segunda-feira, 26 de abril de 2010

Qualidade de vida

Sabe sempre ouvi falar sobre a tal qualidade de vida, em outras regiões, em outros países, em outros lugares, até na minha cidade mesmo, às vezes as pessoas falam sobre isso, fazem comparações, etc; mas nunca consegui realmente estimar o que para mim seria qualidade de vida. De certa maneira acho que hoje eu consegui, acordei com essa palavra na boca, na mente, pois era a única que conseguia expressar exatamente o que tenho sentido, infelizmente, falta de qualidade de vida.

Acredito que só conseguimos comparar situações quando esxperimentamos coisas novas e diferentes, aí sim podemos dizer o que preferimos e o que não. Na verdade não havia pensado em escrever sobre isso, mas estou escrevendo pois preciso desabafar, então que seja com vocês, pois, de certa forma, penso que minhas palavras possam machucar algumas pessoas, mesmo que elas sejam verdades.

Como alguns morei 18 semanas com uma família que nunca havia visto antes. Para resumo de conversa, desde a primeira semana em que estive lá, enquanto meus colegas reclamavam das refeições que faziam em suas casas eu me sentia abençoada, apesar de ter reduzido a quantidade de frutas que eu como usualmente, minha alimentação era muito melhor do que em minha casa aqui. E por incrível que pareca, apesar de quase tudo já ser pré-pronto ou mesmo congelado, tudo era ASSADO, sem fituras, sem óleo, sem gordura, ou seja, isso pra mim significa sem azia.

E, infelizmente isso não foi o único fator que tem me chamado a atenção, na casa ninguém fumava, não sou uma pessoa radical anti-tabagismo não, já fumei meus cigarros de palha, mas tentava sempre fumar fora de casa, por que com certeza, sou anti-catinga, acho o cheiro de cigarro quase insuportável e foi a razão principal para eu para de fumar; e aqui em casa temos uma visita constante, fumante, que apesar de saber que nenhum morador da casa fuma, continua fumando em locais fechados, apesar de termos uma varanda e um jardim gigantescos.

Pra completar, tenho sido acordada ao som de galinhas d’angola, quem já as teve sabe como é. As seis horas da manhã em ponto elas gritam na sua janela e você acorda com uma bela dor de cabeça.

Sabe, não gosto de reclamar, e sei que o texto ficou propício para o muro das lamentações, e sim, não gostei dele, sou muito mais minha literature fantástica a isso. Mas hoje acordei com dor de cabeça, ontem passei a tarde com asía e a noite foi banhada na fumaça alheia. Passei meses em outro país sem abrir meu pote de sal de frutas, acordei com dor de cabeça sim, pois estava de ressaca, e tomei muitas neosaldinas, pois tenho dores de cabeça durante a TPM.

Nada é um mar de rosas em nenhum lugar, mas é ruim perceber que sua qualidade de vida caiu, e pior, dentro da sua própria casa.


Escrevi esse texto pensando e querendo fazer as coisas se tornarem melhores, talvez eu mate as galinhas, passe a comer só vegetais sem óleo e quanto à catinga do cigarro, é melhor ficar no meu quarto mesmo, com um bom incenso aceso.

Um comentário:

Marco disse...

O que é qualidade de vida é uma pergunta complexa. Para alguns, as galinhas cacarejando na janela logo cedo pode ser bom, pra outros não. Pra uns pode remeter à vida no campo ou À natureza, pra outros é apenas um barulho chato que acorda a gente. Às vezes qualidade de vida é um ponto de vista. Trabalhar no que se gosta é qualidade de vida. Mas se no início isso não fecha a conta no fim do mês, então seria o que? Coma seus vegetais sem óleo, acenda um aromático incenso, mas... não mate as galinhas, coitadas!

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