Semana passada, terça-feira
Saindo da escola onde trabalho, no estacionamento, já dentro do carro, vi um jipe, parecido com um que tive, verde claro, capota de lona e alguns adesivos novos. Olhei, suspirei, pensei no tempo em que um carro desses foi o meu primeiro carro. Perguntei pro rapaz que trabalha na escola se sabia de quem era o automóvel - É de um aluno aí. - Hummmm. Tá bom, até amanhã. - Até.
Quinta-feira, da mesma semana
Saindo da escola, na varanda, avisto o jipe de novo, coçei a mão, a cabeça, quando percebo próximo a ele dois homens conversando, um era meu aluno. Passei, me despedi, e não resisti, perguntei - Esse jipe é de algum de vocês? - É sim, é meu. Me responde o moço que não era meu aluno. - Ahhh tive um jipe igual a esse, alguns anos atrás. - Vc é de Nova Lima? - Sou sim. - Vc se chama Silvia? - Chamo sim. - Esse aí é o seu. Olhei a placa, a capota, as rodas, morri, por alguns segundos, fiquei feliz e triste ao mesmo, com uma vontade louca de abraçar o carro, o que seria ridículo se o fizesse. Percebendo minha cara de nem sei, o moço abriu a porta do carro, me conta que tinha todos os documentos, recibos e revisões que eu havia feito, e pra melhorar ou piorar, não sei mesmo dizer, me anuncia que está vendendo o carro. Morri de novo. Que saudade.
Silvia escreve as segundas, esse texto era pra ter saído na quinta passada, dia do reencontro, com data de segunda, rsrs. Mas a cabeça rodava e os dedos travaram, fiquei com medo de chorar. Mas hoje foi.
3 comentários:
Eu adoro esses reencontros que a vida nos oferece!
Beijos,
Selma
^^
lindo seu texto...engraçado e emocionante!!Adorei!!
JuBarreto
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