terça-feira, 16 de setembro de 2014

Assinatura de emails


De uns tempos para cá, encuquei de botar reparo na assinatura do email das pessoas. 

Sim, é claro que eu leio o conteúdo (na maioria das vezes) mas é tamanha a variedade de estilos e informações presentes nas assinaturas que eu acredito seriamente que haja uma especialidade acadêmica dedicada exclusivamente a esse assunto. Investigando a subjetividade e as motivações por detrás daquelas palavrinhas na assinatura padrão (ou não). Vocês já colocaram reparo nisso? Já pensaram na assinatura de vocês?

Alguns tipos saltam mais aos olhos, como os com desenhos, claro. Ainda mais se o desenho não tem absolutamente nada a ver com o assunto do e-mail ou com o cargo da pessoa. Veja bem, não falo de logotipos (meu e-mail profissional carrega o logotipo, obrigatoriamente, e isso até ajuda na comunicação). Falo de desenhos, mesmo. O que a pessoa quer mostrar? Que ela é divertida? Quer amenizar o tom sério do e-mail? Como quando a gente xinga alguém e coloca um =) logo depois.

Outro que tenho visto bastante é aquele que traz tanta informação que nem precisa abrir o Lattes da pessoa, tá tudo lá: desde a data de nascimento até o time preferido. Às vezes, a assinatura é maior que o corpo do e-mail. Será que isso demonstra a proporção da importância entre cada coisa? Assinatura X conteúdo?

E tem os ocupados. Tão ocupados que a assinatura deles é a inicial do nome. Como nos filmes americanos, em que as pessoas se chamam pelas iniciais: ei, R, por favor, avise N que T está aqui! Isso para mim quer dizer: “estou tão ocupado que não vou me dar o trabalho de escrever meu nome todo (nem mesmo abreviado) e não sei formatar uma assinatura padrão que poderia facilmente deixar minhas assinatura mais simpática”. Pode ser que a mensagem que eles querem mandar seja outra, mas daí já não sei.

Renata segue escrevendo esporadicamente e tentando entender essa maluquice da comunicação na era da modernidade.






segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Eu não visto 38, e daí?


Ao longo dos meus 33 anos eu nem consigo mais lembrar quantas dietas eu fiz. Já passei aos 100 quilos algumas vezes. Me senti um lixo em ambas. Sofria porque estava gorda, comia pra me sentir melhor, engordava mais, me sentia um lixo, comia mais e o ciclo nunca acabava. Na loucura adolescente tomei anfetamina. Já fiquei sem comer carboidrato. Me sentia era feia, horrorosa e diferente. 

Todo dia sites, revistas, tv tem uma reportagem sobre alguém que se tornou vitorioso e iluminado e perdeu 40 quilos e agora é feliz. Eu gostaria que os sites, revistas e tv dedicasse a mesma quantidade de páginas sobre pessoas que tem graves distúrbios alimentares como anorexia e bulimia como dedicam àquelas que “mudaram de vida” porque emagreceram. Eu gostaria que eles escrevessem sobre os riscos dos suplementos alimentares como escrevem sobre os riscos do açúcar. Mas principalmente, eu gostaria de ver pessoas acima do peso deixando de serem tratadas como doentes. Quando uma pessoa está emagrecendo ela só recebe elogios. Muitas delas conseguiram isso de forma nada saudável. Gente magra também perde o fôlego porque é sedentário. Gente magra não necessariamente é saudável, não necessariamente come bem e cuida da saúde. Ela é só magra.

Na verdade, eu queria sites, revistas e tv mais honestos. Quantas daquelas mulheres mais felizes e magras não sofrem com distúrbios? Ou por anos estão se matando com remédios para emagrecer? 

Eu sigo lutando contra a balança e meu metabolismo lento (de quem passou dos 30) de quem toma 50mg de hormônio pra hipotireoidismo por dia. Mas eu hoje me acho bonita, coisa que não me achava aos 15 anos, mesmo vestindo mais que 46. Também tenho consciência bem maior sobre a minha saúde, meu bem estar. Nado, faço RPG, tento me manter tranquila, comer as coisas que me fazem bem, sem paranóia. Sou mais leve, em todos os sentidos.






Mariana escreve esporadicamente e atualmente se sente leve, bonita e saudável! Mas mesmo assim não consegue comprar um biquíni que caiba no seu corpo e no bolso ao mesmo tempo. Enxerga no espelho e sente no corpo bem menos do que a balança lhe diz - e ainda assim é feliz pra dedéu!
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