Têm dias que a gente acorda inspirada. Hoje foi um deles. Estava fuçando nas redes sociais, lendo a respeito de cursos de autodesenvolvimento para mulheres, e encontrei uma vivência incrível que tratava do Sagrado Feminino.
Aproveito para fazer um longo parênteses aqui, pois esse tem sido um tema que vem me chamado cada vez mais atenção, desde o término do meu último relacionamento. Passei a olhar para lados meus até então esquecidos e adormecidos, especialmente questões relacionadas a autoestima e empoderamento. A gente passa a vida achando que está tudo bem com nosso amor próprio, mas no fundo, na real, vê que não é bem assim e descobre um grande autoengano. Bom assim, porque você só é capaz de cuidar e curar algo quando você primeiro tem consciência que está ali. Percebe que existem coisas para serem vistas e revistas, comportamentos e atitudes, como permissões e concessões que a gente acaba dando/fazendo para o outro que podem ser tudo, menos o bom cultivo desse amor por si. E para fazer esse movimento, descobri que preciso ser bem generosa e amorosa comigo mesma. Não adiantava, nem cabia mais, negar, fechar os olhos, ignorar ou lutar contra. Descobri sobretudo que era necessário olhar para essas partes com amor, com carinho, acolhimento e compreensão. Porque no fim, acabamos sendo nossos próprios carrascos e algozes, no sentido de tentar reprimir aquilo que dói ou incomoda. Mas não. É preciso olhar com amor para as famosas “sombras”, para que a iluminação possa chegar sem resistência. E vai chegando, a cada dia, a cada passo, a cada decisão, vai iluminando, vai esclarecendo e a luz própria se fortalecendo mais e mais..
E sim, descobri também que precisa ter muita, muita, muuuuuuita coragem para mergulhar (de peito aberto) nesse movimento. É preciso ter muita coragem para ser o que se é. Aliás, esse é o tema de um dos livros que estou lendo no momento, “A coragem de Ser Imperfeito” de Brené Brown. Segundo a autora, “viver é experimentar incertezas, riscos e se expor emocionalmente. Mas isso não precisa ser ruim.” Para ela, a vulnerabilidade não é uma medida de fraqueza, mas a melhor definição de coragem. “Quando fugimos de emoções como medo, mágoa e decepção, também nos fechamos para o amor, a aceitação e a criatividade. Por isso, as pessoas que se defendem a todo custo do erro e do fracasso acabam se frustrando e se distanciando das experiências marcantes que dão significado à vida.” Todo esse processo pessoal que venho trilhando, acabou me rendendo estudos no campo profissional, sobre a busca pelo poder pessoal de cada um, homens e mulheres (esse último abordo no texto “
Gente é pra brilhar”) e me ajudado a descobrir meu propósito de vida, minha missão, meus talentos, e o que posso contribuir com o mundo. Por meio do meu próprio caminhar.
Mas voltando a tarde de inspirações e “fuçações” (licença poética, mas adoro criar neologismos! rs) nas redes sociais, descobri esse curso, “O resgate da essência feminina selvagem”, da Morena Cardoso, uma terapeuta peregrina “fudidoviski”, que buscou conhecimento por meio de meditações nas montanhas do Himalaia, pelos templos sagrados da Tailândia, Xamanismo no Leste Europeu, danças no solo sagrado das Sequoias nos EUA, chegando aqui no Andes e Floresta Amazônica, aprendendo a medicina das curandeiras (e muito mais!). Para quem me conhece, sabe que #amomuitotudoisso e que para mim é um currículo de se admirar e se inspirar... E como as coisas vão se conectando, e a vida é feita sim, de conexões e sincronicidades, acabei descobrindo a fotógrafa que registra os momentos mais lindos dos cursos da Morena, a Ana Paula Fiedler, fotógrafa e autora de textos MAGNÍFICOS em seu IG @anapulsar, e simplesmente me apaixonei. Foi amor à primeira vista, esse amor que, no fim, acaba sendo próprio, voltando ao assunto do início. Pois ali, nos registros lindos e nutridos de ultra sensibilidade de mulheres nessa busca por si, por sua sexualidade sagrada e espiritualidade, me vi, me reconheci e me reencontrei.
Meu olhar fica vidrado em uma foto linda, de uma mulher na água, olhos fechados, acompanhada do seguinte texto:
"[mergulhou em si]
e sentiu o êxtase de se pertencer, de sentir a energia da vida dançando em seu corpo, pulsando através dos seus movimentos de puro prazer e contato com partes já tão adormecidas. Refrescou sua alma e trouxe a cura de dentro para fora e assim pôde expressar e oferecer-se [como dádiva a si mesma]."
E então me lembrei como é lindo fazer esse mergulho em mim. E que de tempos em tempos me esqueço completamente de fazer isso... Mas que quando me permito fazê-lo, é tão bom, é tão lindo, é tão transformador... não é grandioso, no sentido de um evento interno apoteótico... mas é sutil, sutilmente transformador... Resgatei uma foto minha mergulhando em uma cachoeira, e pensei: esse texto poderia ser uma legenda que representaria bem essa foto... Acontece que a foto era de uma viagem para Penedo (RJ) em 2015. Mas e para o momento AGORA¿ Não tinha praia perto, não tinha cachoeira, o rio daqui com banho impraticável... Então olhei para a piscina “olímpica” da minha casa, para Flipper, meu golfinho da foto (simmm, eu tenho um golfinho!!! Hahaaha), para meus cachorros, para meu gato, para o céu bucólico nublado (que depois ficou azul e rosa), para o jardim e toda essa “vibe natureza” que abençoadamente me cerca... E assim o fiz. Fui lá e me permiti. Afinal, como diz a música do Gil, " o melhor lugar do mundo é AQUI e AGORA!"
Aproveitei para bater um bom papo com o “Cara” lá de cima. Agradecer todas as bênçãos, a vida, as oportunidades, os aprendizados, as experiências, e até mesmo os desafios. Aliás, são em momentos como esses que me sinto mais conectada com Deus, com o Sagrado, comigo mesma e minha espiritualidade. E assim sinto que mais uma parte de mim foi mexida. Foi olhada, foi acarinhada, foi sentida. Foi sutilmente transformada. Claro que tem mais, muito mais, mais para ser mexido, mais para ser movido, removido e curado. Mas vi que, se nunca começar, nunca vou sair do mesmo lugar. E quem me conhece sabe: eu adoro movimento! Que seja sempre bem vindo então esse movimento. Movimento esse dessa vez mais interno e profundo para dentro de mim. Mergulhar em si.
Gabriela, de uns ciclos para cá, passou a adorar ter mais momentos só consigo. Apesar de amar receber visitas, de estar em companhia de bons amigos e bons papos, passou a adorar mais sua casinha, cuidando da sua vida, das suas plantas (essas ainda menos como deveria e gostaria!), com seus “Pet filhos” . A curtir esse contato com sua espiritualidade. Aprendeu a ressignificar os momentos “solidão” para momentos “soletude”. E tem sido uma experiência incrível para ela! Algumas pessoas, amigos, conhecidos, a encontram na rua e dizem que ela está diferente... Com uma aura nova.. Que ela mudou.. E quanto a isso, hoje ela não mais discorda... Tem plena consciência que sim, que mudou. Com os seus botões pensa: ainda bem!