sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Sobre 2016

Escutamos das pessoas que 2016 foi um ano pesado. E como concordo com essa ideia.
2016 foi o ano em que a música perdeu seu ídolo David Bowie, em que o esporte perdeu o lendário lutador Muhammad Ali e a nossa queridíssima Chapecoense, em que terremotos e furacões ceifaram vidas na Itália, no Equador, no Haiti. Com tristeza vimos notícias de atentados na Costa do Marfim, na Bélgica, no Paquistão, na Turquia, no Iraque, no Afeganistão.

Derramamos muitas lágrimas pela Síria, acompanhando nos noticiários o drama de Aleppo.
Em 2016 vimos amigos e conhecidos perderem o emprego, empresas fecharem suas portas definitivamente por falta de recursos. Vimos amigos perderem parentes, vimos a nós mesmos perdermos a esperança (como se fôssemos espectadores de nossa própria vida, olhando-nos de fora, perplexos).

2016 foi o ano da dor. Da incredulidade. De descobrir dentro de nós forças que não sabíamos possuir, para só então, em meio a esse caos, continuar.
Cuba “perdeu” Fidel. Os Estados Unidos “ganharam” o Trump. Uma questão de ponto de vista? Talvez.

A primeira mulher a ser eleita presidente do Brasil foi também a segunda pessoa a sofrer um impeachment neste solo. Por algum  tempo pairou no ar a expectativa de que as coisas iriam ficar bem. Não ficaram. O Brasil “ganhou” o Temer. O Temer não ganhou o Brasil.

O Rio Grande do Sul acompanha atônito as manobras de seu governo em uma tentativa de sair da crise. Nada parece dar certo. Os servidores públicos (me incluo nessa categoria) tiveram o ano mais complicado dos últimos tempos. Salários parcelados e aquela novela que todos já conhecem. Os noticiários divulgaram fortemente. De nada adiantou. Terminamos o ano recebendo uma parcela (a 1º de 12) do nosso 13º salário.

Mas sabem, andei pensando. O que nós não podemos é perder a esperança de dias melhores e temos aí uma virada de ano que irá acontecer. Aquele momento mágico em que a gente olha para o céu iluminado pelos fogos de artifício e sente dentro de nós que tudo vai ficar bem. Depositamos todas as nossas fichas no ano que se inicia e não poderia ser diferente. Precisamos acreditar que dias melhores virão. É o que desejo para mim, é o que desejo para você. Às 23:59h do dia 31/12/2016 eu olharei para o alto e direi: “Já vai tarde, 2016. Seja bem-vindo 2017. Por favor, mais do que não nos decepcionar, nos surpreenda.”

Andri escreve às sextas-feiras e está feliz que 2016 está chegando ao fim. Parece ter durado uma década, ao invés de um ano.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

2017 seu lindo!


Fim de ano, chegando. Todo mundo doido para sair de férias e esquecer um pouco como 2016 foi pesado. Pra gastar o décimo em presentes e festas. Tantos memes sobre o ano que parece não ter fim! O melhor deles levantava a possibilidade de o show do Roberto Carlos ser cancelado e 2016 se tornar infinito, pois o ano nunca acaba sem o show do Roberto Carlos!
Impressionante mesmo é a capacidade do brasileiro de fazer piada de tudo, na hora, 100% online. Se por um lado isso garante um sorriso no rosto e a capacidade de seguir em frente, por outro nos coloca na eterna posição de espectadores. A reação do povo é fazer piada e tocar em frente, num conformismo disfarçado de otimismo. Não levar as coisas a sério, não assumir o protagonismo de sua vida (em diversas esferas) abre todo o espaço para que outros (no caso, o Governo) tome todas as decisões.
Será que a gente acha um caminho do meio? Será que a gente consegue aplicar toda essa energia e criatividade em fazer um país melhor? Vocês conseguem imaginar?


Renata também está esperando para que o ano acabe, para rever sua família, para descansar. E se 2017 puder trazer algo de diferente, ela espera que sejam novas posturas, mais maduras e propositivas. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Cabo de guerra


Após muito, muito tempo ausente por aqui, embora vários projetos de textos tenham sido engavetados, hoje resolvi quebrar meu silêncio para um breve desabafo. Passeando pelas redes sociais hoje, constatei um fato que me deixou um tanto quanto curiosa.. Chega até a ser cômico, se não fosse trágico:


Todo mundo (ou quase todos) insatisfeitos com os rumos da política brasileira, mas quando possuem oportunidade de ir às ruas, se unir e protestar, alguns ainda ficam limitados aos rótulos de "coxinhas" e "mortadelas", como se tudo não passasse de uma briga de torcidas (ou de comidas! Haha). E enquanto o povo fica se degladiando entre si, eles estão lá, os homens de gravata, verdes, azuis e vermelhos, sambando na nossa cara. Quem sabe um dia, quando o ideal for único, e não esse cabo de guerra que se resumiu o país, o Brasil consiga sair desse buraco. Enquanto isso, continuo com certa preguiça de comentários extremistas... Não sei de muita coisa, mas tenho a certeza de que eu e você somos mais do que qualquer rótulo ou convenção. Prefiro ficar de olho aberto, manter o pensamento fora da caixa, e andar pra frente, porque pra trás não dá mais. 


Gabriela sempre foi sonhadora, otimista e esperançosa, mas talvez, com o avançar da idade, tenha se tornado mais prática, e tem preferido fazer planos para ir embora para Passárgada!
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