terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Momentos transformadores

Há momentos na vida de cada um nós que nos mudam para sempre. Nos deixam mais fortes, mais sensíveis, mais auto-confiantes ou mais descrentes. Fato é que nos transformam.

Vou contar o mais recente, mas preciso antes contextualizar: sempre (e friso o SEMPRE) que vou ao banheiro de noite para fazer xixi eu olho dentro do vaso sanitário. Acendo a luz, levanto a tampa (eu moro sozinha e ela vive abaixada \o/), confiro tudo. Se estiver fora de casa, ou se não vou acender a luz, levo o celular, ligo a lanterna e confiro também. Pode parecer paranoia (e antes de me julgarem lembrem que todos vocês têm alguma), mas eu tenho medo de uma coisa: pererecas.

Não em geral, só medo de que possa haver uma dentro do vaso sanitário. Aí eu vou sentar, toda exposta e aimeudeus...nem quero pensar. Anos de ritual para o xixi noturno, e isso nunca aconteceu. Até a última quinta-feira.

Olhei bem distraída, só aquela olhadinha padrão para o vaso e lá estava ela, com um olhar malicioso, planejando pular em mim a qualquer aproximação!

Aí foi a hora que tive vontade de fechar a tampa e dar descarga! Mas minha consciência não deixou. Droga!

E foi a hora que odiei morar sozinha e não poder chamar ninguém! Foi a hora que desejei ter um namorado e pagar de mulherzinha: "amor, eu PRECISO de ajuda"!

Foi a hora que pensei em trancar o banheiro e ir dormir sem fazer xixi...

Foi a hora em que meu coração disparou e perdi a coragem.

Mas a vida continua, com ou sem pererecas ameaçadoras! Juntei toda a minha coragem que tinha pulado como uma perereca, uma sacola plástica (porque eu tenho nojinho, sim) e fui á luta. Literalmente. Ela pulava e eu corria, pulava e corria pulava e corria, até que peguei. Foi tão ruim a sensação que quase soltei!

Joguei ela pra fora, fechei bem rápido e janela e voltei pro banheiro ver se ela tinha deixado alguma comparsa. Não tinha.

Esse momento foi transformador! Não que eu tenha parado de conferir se há pererecas no vaso sanitário. Mas na noite seguinte, quando a dita-cuja estava lá DE NOVO (audácia) não fiz drama, peguei, joguei pra fora e pronto!

Já fiz tanta coisa sozinha na vida, já me convenci e aceitei de que a gente nasce e morre só. E agora eu sei que posso me defender de uma perereca sozinha! =)

Renata entrando no inferno astral, e levando lição de moral até dos anfíbios!




Um comentário:

Selma Helena. disse...

Oi Renata!

Menina, eu também sempre olho pro banheiro pra ver se tem algum " perigo" de barata ou outro bicho. Minha avó já pisou num escorpião ao entrar no banheiro com a luz apagada e ela sofreu com a dor do dito cujo.

Eu fiquei imaginando a tua luta com a tal da perereca. Tú mora em apartamento? Imagina o que o vizinho não pensou! Kkkkk

Amei a história!

Beijos

Selma

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