Corrente do Bem é o título de um filme muito bom (sério, super recomendo!) do ano de 2000. Sem spoilers, um menino lança a ideia de se fazer uma corrente do bem, como uma tarefa de casa, para a qual ele deveria pensar em uma forma de melhorar a sociedade.
Mas para ele não é só uma tarefa hipotética e ele passa a fazer o bem a pessoas e pedir que elas "passem adiante", num efeito pirâmide.
Lembrei do filme esses dias quando assisti no Fantástico uma reportagem com uma moça chamada Renata Quintella, qeu começou uma jornada também com a intenção de fazer o bem. Basicamente, ela sai à rua e pergunta a desconhecidos: "O que posso fazer por você?"
A reação das pessoas é muito emocionante! A gente vive sempre num ritmo doido, cada vez mais solitário, às vezes invisível. E alguém chega do além e te pergunta do que é que tu precisas! Muito massa!
Me emocionei com a reportagem, quis saber mais e fui buscar no Facebook a página dela.
Me assustei com duas coisas:
1 - tinha criado uma página FALSA, logo que saiu a reportagem! Gentem, pra quê?!
2 - quando cheguei na página verdadeira, fui lendo e a pergunta que mais apareceu foi: Olhem, eu quero muito ajudar! Como eu faço?
Pasmei! Como assim, quer ajudar e não sabe como?!
Não precisa ajudar quem está em outra cidade, outro país ou outro continente! Eu duvido que perto de cada um de nós não existam várias pessoas que precisam de ajuda. Ou de uma gentileza. Ou do nosso tempo para ouvir, andar junto, dar uma força.
Se tu nunca viste uma pessoa que possa receber tua ajuda, olha pro lado com mais atenção. Se quer mesmo ajudar, as oportunidades estão surgindo o tempo todo! Não precisa ser nada grande, nem chamativo, nem sacrificante! Pode ser secar a pia do banheiro para a próxima pessoa usar o ambiente de forma melhor. Pode ser um elogio (sincero, óbvio!). Pode ser deixar uma flora na mesa da colega de trabalho. Pode ser escutar alguém desabafar. Pode ser ajudar a carregar as sacolas do mercado, o bebê, o cachorro. Pode ser ensinar alguma coisa. Dar uma carona. Dar um abraço. Prestar atenção na pessoa.
E para isso a gente não precisa de uma rede organizada no Facebook, nem precisa orientação. Só precisa querer. E isso também gera uma corrente. Uma corrente de bem, de energia boa, de sensibilidade, carinho e solidariedade.
Renata recomenda muito esse filme, recomenda que vejam mais sobre a iniciativa da sua xará, mas pede que todos tentem se doar um pouco, fazendo uma corrente de bem! (Experimenta e conta pra nós!)