terça-feira, 29 de junho de 2010

Sentir, respirar, cantar

Perdoem a fraca alusão ao título do best seller, mas acredito que há passos para se chegar a qualquer lugar. No meu caso, o “lugar” é o cantar. Já escrevi aqui algumas vezes sobre o coral de que faço parte. Ao qual frequento, com minha filha, semanalmente, por mais cansada, ou irritada que esteja. Daí se pode ter a noção de quão prazeroso é.

Sempre tive o desejo de cantar, sempre gostei, mas era algo para mim e, no máximo, para os alunos do ensino fundamental.

Antes de cantar, é preciso sentir. É preciso querer se conhecer, se expor, se expressar. É preciso querer. É preciso amar.

Depois, é preciso saber: saber respirar, saber como funciona seu corpo, sua voz, o som. Saber a música. Saber com quem e para quem se canta.

Aí sim, canta-se! E é muito bom! É uma entrega. É um presente para si e para quem ouve.

Domingo o coral se apresentou no XIV Canta Caxias, um encontro de corais do município. E pude sentir em cada célula do meu corpo a energia dos outros cantores, do público, do regente que se empenhou demais... Senti o som do coral, um canto solidário, como nos ensinou a preparadora vocal, e não solitário, nos unindo e apoiando. Senti toda a expectativa, a adrenalina, toda a vida daquele momento!

Renata adora cantar, cada vez mais! Agradece a todos que a ajudaram a melhorar e a crescer: ao regente, à preparadora vocal e aos colegas! E parabeniza a todos!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Texto sem motivo para quem não tem interesse

Há dias em que a gente não tem vontade de escrever sobre nada. Estou num desses períodos. Não é que não tenha assunto, pois poderia escrever sobre coisas engraçadas do serviço, ou sobre coisas que me deixam indignada, ou sobre dificuldades que tenho para realizar algumas atividades, ou sobre falar sobre sentimentos. Poderia escrever sobre algum filme, ou sobre livros, ou shows, ou poderia escrever sobre lugares interessantes para ir.

Há muito assunto, mas não estou com vontade de escrever, de colocar no papel nada disso. E, como não quero escrever sobre nenhum assunto específico, resolvi escrever só para informar que não quero escrever!

Parece loucura? E é! Mas tem dias em que a gente acorda revoltada com absolutamente nada, pois não há motivo, além do aquecimento global, da corrupção na política, do mau uso do dinheiro público, da falta de educação das pessoas; realmente não há motivo para que a gente se revolte.

Assim, estando numa democracia, e sem motivo para me indignar, nem motivo para escrever nada hoje, resolvi reivindicar o direito de escrever para mostrar que não quero escrever! Achei que não tinha escolhido tema algum, pois afinal, minha intenção era não escrever, mas então percebi que meu tem se tornou justamente o fato de eu não querer ter um tema para escrever! Meus Deus, se continuar assim, vou escrever novelas para a televisão! Se ficar sem assunto, ou sem sentido, como está agora, pode ser novela das oito, de mais audiência, que geralmente tem um monte de temas polêmicos, para não se aprofundar em nenhum, e terminar sem sentido mesmo!

Enfim, acho que vou para por aqui, pois estou descobrindo que posso escrever sem querer, sem sentido algum, e pode ser que eu ainda tenha sucesso com isso! Não, eu não tomei alucinógeno, mas não me acordem, pois tenho certeza de que ainda estou dormindo!

Tania não queria escrever, e, depois desse texto, descobriu que pode escrever muito e isso não querer dizer nada!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Julgar e Ser Julgada

Nem me lembro qual período da faculdade eu cursava. Haveria prova oral de Direito Penal. O professor seria meu orientador no final do curso, mal sabia eu. Fui chamada, entrei na sala, respondi tudo que ele perguntou – eu adorava a matéria, então foi fácil – e depois ficamos conversando. Ele me disse: você tem cara de quem vai ser juíza. Na hora, nem titubeei em responder: Deus me livre! Julgar é tarefa pra gente sábia e eu não me acho apta a julgar ninguém não. Vou ser advogada. Mas meu professor não desistiu até hoje: quer me ver juíza ou promotora! E olhem que já vai tempo desde esta conversa!

Mas o que eu quero dizer é que julgar sempre me pareceu uma tarefa ingrata. Imaginem só! Cada um pensa de um jeito, age de outro e só me parece possível tomar uma decisão drástica quando estamos vivenciando o “drama”. Ontem por exemplo surgiu um assunto de aborto e eu falei abertamente que achava que o corpo é meu e dele eu faço o que eu bem entender, mas que, como nunca quis ter que tomar uma decisão tão séria, sempre fui precavida. Outra coisa espinhosa é o tal de matar. Já ouvi de tanta gente que nunca seria capaz de tirar uma vida! Pois eu me acho capaz. Basta eu imaginar alguém “meu” sendo agredido que eu já vejo sangue nas minhas mãos!

Então, nunca gostei de fazer julgamentos. E decidi tentar evitar julgar aos outros, né? Pra não fazer nada de que eu fosse me arrepender depois. Mas parece que uma praga me persegue por conta disto!! Vira e mexe gente que eu gosto muito me julga sem nem me dar chance de falar nada! Já fui julgada e condenada sem nem saber porquê! Gente que me virou a cara, que eu fui atrás pra saber o que tinha acontecido e se recusou a falar porque de repente eu tinha virado uma megera 

Algumas pessoas eu confesso que nem gostava tanto assim delas, mas tinha consideração. Mas mesmo assim, saber que eu tinha sido julgada e condenada sem nem saber o porquê me incomoda muito. E me magoa profundamente quando sou julgada por quem eu amo sem chance de dar minha versão dos fatos.

Olhem, não é pela minha formação. Eu sempre fui assim. Sempre quis ouvir tudo antes de começar a falar. Até quando eu dei um pau no menino que tinha batido no meu irmão, na época, pequeno, eu tomei o cuidado de perguntar o nome dele e se era ele quem gostava de bater em menino pequeno antes de sentar o borralho nele. E só bati no pivete porque ele olhou na minha cara e disse que era ele mesmo e que gostava sim de bater no meu irmão. Aí, nem julguei, só executei a sentença que eu mesma tinha dado: tapa na cara de valentão.

Aí deixei de ir numa festa porque tinha tido cólica de rins. Passei a noite no hospital tomando remédio na veia e não dei conta de ir à festa. Só que no outro dia eu tava boa e queria sair de casa, tomar um ar. Chamei o pessoal pra ver jogo em algum lugar. Pronto! Foi o suficiente pra acharem que eu não tinha ido pra fazer pouco caso da festa da minha colega e que não tinha tido cólica nada. Fiquei me sentindo uma caquinha. Porque de cara, o que ouvi foi: pegou mal você mandar esta mensagem pra fulana. E quem disse que eu tinha mandado mensagem pra dona da festa? Pra ela eu tomei o cuidado de telefonar, explicar minha ausência e só não chamei pro chope porque ela estava com o namorado, numa comemoração só deles. E eu tive chance de falar isso? Não, não tive...

E não tem jeito, viu. Eu fico mesmo chateada com estas situações. Porque eu não julgo ninguém assim, sem ouvir antes. E se quem faz isto comigo é gente que eu gosto muito, aí é que é complicado mesmo. Porque a pessoa devia me conhecer o suficiente pra saber que eu não faria uma grosseria deste quilate.

Laeticia está chateada. E não é com uma pessoa só.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sobre o futuro bem próximo...

Minha gente, né por nada não, mas os últimos dias antes das férias são os piores dias que se pode imaginar.
É como um inferno astral profissional.
Tudo dá errado. Tudo requer retrabalho, e não tem nada mais desgastante do que retrabalho nessa vida.

E tudo que você consegue pensar é que em pouco tempo você vai estar descansando numa praia deserta, ou num continente distante, ou mesmo no quintal de casa.

E que até lá, não haverá mais futebol no mundo.

Milena escreve aqui às quintas. Gostaria de passar 3 semanas em um continente distante e deserto, mas em breve estará visitando amigas queridas por esse Brasil afora =)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Definições


DEFINIÇÕES (tristes) DO MATRIMÔNIO
1.“Ato religioso através do qual se cria um Cristo e menos um virgem”.
2. “Intercâmbio de mau humor durante o dia e de mau odor durante a noite”.
3.“A única sentença de prisão perpétua que só é revogada por mau comportamento”. A interdependência ainda é vista como uma perda de liberdade e não como uma união para uma construção a dois.
4. “Situação em que a mulher não obtém o que esperava e o homem não esperava o que obtém”. Mostra que ambos casam-se com expectativas em relação ao consorte diferente da realidade. Cada um faz uma imagem irreal do outro.
5. “Matematicamente: soma de afetos, diminuição de liberdade, multiplicação de responsabilidade e divisão de bens”. Não estamos preparados para compartilharmos uma vida em comum. Guardamos ainda nossa individualidade.
6. “Principal causa de divórcio”.
7.“Processo físico-químico através do qual uma uva se converte em abacaxi”. “Uva” é a imagem ideal física e comportamental que fazemos do cônjuge; abacaxi a imagem real que encontramos.
8. “A forma mais rápida de engordar”.
9.“A única guerra em que se dorme com o inimigo”.
REFLEXÕES (absurdas) DA VIDA A DOIS
1.“Serve para resolver problemas que nunca teria se continuasse solteiro”.
2.“Se não fosse o casamento, muitos maridos não teriam nada em comum com as esposas, nem o endereço...”.
3. “O homem solteiro é um animal incompleto, o casado é um completo animal”.
ANTES E DEPOIS (do que?...)
1. “Antes: duas por noite; depois: duas por mês”.
2. “Antes: me deixas sem respiração; depois: não me aperta, caramba!”.
3. “Antes: não pare ; depois: pode parar”.
4 “Antes: febre de sábado à noite; depois: futebol no final de semana”.
5. “Antes: o som da música; depois: o som do silêncio”.
6. “Antes: estar a seu lado; depois: fique na sua”. A companhia, o companheirismo, torna-se hostilidade.
7. “Antes: não sei o que faria sem você; depois: não sei o que faço com você”.
8. “Antes: erótica; depois: neurótica”.
9 “Antes: parece que estivemos sempre juntos; depois: estamos sempre juntos”.
10. “Antes: adoro como você controla a situação; depois: você é um manipulador egoísta”.
11. “Antes: ontem fizemos no sofá; depois: ontem dormi no sofá”.
12. “Antes: era uma vez; depois: fim”.
Várias são as motivações que levam as pessoas a se casar. Muitas se casam cumprindo uma programação psicológica. Nesses casos, a decisão do casamento não é feita de forma autônoma, mas obedece a um "plano inconsciente de vida", elaborado na infância, a partir das influências das figuras parentais.
Seja como for, os casamentos muitas vezes acabam de modo infeliz, embora estivessem, marido e mulher cheios de bons propósitos. Chega-se a um ponto de intoxicação mútua, nada mais deixando entrever do "amor" que os unia. Aquele "grande amor", que foi se esvaindo ao longo de uns tantos anos do dia-a-dia, parece ter sido uma grande ilusão.
O CONJUGO, primeira palavra da liturgia do matrimônio, passa a ser, tão somente, um "jugo", armação pela qual duas pessoas permanecem atadas, por causa dos filhos ou por motivos de outras ponderações.
O casamento impõe obrigações que visam ao aperfeiçoamento mútuo, ao crescimento moral e espiritual de cada um, pela fidelidade aos compromissos matrimoniais, pela guarda, sustento e educação dos filhos. As leis que regem a união conjugal são elaboradas pelos seres humanos com o objetivo de proteger a Família, ponto de partida de qualquer organização social..
Por isso, o ideal seria que só se casassem pessoas conscientes de tal fato e com um "script" de vida construtivo, para evitarem decepções mútuas.
Autor desconhecido, texto modificado
Lil escreve aqui esporadicamente.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Canção - Cecília Meireles

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.

Renata colocou vários sonhos em navios. Alguns por gosto, outros não. Espera que alguns deles encontrem o caminho para casa...
Até lá, vai fazendo novos sonhos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Piuí.....


E o dia passou, correndo, voando, enquanto eu pensava nas férias, nas velas, nas aulas, nas provas, nos extras, nas folgas. Enquanto eu olhava os minutos sem jeito, sumindo de mim. E nem bem cheguei em casa, telefone, provas, agenda, a mochila de amanhã e no meio uma torrada, um chá frio mesmo que não dá tempo de esquentar, não posso parar. E fui passando desembolada, amanhã o dia é cheio, quase como se eu não existisse, mais um, eu aceito e tô pegando, afinal quem quiser apreender alguma coisa pode me ligar que eu ajudo, só não sei se no meio disso tudo terei mais vaga, mas se der eu topo, afinal um dinheirinho a mais sempre vai bem. Mas vou passando em revoada, sem pensar realmente no que farei com ele, fazendo tudo ao mesmo tempo, sonhando com as férias, que vou viajar, mas sonho mesmo em dormir. Agosto já está aqui, na beirada me espreitando. E vai passando a vida numa correria danada como um trem que passa e a gente sem querer não vê.

Silvia escreve as segundas, cada vez mais, corrreeendo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

São Tantas Emoções!!!

Definitivamente eu estou ficando muito emotiva. Nunca fui muito chorona, muito melosa. Pelo contrário, já me chamaram de seca. Nunca fui muito de ficar dando beijinho, abraço, meu bem pra lá, minha querida pra cá. Mas de uns anos pra cá, sinto que algo está mudando.

Livros sempre me emocionaram; filmes, alguns antes, agora muitos; mas mensagem de e mail e notícia de jornal não eram coisas que falassem ao meu coraçãozinho. Eu via lá altas tragédias e pensava: que desgraça, meu Deus. E pronto, né? Basicamente rezava um pouco praquelas pessoas, mas lágrima que é bom, necas de catibiriba.

Ah, gente, mas aí teve um dia que eu vi um documentário no Animal Planet – sim, eu assisto ao Animal Planet, amo bichos – e passaram Christian, the Lion. Gente, quase desidratei!! Aquele leãozão gigante lambendo a cara dos “pais” dele depois de um tempão na selva. Chorei até falar chega de tanta emoção!!

Outro dia minha mãe mandou uma mensagem entitulada “Aos Meus Filhos”. Abri meio sem saber do que se tratava – afinal, como ela tem 3 filhos, podia ser desde um simples bom dia até um esporro por algo que inadvertidamente poderíamos ter feito – e me surpreendi com uma mensagem linda. Pronto, chorei de novo!!

Ontem recebi também da minha mãe um vídeo do Charles Aznavour cantando com duas netas. Gente, não é que meu coração palpitou de novo? Que coisa mais linda!! E agora ainda fiquei até murcha de saber que o Saramago morreu... não que o velhinho fosse perfeito, ninguém é e ele ainda era comunista, mas poxa, que perda! O mundo ficou pior sem ele.

Ainda neste minuto liguei na oficina pra saber se a seguradora tinha liberado o conserto do meu carro e Fernando, o personnal mecânico da família, me disse que tinham liberado, que ele já tinha começado e que meu carro tava quase pronto.

Não me contive, caí em prantos!!!

Laeticia está se tornando mais emotiva de verdade, mas a praticidade não deve ir embora nunca rsrs

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Desabafo

Eu odeio futebol.

Não gosto do jogo. Não gosto das regras. Não gosto das táticas.

Eu desprezo a copa do mundo.

E eu acabei de tomar um pito por um assunto envolvendo futebol.

LIFE SUCKS.

Pronto, falei.

Milena está amarga hoje.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Dias e dias

Tem dias em que vejo a vida como uma corrida de obstáculos. À noite, penso no dia que passou e no dia que virá e sinto uma angústia: será que vou conseguir?

Corro contra mim mesma, contra o tempo, contra os compromissos que se acumulam e se empilham como folhas de outono.

Tem dias em que me sinto esmagada sob eles.

Tem dias em que me sinto vitoriosa por ter chegado ao final. E descubro que a nova etapa tem um circuito bem maior, com obstáculos bem maiores.

Tem dias que tenho vontade de sentar no cordão e ver a vida passar. Deixar tudo correr no seu ritmo, sem ter que fazer tanto esforço par vencer, para fazer acontecer, para ser feliz.

Renata está num “daqueles dias”...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Para quando vale a pena dividir

O Valioso Tempo dos Maduros... (Mário de Andrade)

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa… Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade…
Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!

É, e acho que tenho vivido assim, nem todos percebem, infelizmente, mas a gente muda, ainda bem, e quem nos acompanha.... vem junto, e caminha com a gente, pro quê realmente importa.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Tranquila

Luz, campainha, café, carro, filho para aula, motorista, manobrista, malabarista, sinal, unha, roupa para lavar, passar, cortar o cabelo e secar, sobrancelha, empregada nova, pedir demissão, pegar no pet o cão, para uma rima pobre vale a distração, ensaio, aluno, folha de ponto, funcionário padrão, saída, três blog´s, um e meio, seis e ainda não vi o sol, vai passar, vai voltar ao normal... Feira, faxineira, médico, depilação, notícia boa, pagar cartão, comprar flor, trocar o colchão, limpar a casa, exame, pedir pão pelo telefone, pizza, vinho, frio, quentão... Ligar para meu amigo, análise, relatório, beijo, programação, não dá para ver nada na TV, pagar a água, apagar a luz, trocar a roupa por outra melhor, comprar meia...correr do frio, correr no frio, arrumar a cama, cortar as partes chatas da vida, escrever para as amigas virtuais com mais de 30, vai dar tempo hoje, hoje eu mando... Esporadicamente eu posso, eu quero... Voltar ao normal... Stressdorum, esqueci de ligar para o Escolar, e o almoço de amanhã? Convite para nova coordenação, meu sapato furou, meu filho está lindo de cabelo novo, dever de casa, tabuada, excussão... Muita viagem eu quero a minha vida de volta! Vou sair agora e comprar um presente!


Juliana escreve esporadicamente.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sobre linhas e obsessões

E daí que eu sou uma pessoa obsessiva.

Sério gente. Não acreditam?Tô falando...

Mas quando me obceco (palavra estranha né?) com alguma coisa juro que isso chega a atrapalhar a minha vida social. Eu sempre penso que se eu usasse toda essa energia para o bem, o mundo seria um lugar muito melhor para se viver. Mas não, eu uso energia para ser obcecada.

E se vocês querem mesmo saber, eu culpo é a minha mãe. Minha mãe nunca me deixou colecionar nada na infância. Ela não achava legal a obsessão das crianças por figurinhas, tampinhas de lata de cerveja, caixinhas de cigarro, insetos mortos, e por aí vai.

E veja você no que foi que eu me tornei.

Mas tá, eu sei que você está aí pensando porque é que eu toquei nesse assunto?

Foi pra contar para vocês da minha mais nova obsessão: as linhas Coats Corrente Cadena. Óóóóóunnnnn.

Ui. Só de falar o nome já me surge uma felicidade instantânea.

Sim, porque eu sou dessas que fica muito feliz em saber que existe por aí (embora não seja fácil de encontrar) linhas 100% algodão, com cores lindas, prontas para enfeitar meu cantinho de costura - e se um dia eu me desapegar, até alguma peça que eu venha a costurar com elas!

Mas como eu sou uma pessoa que geralmente tem pouca sorte quando o assunto é comprar coisas, não vendem Corrente Cadena na minha cidade.

Na cidade grande que é vizinha da minha, achei 6 cores em um armarinho e a vendedora nem sabia que era 100% algodão.

Na 25 de março as pessoas me olhavam como louca quando eu perguntava se tinham Corrente Cadena e me respondiam que não, mas eles tinham Corrente Laranja (que imaginem vocês, não é 100% algodão).

A quem interessar possa, achei numa loja chamada Armarinhos Metrópole, dentro de uma galeria na rua atrás da 25 de março, um display cheinho delas =)

Felicidade define.

E por aí vai a minha obsessão.

Ah, se você souber do que eu estou falando, souber onde vende e ainda quiser fazer um favorzão de utilidade pública, esperamos seu comentário!

Milena escreve aqui às quintas. Sempre obcecada com alguma coisa.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Pequenas ironias de uma vida pequena

Cuida-se mais da privacidade do peso da balança do que da senha do caixa eletrônica.

As pessoas ficarem irritadas por serem tratadas com grosseira, mas sentirem-se melhores ao tratar os outros com grosseria.

Pessoas que se conhecem nem se cumprimentarem. Exceto, talvez, por Orkut.

O dia ter 24h para todos e algumas pessoas nunca terem tempo para nada.

Gastar uma grana estudando, viajar, pagar inscrição de concurso, hotel, ônibus, táxi, alimentação, sentir stress concentrado ... e não passar.

Saber que o homem perfeito existe. E não está nem aí para você.

Saber que o único jeito de ganhar, às vezes, é perder.

Renata não cansa de se surpreender com as pequenas ironias da vida. Como este texto, escrito no futuro e postado na terça-feira.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

É ou não é, eis a questão


Sempre tive , a imaginação fértil, acho que todo mundo nasce assim e com o tempo a gente muda, esqueçe como é ou piora. Não sei dizer como tem sido comigo, só sei que acredito em praticamente tudo, até que me provem o contrário. E, sinceramente adoro acreditar em contos, estórias, espíritos, tudo, tudo mesmo. Parece que o mundo fica mais bonito e prefiro ele assim. Já sei que no Natal quem compra e sempre comprou presentes foram meus pais, mas será que não existe um velhinho ou vários que fazem presentes, compram ou disribuem doações no Natal. Claro que sim!!! E ele mora na Lapônia!!! Agora se as renas dele voam aí já não sei não, mas que ele anda de trenó ele anda.

Bom, de qualquer maneira, sempre fui assim, vejo sombras no escuro e PUM, me parece algo mais. Meu gato que já sumiu a anos, minha vó, a bisavó, gente que nunca vi e por vezes até fadas e gnomos. Coisa de gente boba né! É o dizem alguns. Mas sou assim, fazer o quê. As vezes tenho medo, muito mesmo. Me consome e não consigo dormir. Acendo uma vela e peço proteção dos anjos da guarda, do coelhinho da Páscoa, do Papai Noel e Papai do Céu, de Batman e Robin também, em fim de quem estiver por perto que me façam fechar os olhos e os ouvidos pois preciso dormir, amanhã tenho que acordar cedo. Nem sempre funciona, mas nem sempre acredito e a gente tem que acreditar né, tanto pro bem vir quanto pro mal sumir.

Fazer o quê né, nasci e permaneci assim, o monstro do armário já era e a mula sem cabeça também, mas o que não tem explicação, nem pra sim nem pra não, ihhhh. Vai saber.

Silvia escreve as segundas.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Curioso Caso de Meleka Button

Tudo começou com um e mail bem covarde da minha irmã, pois ela sabia que meu coração mole não resistiria. Era uma pobre mãe, desolada, em busca de um lar para sua companheira de anos, uma Cocker caramelo linda! Esperta, carinhosa... pronto, eu já estava perdida pela Meleka.

A Meleka, gente, é a coisinha mais gostosa do mundo! Esperta! Vocês têm que ver. Ela tem 10 anos (já tem um ano que eu a adotei), tá ceguinha do olho direito e quase cega do olho esquerdo, toma remédio todo dia porque teve leishmaniose, os quatro dentes incisivos superiores caíram em virtude da idade, falta uma unha da pata traseira esquerda, mas nada disso faz com que ela seja menos linda.

É certamente uma das cachorrinhas mais carinhosas que já tive. Ciumenta também. Muito ciumenta. Inclusive tenho uma cicatriz dos ciúmes dela no braço, de uma vez que levantei a Laila no colo e a Meleka simplesmente surtou e pulou pra pegar a Laila. Instintivamente, levantei os braços e aí me estrepei. Tomei a mordida. Ainda bem que ela é meio banguela rsrs

Enfim, mas o que mais me impressiona na Meleka é que ela parece não saber que tem a idade que tem! Ela brinca, pula, dança!! Escuta barulho de chave e enlouquece querendo ir pra rua!! A bicha não pára nenhum segundo. Tem dias em que estou morta de cansada, chego do trabalho exausta e lá vem a Meleka soltar seus 15Kg de energia em cima de mim. Ai, Jesus, ainda vou acabar me machucando rsrs

Aí outro dia fiquei pensando: a Meleka é parenta do Benjamin Button!! Só pode ser isso!! Sabem o filme? O Curioso Caso de Benjamin Button? O cara nasce velho, velho, todo estrumbicado, mas com cabeça de neném. Aí ele vai rejuvenescendo na medida em que passa o tempo e amadurecendo a cabeça, claro. Chega num ponto em que há o encontro entre a idade do corpo e a da cabeça. Mas depois deve ter sido um inferno porque o cara foi ficando com corpo de adolescente, criança, bebê e totalmente esclerosado.

Acho que a Meleka é assim também. Ela tá toda estrumbicadinha, coitada, ceguinha, banguela, não escuta direito, toma remédio pra leishmaniose todo dia, tem uma mama meio cancerosa, tá na menopausa... velha, velha e esclerosada. Só que tem uma energia impressionante!! Ela brinca e pula o tempo todo. Não cansa hora nenhuma!!

E pega bolinha, traz bolinha pra gente jogar, aí pega uma meia, arrasta pela casa inteira, solta a meia. Aí vai lá e pega o outro pé da meia. Arrasta, arrasta, arrasta meia pela casa. Quando eu consigo pegar os dois pés de meia, aí lá vem bolinha de novo. E sobe no sofá, desce do sofá, tenta, mas não consegue subir na cama. Puxa colcha, puxa edredon, deita na almofada. Quando eu penso que ela vai ficar quietinha e chego perto pra conferir o ronco dela, ela dá um pinote e começa tudo de novo. A Meleka acha que é uma criança ainda!! E quem vai embalar esta doida por muito tempo ainda sou eu!!

Laeticia está paralisada: a Meleka acabou de derrubar um copo de coca cola no sofá limpinho.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Médicos e médicos

Sinto uma dor há alguns anos já, que nunca investiguei porque era bem esporádica. Agora que passou a durar horas e as crises têm dias, no máximo, semanas de intervalo, resolvi buscar a causa e a cura.

Fui a um ortopedista que logo matou a charada: ah, tu escreves muito no quadro, é isso! E abriu um sorriso vitorioso. Não, expliquei eu, escrevo pouco no quadro, meus alunos têm 6 anos e faço poucas atividades no quadro. Ele pediu ansioso: mas tua dor irradia para o braço, não é? Não, expliquei, como já disse, ela não irradia para o braço...

Fui a uma neurologista que logo matou a charada: ah, tu escreves muito no quadro, é isso! E abriu um sorriso vitorioso. Não, expliquei eu, escrevo pouco no quadro, meus alunos têm 6 anos e faço poucas atividades no quadro. Ele pediu ansioso: mas tua dor irradia para o braço, não é? Não, expliquei, como já disse, ela não irradia para o braço...Deduzi que eles preferiam que eu estivesse infartando, para ao menos saber o que eu tinha! Dedicado, ele pediu um exame da cervical e logo diagnosticou: bico de papagaio! É isso que causa as crises, faça fisioterapia e estará bem!

Como? Bico de papagaio? Aquelas míseras ondulações causam toda essa dor? Por quê? Como?

Muito desconfiada, fui a outro neurologista (que, para agradar a Lady Murphie) não atende pelo meu plano de saúde. Ele ouviu tudo o que eu disse! Pasmem!

Fez exames clínicos, perguntou sobre vários outros sintomas que eu podeira ter ou não. Pediu alguns exames, levantou hipóteses... E no final disse: eu não sei que tu tens, mas vamos descobrir!

Aí eu me pergunto: esses três médicos têm uma formação básica comum? Os três têm vocação? Os três têm profissionalismo?

Eu não preciso de um House, mas eu preciso de um médico que me escute, que me explique as coisas, e que não tenha medo de dizer que não sabe, mas que se empenhe em saber!

Renata fica boquiaberta com o descaso de alguns médicos pela saúde dos próprios pacientes.
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