terça-feira, 29 de novembro de 2016

Sobre perspectiva e solidariedade

Há muito tempo sem aparecer por aqui, ontem eu decidi que escreveria. Não que isso seja um sacrifício! Eu adoro e sinto falta de escrever. Mas não estava priorizando e isso estava me deixando chateada. 

Enfim, decidi escrever e comecei a pensar sobre o tema. Tantas coisas acontecendo, na minha vida pessoal e em tantos outros aspectos. Podia escrever sobre tantos pequenos e grandes dramas (que convenhamos, em 2016 estão sendo ofertados em abundância!).
Aí me deparo pela manhã com a notícia do trágico acidente aéreo que vitimou a maior parte da equipe do Chapecoense e outras pessoas da imprensa e da tripulação. Fico em choque.

Isso coloca um pouco de perspectiva no nosso olhar.

Aquilo que estressava e preocupava tanto parece tão bobo.
O dia passa e as notícias não param. Falam sobre possíveis causas, sobre o histórico do time. Mas quando falam sobre as pessoas, sobre os seus sonhos, as suas famílias, é que o bicho pega. 
E das notícias que vi até agora, as que mais me tiraram lágrimas dos olhos (estado eterno de TPM, sorry) foram as manifestações de solidariedade, as homenagens e orações. Depois de meses de rivalidade (ridícula e desnecessária) entre o próprio povo brasileiro, em que cada comentário poderia vir respondido com um rótulo e uma resposta pronta, ver de novo a solidariedade e um pouco do espírito esportivo foi um acalento em meio a tanta tragédia. Claro que não são todos, como sempre os espíritos de porco aparecem, mas os espíritos bons também estão em destaque.


Deixo aqui meu respeito às vítimas, suas famílias e amigos. Impossível explicar, muito difícil de aceitar, mas que consigamos tirar alguma lição e continuar aprendendo com esses que já deram bons exemplos nas suas vidas e carreiras.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

De repente

De repente você olha pela janela e vê que não é mais inverno, raios de sol brilham lá fora e aquecem a sua alma.
De repente você vê que aquilo que parecia querer te devorar outrora, hoje já não tem mais valor. O monstro que crescera tomando as rédeas de sua vida e provocando tanta dor, calou-se, encolheu-se.
É assim mesmo a dor. Ela desatina, embaraça os pensamentos, faz os nossos dias parecerem intransponíveis, o ar fica escasso, levantar da cama de manhã parece o fardo mais difícil que se pode carregar. Mas quando você vai ver, ela já foi embora e o que sobra é apenas o aprendizado que aquele duro sentimento trouxe consigo.
E viver não é mesmo isso? Esse aprendizado à duras penas? Penso que sim. 
É pouco provável que você tenha aprendido a andar de bicicleta sem antes ralar os joelhos ou tenha aprendido como criar um filho sem chorar de desespero no começo. Aprender requer tempo e sabedoria. Sabedoria para aceitar que não controlamos tudo, que não nascemos sabendo. O ser humano é assim mesmo. Quer ter o controle de sua vida o tempo todo, mas a melhor sensação é se deixar levar e ser surpreendido. 
Quem sabe ali, em uma dessas esquinas da vida você não topa com uma surpresa que pode trazer um novo colorido aos seus dias? 
De repente.. Assim sem querer... 

Andri escreve às sextas-feiras e adora os "de repentes" da vida
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