhas experiências, principalmente nas más.

Pela repercussão do texto, pude perceber que não sou a única a sofrer com as mazelas de conviver num espaço restrito com gente mau educada. E que nem sou tão intolerante assim.

Acabei lembrando de uma viagem que fiz de Caxias do Sul a Florianópolis. Uma viagem longa, durante uma noite inteira. Sentei bem na frente, já que nem sempre consigo dormir e assim poderia, ao menos, viajar olhando a estrada. O cidadão que sentou ao meu lado, logo que começou a viagem, dormiu.

E logo depois, começou a roncar. Não a ressonar, mas roncar, mesmo! Eu me mexi, na esperança de acordá-lo. Nada.

Tossi. Me alonguei. Passei por cima dele, fui ao banheiro, voltei, passei por cima dele.

Nada.

Se ele não estivesse roncando, eu juraria que ele estava em coma!

Aí, tive que apelar: cutuquei. Cutuquei no ombro e falava:

- Moço! Moço!

Adivinhem? Nada.

Sério, o cara só foi parar de roncar quando acordou, no outro dia, em outro Estado!

Em outro estado já estava eu, possessa da vida!

Mas desembarquei sem dizer palavra. Uns dias depois, na volta, quem senta do meu lado? Com toda a sorte que eu tenho, é óbvio que foi o lenhador!

Olhei pra ele e disse:

- Tu sentou do meu lado no dia tal, vindo pra cá.

O fulano mal teve tempo de dar aquele sorriso convencido de “Ah, tu lembra de mim!” e eu emendei:

- E tu roncou horrores, incomodou o ônibus todo. Eu tentei muito te acordar e tu não acordou!

O cara ficou lívido! Acabou falando que toma remédio pra dormir pois viaja muito e de outra forma não dormiria. Nessa viagem, ao menos, não tomou e ficamos horas conversando. Foi até engraçado.


Renata continua tentando achar engraçados os episódios vividos não só no ônibus, mas na vida. Às vezes, ela não consegue...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Da energia, ou sua falta


Cansada demais para escrever

pensando demais para imaginar

criando sem um plano B


Quando a fatiga o corpo atinge

a mente se ausenta,

ou trabalha incessantemente


Silvia escreve as segundas, por enquanto sua mente está suspensa, de idéias, de palavras, de animo.

domingo, 3 de abril de 2011

1º de abril!

Essa semana pus-me a lembrar do prazer inenarrável que eu sentia, antigamente, quando se aproximava o tão divertido 1º de abril.

Eu costumava ficar imaginando mil e uma maneiras de pregar peças nas pessoas e antegozava o prazer e a diversão de vê-las cair em minhas mentirinhas e armações.

É claro que eu ficava super atenta a tudo e a todos para evitar ouvir a típica musiquinha, cantada em tom de gozação, que indicava que você havia sido feito de trouxa: “Enganei o bobo, na casca do ovo...” (aliás, nunca pensei nisso, mas que raios a casca do ovo tem a ver com isso?).

Eu estava me sentindo feliz enquanto rememorava esses ótimos tempos idos, quando me dei conta de que o dia 1º de abril poderia, definitivamente, perder seu “status” de Dia da Mentira ou Dia dos Bobos.

Pelo menos aqui no Brasil.

Aqui nesse país somos obrigados a “engolir” todos os tipos de mentiras, desde as mais bem elaboradas (e que, portanto, às vezes demoram um pouco para vir à tona) até as mais estapafúrdias e deslavadas.

E, como se isso não fosse o bastante, ainda somos, diariamente, feitos de bobos, muitas vezes sem sequer nos darmos conta disso.

Ora, qual a necessidade de se ter um dia específico para a mentira e a enganação quando se vive em um país que é uma farsa durante os 365 dias do ano?


Déia escreve aos domingos e, lamentavelmente, viu suas lembranças felizes esvaírem-se ao se dar conta de que no Brasil o Dia da Mentira acontece todos os dias do ano!

sábado, 2 de abril de 2011

“A lagartixa bebeu água na fonte.”


Essa frase não tem nada a ver com qualquer assunto para uma postagem inaugural, eu sei. Mas eu fiquei travada para escrever e um amigo sugeriu dizer essa frase três vezes, de trás pra frente. Dizem que cura soluço, quem sabe ajudaria a dar o “start” no meu texto?


Já escrevi bastante sobre mim. Aliás, faço isso desde 2004, quando entrei pra esse mundinho “bloguístico”. Agora, estou eu aqui, feliz da vida, falando das experiências dos meus 30 anos. Confesso meu medo de falar besteiras (e o que estou fazendo aqui, agora, senão falando besteira?).


Bom. Repeti a frase conforme “indicação”, e coloquei uma coletânea de CDs da BLITZ para tocar. Presumo que vocês saibam que Blitz é uma banda dos anos 80. Desculpa, gente! Tenho um pouquinho mais de 30 e gosto muito das coisinhas de quando era adolescente. Mas gosto das coisas legais de hoje também. Vou fazendo releituras e misturando tudo.


Acho que funcionou! Vou falar um pouquinho sobre o que acho dessa fase e com o passar do tempo vou contando minhas histórias.


Nunca me assustei com os 30. Afinal as minhas preocupações não eram muitas. Podia continuar a viver curtindo e pronto. Mas quando a gente faz 30, passa a querer mais compromisso com a vida. A gente passa a querer assumir algumas responsabilidades que, talvez, nos transforme em mulheres mais fortes. Com laços bem atados, eu uma esperança de futuro. E os sentimentos vêm de forma mais intensa. É impressionante como a paixão vem com mais força nessa fase! A paixão pela vida. Essa que nos faz “mudar de fase no jogo”.



LorisB. mudou radicalmente sua vida desde que se apaixonou por ela. Resultado disso foram, a mudança no trabalho, o estado civil e o bebezinho que já dá cambalhotas na sua barriga.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fiz uma proposta pro meu marido. Ele ficou de pensar.

- Bola, pensa comigo.

- Hum (boca cheia).

- O Japão tá devastado.

- Hum.

- O Kadafi tá provocando guerra na Líbia e daqui a pouco tá tudo ferrado lá na Europa porque ele vai invadir a Itália.

- Hum.

- A Venezuela já tá fodida tem muito tempo. Cuba também. A economia mundial tá uma boa bosta.

- Hum.

- Você que nunca gostou de computador, comprou um notebook, um iPod e tá mandando e mail pra todo mundo.

- E o que é que tem? (de boca cheia)

- Bom, eu acho que a gente devia vender tudo que a gente tem! Inclusive minhas poucas jóias. Vou fazer um bazar com meus vestidos de festa também. A gente chama os amigos e vende a TV de LCD, home teather, etc etc. Vende tudo, menos a Laila e a Meleka, claro. Acho também que devemos pegar todos os créditos pré-aprovados que a gente tem e aumentar todos os limites do nosso cheque especial e dos cartões de crédito. (Bola para de comer e fica paralisado olhando pra mim com o sanduíche na mão, boquiaberto, com os olhos arregalados). A gente podia pegar empréstimos bancários também. E depois que eu fizer minha lipo e estiver recuperada, você pede pro secretário de saúde de Neves te demitir e eu saio da Lopes. (Neste momento, os olhos do Bola quase saltaram das órbitas e a Laila quase pegou o sanduíche da mão dele numa bocada só). Aí a gente pega as cachorras e sai por aí de carro, sim, porque um carro eu acho que a gente deve manter. A gente pode descer primeiro e depois ir subindo pelo litoral, o que você acha?

- (silêncio absoluto)

- Hein?! O que você acha?

- Eu acho que você se esqueceu de tomar seu remédio hoje, gatinha.

- Então! Acho que a gente devia pirar geral. Sair curtindo a vida. Ir em todas as festas, tomar todas, só se hospedar em hotel bacana, comer em restaurante bom, viajar muito e é isso aí!

- E qual outra idéia brilhante você tem?

- Ah, Bola, você sabe que droga eu nunca curti, né? Mas já que a gente vai morrer mesmo, de repente (momento merchandising) eu topo experimentar uns trecos lá na Holanda.

- Sei. Na Holanda. E como assim já que a gente vai morrer?

- Uai, bem!! 2012 tá aí e já que o mundo vai acabar, que acabe em festa!!

- Hummm (pensativo) Mas me fala uma coisa. Pra quê desperdiçar tempo e dinheiro com lipo?

- Uai, bem!! Já que vou morrer, quero morrer gostosa!!

Laeticia não acha que o mundo vai acabar e nem tem a menor intenção de estrepar sua vida, mas tem que arrumar uma desculpa pra convencer o marido de que PRECISA fazer uma lipo!!!
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