segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mais Sobre Conceito de Amizade


Já escrevi algumas vezes sobre amizade, mas o tema não se esgota. Tenho passado por um período em que antigas amizades retornaram, fiz novas amizades, e percebi que me afastei de outras amizades. Entretanto, não é a primeira vez que isso acontece, e acredito que aconteça a muita gente. Eu não acredito que distanciamento prejudique as amizades. Às vezes, ele é necessário, e, outras vezes, é inevitável. Seja por motivo de mudança de localidade, ou por mudança de comportamento, ou de trabalho, ou de mentalidade, a gente acaba se aproximando, ou reaproximando, de umas pessoas, e se afastando de outras. Algumas pessoas são somente conhecidas, ou boas companhias, mas outras são amigas de verdade.

As amigas não deixam de ser amigas por motivo de uma separação física, temporal ou ideológica. Tenho amigas antigas, que, por vários motivos, só encontro de vez em quando. E, mesmo assim, são amigas maravilhosas, que sei que posso contar com elas, e que elas podem sempre contar comigo. Não há cobranças por atenção, ou por estar mais perto. A gente se vê quando pode, e cada encontro é ótimo; é uma festa!

Outro dia tive uma notícia ruim, e mandei uma mensagem para uma amiga minha, dizendo que estava chateada (bendita tecnologia que nos aproxima!). Essa minha amiga me telefonou na mesma hora, somente para fazer graça, para alegrar meu dia! E alegrou! E sei que também já fiz isso.

E acredito que amizade está mesmo nesses gestos simples, sutis, que não exigem que se movimentem céus e terras, mas que acalentam a alma da gente.



Mini-resumo: Tania vai continuar escrevendo sobre amizade, porque sempre surge esse assunto em sua vida. E porque acredita em amizade acima de tempo, espaço e pensamento.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Da série: Coisas que me irritam (2 de infinitas) : O monólogo coletivo


Para as raríssimas pessoas que têm algum bom senso e/ou conhecem os radicais da língua mãe, um monólogo é algo que envolve uma pessoa. Não duas, não três, não quatro (como diriam os “repetidores”).

Mas eis que surgem, sempre nas horas mais inoportunas e de muito mau humor, os monologueiros coletivos. Aqueles que acham que é possível e aceitável fazer um monólogo no meio de uma conversa com outros seres humanos. Ressalto a espécie porque talvez o seu cachorrinho não se importe se só você falar, mas isso não acontece com outros seres humanos. E não, não importa quão boa é sua retórica, quão fascinante é a história que vocês está contando, ou quão importante é sua contribuição: quando você toma a palavra para si, e corta as tentativas de interação, não é mais uma conversa. É um monólogo. Não parece que é por causa das outras pessoas ali ao redor. Mas é. Para quem vê de fora por um curto período de tempo, parece uma conversa. Só que não.

Acho que pode haver alguns eventos raríssimos em que as outras pessoas calam e só ouvem, com prazer e voluntariamente, porque o relato é magnetizante. Mas esses momentos são raros. E pode apostar que nunca aconteceu com a maioria dos monologueiros.

O fim da picada ao fazer um monólogo às custas do tempo e paciência das outras pessoas, é reforçar que a palavra ( como se ela pudesse ser possuída), é só sua: cortar os mortais que se aventuram a fazer um comentariozinho naquela pequena e breve pausa para respirar. Ah, ainda bem que as pessoas têm que respirar, de outra forma haveria gente que começaria a falar com um ano de idade, e terminaria só no fim da vida. Mesmo surdo, sem nem poder ouvir sua voz, falaria só pelo hábito. Não porque alguém perguntou. Nem porque alguém se importa. Nem mesmo porque alguém escuta. Só por falar.

Falta de educação falar como se fosse o espetáculo que mais vale a pena no mundo de assistir. Só falta esperar que as pessoas agradeçam e deem flores no final. Falta de educação cortar os outros que estão falando. Se um não está escutando o outro, não é conversa. Na melhor das hipóteses são dois monólogos que acontecem nas pausas de respiração de ambas as partes.

Já experimentei deixar beeeem claro que não estou prestando atenção, como, por exemplo, lixar as unhas durante um episódio desses. E já experimentei falar: não leva a mal, mas você percebeu que me corta enquanto estou falando? Se quiserem fazer experiências assim, eu super encorajo, e espero que sejam melhores sucedidas que as minhas. Muito melhor sucedidas.

E um viva para as pessoas educadas, o poder de síntese, a autoestima que não depende de autoafirmação! Viva a conversa generosa, a troca, o ouvir atento!

Renata muitas vezes prefere o silêncio a monólogos egoístas que ela nem consegue entender, nem que queira.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Praticando a gratidão na dissertação


Nos últimos meses toda minha energia criativa estava dedicada a uma só coisa, ou melhor, três: dissertar, dissertar e dissertar. Só quem já passou por uma experiência do tipo sabe o quanto você se aliena da vida e não consegue falar, nem pensar em outra coisa. Deve saber também da culpa eterna que se cria: a culpa que habita dentro de si enquanto namora e não escreve, enquanto vê um filme, sai pra jantar, viaja ou vai pra festa e não se produz ciência. Resumindo: nem se vive, nem se adianta o trabalho. Mas enfim, sobrevivi, obstáculo vencido e superado (mesmo pensando que esse dia nunca chegaria). Benditos sejam os florais californianos!!! Bom, o fato é que não consegui produzir nada que não se relacionasse com esse momento.

Dito isso, numa espécie de justificativa de sumiço versus o desejo em mostrar “serviço” por aqui, decidi compartilhar com vocês o lado “poético” de um trabalho científico: os agradecimentos. Ouvi de uma colega que escrever essa parte era tão difícil quanto escrever a própria dissertação. Não tinha ideia do quanto. Achei por justo mencionar se não todos, grande parte daqueles que, de alguma forma, contribuíram na minha jornada e assim, me ajudaram a chegar até onde cheguei. Me perguntei se era normal escrever 8 páginas de agradecimentos. Como essa parte é livre e nossa, me permiti a quebra de protocolos (cultivo um anseio de querer sempre quebrá-los). No fim, o tiro não saiu pela culatra e os agradecimentos agradaram – e até emocionaram – a banca, especialmente a parte da Dedicatória, feita a meus pais. Numa espécie de ensaio geral adaptado do que foi essa prática de gratidão, me questiono:

Como não dedicar este trabalho a meus pais, meus maiores benfeitores nessa vida? Aqueles que sempre me incentivaram ao estudo e apoiaram minhas escolhas. Certamente sem esse patrocínio positivo amorosamente infinito, eu não chegaria até aqui. Por nunca medirem esforços para me ajudar, em todos os sentidos que um ser humano possa ser ajudado. Por, ao me ensinarem, terem feito essencialmente por meio do exemplo, deixando sua marca em meu coração, alma e intelecto. Por terem o dom de sempre me estimular, incentivando a sair da zona de conforto. Por sempre acreditarem em mim e no que eu era capaz, apostando no meu potencial de ser, estar e lutar nesse mundo. Por sempre torcerem com sinceridade pelas minhas vitórias, por serem gentis nas minhas derrotas, por serem justos nos meus tropeços. Por, mesmo nas maiores distâncias, se fazerem presentes em minha vida. Por simplesmente ser o que são, guerreiros, trabalhadores, honestos, amados e bondosos, me fazendo ter fé e esperança na vida e num presente e futuro bons.



“Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."
(Ana Jácomo) 



Como não me render ao protocolo e não agradecer especialmente a Deus? Afinal, foi Ele que me oportunizou (pelo menos é no que creio) uma das coisas que mais amo nessa existência: a dádiva da vida. Por Ele ser meu grande inspirador, pelas qualidades infinitas. Pelas bênçãos que derrama sobre mim, ao longo de minha existência. Por me segurar a mão e acalmar meu coração nos momentos nebulosos. Por alegrar meu coração nos dias ensolarados. Por me fazer companhia nos dias solitários. Por ter me abençoado com as maravilhosas pessoas que me cercam. Por nunca permitir que a minha fé acabe. Por fazer morada no meu coração. Por servir de porto seguro na jornada da minha alma. Por me fazer crer que a vida é boa.

E depois de Deus e meus pais, como não mencionar meus avós, pelo exemplo de luta e fé, por serem minha inspiração, por me fazerem sentir o tanto de amor e admiração que recebo deles? E meus irmãos queridos, de quem cuidei, quem tanto amo e por quem enfrento qualquer luta? Como não mencionar e agradecer à minha grande família de tios e primos que fazem parte de minha vida (graças a Deus!)? Afinal, sou tão feliz em tê-los sempre perto de mim. Como não agradecê-los pela força, torcida, amizade, cumplicidade, pelo seu amor?

Falando em amor, como atrever-me não mencioná-lo, esse que já faz parte de minha família, que me “aguentou” durante esses dois anos e meio, mesmos nos momentos menos aturáveis? Por ser meu amigo, meu companheiro e minha inspiração. Por acreditar em mim, nos meus sonhos, e por sonhá-los comigo. E claro, pela ajuda prática e objetiva na revisão e formatação do trabalho. Como esquecer isso tudo?

Pode parecer brincadeira, mas para mim seria impossível fazer uma lista de agradecimentos e não incluir minha querida “filhota”. Pretinha me fez abrir as portas da casa em Bauru (interior de SP, onde fiz o mestrado) e, assim, me abriu as portas ao maravilhoso mundo animal. Só tenho a agradecê-la por me tornar uma pessoa melhor e pedir que esteja presente alegrando a minha vida por muitos anos. E seria injusto não falar do Chico, o mais novo filhote da casa, por ter feito a “família” crescer e ser o vira-lata mais fofinho de todos os tempos!

Acredito que somos mestres uns dos outros nesta vida, e que ninguém aparece nela por acaso. Mesmo que não seja para sempre, mesmo que não dure eternamente, cada pessoa que passa deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. E aí, continuo me questionando: como não agradecer os bons amigos, aqueles que são a família que escolhemos? Como não lembrar das amigas de infância que me “sequestraram” para seu sonho acadêmico em Curitiba, e com as quais dividi momentos essenciais no meu processo de aprendizagem da vida, a dor e a delícia de “começar a ser gente grande”? Como não agradecer pelo seu acolhimento e de sua família, sendo que sem essa oportunidade, certamente não descobriria esse curso no qual me encaixo tão bem, como a Fonoaudiologia, uma de minhas grandes paixões?

E é claro que tive que recair no protocolo e agradecer aos professores e colegas da turma da graduação e pós-graduação. Com esses últimos, nosso dia-a-dia se torna mais leve. E sempre tem aquelas três ou quatro amigas especiais, com que a gente divide tantos momentos, bons e ruins, e com temos “devaneios” coletivos, viagens alucinantes pelo mundo complexo de Saussure que as professoras de linguagem insistiam em nos imergir!

Têm aqueles amigos também com que você divide a vida, a casa, o apartamento, as contas, alegria, tristezas e dificuldades, partes do processo de evolução e aprendizagem. Agradecer pela rotina agradável (ora nem sempre), pelas risadas e cantorias, pela amizade e companheirismo. Aqueles que hoje você vê e sente orgulho das pessoas que se tornaram, pelos profissionais que são e pelas famílias que constituíram. E você percebe que você fez parte disso e eles fizeram parte de você. Como não lembrar dos outros amigos acreanos que também compartilharam o momento de estar – tão – longe de casa (em Curitiba, Bauru, São Paulo, cidades que me acolheram nessa vida acadêmica)? E claro, como não agradecer ao povo que te acolhe, que de fato é tão acolhedor (mesmo em Curitiba, apesar das controvérsias), com quem muitos se mantém amizade, mesmo depois do tempo e da distância? Aos amigos que também são de longe, que se conhece ao longo da jornada, nada mais justo senão agradecer e torcer que se encontre sempre, em qualquer lugar do mundo.

E como não agradecer em especial àquela colega que se fez anjo em sua vida nas temporadas difíceis, por toda ajuda, por ter sempre uma palavra positiva, por te socorrer nos momentos que você mais precisou? Aquela que você agradece principalmente por ser mais que uma verdadeira amiga, mas por ser uma irmã de alma. Aquela cuja convivência se faz um aprendizado constante, principalmente de vida, e que você leva no coração para sempre.

E claro, como não agradecer aos queridos amigos de minha terra, Rio Branco, AC, que fazem parte de minha história e alegram meus dias? E àquela turma especial, a turma do curso de Coaching, com quem tive a oportunidade de dividir momentos únicos, mágicos e maravilhosos? Que compartilharam de meus sonhos, felicidades, medos, angústias, e que fizeram uma “torcida organizada” para que eu conseguisse chegar até aqui. A família que se ganha de presente da vida, amigos de alma, pessoas especiais e inesquecíveis.

Retornando ao protocolo, tive que agradecer ao estatístico que se prontificou a acudir minhas dúvidas mais esdrúxulas. Agradecer às Secretarias de trabalho que me apoiaram. Aos colegas de trabalho, pela convivência agradável e pelas trocas de saberes contínuas (especialmente às amigas “psi”), pelas trocas e possibilidade de aprendizado diário e por me fazerem acreditar num SUS que dá certo! Às colegas fonoaudiólogas, com quem junto comigo lutam, brigam, dividem anseios e também conquistas. Agradecer à banca honrosa de doutores, especialmente ao médico otorrino, pelo espaço e oportunidade de aprendizados mútuos e por ter me permitido fazer parte desse sonho, me fazendo acreditar que um trabalho transdisciplinar seja possível.

Sem dúvidas, agradecer de maneira muito especial a minha querida orientadora, pela oportunidade de ser sua orientanda. Por ser um exemplo de profissional, pesquisadora e, principalmente, ser humano. Por ser uma pessoa realmente admirável. Pelo seu acolhimento, carinho, suas orientações, “puxões de orelha”, lições de vida... por ter me aberto às portas do instituto e também de sua casa, quando mais precisei. Essas coisas a gente nunca esquece.

E para finalizar, como não mencionar e agradecer a todos os pacientes e suas famílias, os maiores motivadores de minha capacitação permanente, as maiores razões do meu aprimoramento profissional? Todo carinho e voto de confiança, todo o aprendizado? Por me ensinarem tanto: a valorizar a vida, a ter humildade, a ter garra para superar obstáculos, a ter gratidão e a nunca perder a fé? Eles fazem parte disso e seria impossível não lembrar.


Gabriela continua agradecendo e criando cada vez mais gosto nisso. E percebe que demora para escrever, mas quando escreve... não consegue mais parar! Para não perder o costume, agradece pela paciência e atenção até o fim.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Da série: Coisas que me irritam (1 de infinitas)

Andei uns dias meio irritada. TPM. Esses dias se estenderam por semanas e então: TPM de novo. Até que decidi deixar de usá-la como desculpa, embora ela tenha parte nisso, e aceitar. Sou ranzinza. Impaciente. Me irrito com muitas coisas. A Poliana sempre sussurrando no meu lado. um dia dei um tapão nela, que caiu de boca no chão e sumiu. E assim começa essa série, falando sobre as infinitas coisas que me irritam.
Foi difícil decidir por onde começar. Pensei em fazer listas: por ordem de irritação, por ordem alfabética, por ordem cronológica no decorrer do dia, sem ordem alguma.
Mas decidi falando de algo que me irrita demais e que me dá vontade de pular na garganta de quem faz: as repetições.
Eu mesma uso esse subterfúgio, principalmente na escrita, quando quero enfatizar. Por exemplo, para descrever algo que me irrita muito muito mesmo. Mas mais de duas repetições já é exagero. Mais de cinco é loucura! Ainda mais quando a pessoa está falando, pois ela tem TODOS os recursos para mostrar ênfase; pode gesticular, erguer uma sobrancelha só (bem, nem todos podem...), erguer o tom de voz, pular, sei lá! Muitos muitos muitos recursos. Mas não. Elas falam infinitamente a mesma palavra como se isso fosse fazer mais efeito do que dizer uma vez só. O único efeito que dá é fazer a gente querer dizer:  eu não sou surda.
Uma variação é aumentar a extensão dos exemplos: tinha dessa blusa em vermelho, rosa, azul, bege, laranja, verde, amarelo...quando podia dizer: várias cores. Por que falar palavras demais quando se pode falar a mesma coisa com menos palavras? Só pra ouvir sua voz? Pra ter tempo de pensar no que vai dizer depois? Por total esquecimento de que há outras pessoas ao redor e só querer ficar divagando? Por medo de que surja o silêncio? Tudo bem ficar em silêncio!
Então, se você tem essa mania horripilante de repetir a mesma palavra muitas e muitas e muitas vezes, e acha que esse texto é para você, é mesmo.
Se você não tem, não faça isso nunca!

Renata assumindo seu lado ranzinza.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Abrindo Caminho


Depois de meu completo desaparecimento, acho que agora finalmente estou de volta. Nesse período esbocei inúmeros textos, tinha vários prontinhos na cabeça, mas cadê forças e tempo pra escrever? A vida andou me pregando muitas peças nos últimos meses! Quebrei dedo, perdi dente. Desapeguei do trabalho, decidi cuidar mais de mim e dedico um tico do meu tempo todo dia a minha horta-jardim (aliás, alguém aí sabe como combater lagartas num pé de maracujá?). Fui do hospital com a mãe ao alto da montanha meditar. Meditar uma ova, me coloquei de castigo isso sim. Sabe quando a gente é criança e colocam a gente num cantinho pra pensar sobre nossas atitudes? Foi exatamente isso que eu fiz. Troquei a miniférias pelo castigo e não me arrependo nadinha. Pois bem, pode sair do castigo nêga. Saia do castigo e recomece, reinvente, se dê uma nova chance.

Nesse processo tenho um balancete parcial: acredito cada vez menos no que diz a TV e no que está escrito no jornal; pela primeira vez na vida me acho bonita; ainda me chateio com a ignorância e egoísmo do mundo (Funai, demarque de maneira digna as terras indígenas? Era tudo deles, tá tudo errado!).



  • Mariana andou perdida entre dentes, lagartas, hospital, montanhas e pensamentos, mas tem aberto seu próprio caminho, sem muita certeza do destino.
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